terça-feira, 19 de julho de 2016

DE VOLTA AOS PERCURSOS PESADOS

E aí, Corredor?!

Depois de retornar a ter uma certa constância nas corridas, seja em treinos, corridas de aventura ou oficiais, resolvi encarar um dos percursos mais difíceis que conheço, e que fica perto da região onde moro, a Ciclovia da Estrada Parque Vicente Pires, comumente chamado de EPVP. 

Ela não é nenhum pouco desconhecida dos leitores deste blog. No auge do meu condicionamento, antes das lesões, me preparando para minha terceira Maratona, encarei a irregularidade deste percurso, composto de muitas e intensas subidas, de todos os tamanhos e para todos os gostos. Tem subida grande, de cerca de 2k, subida pequena, de 500 metros, subida disfarçada, que parece plana mas é subida, enfim, subidas para "dar e vender". 

É um ótimo percurso para quem quer adquirir condicionamento ou treinar correr em subidas. Nos seus cerca de 8k de distância de ponta a ponta, não existe terreno plano. Então, para quem gosta de terrenos mais hard, este é ideal.

Em tempos de bom condicionamento, corria os 8k, ida de volta. Desta vez porém, como não estou com o preparo 100%, resolvi correr parte dele, mais ou menos 9 km. E como foi correta esta decisão. Apesar de não ter sentido tanto, já que meu ritmo está mais tranquilo, o sobe e desce realmente assusta e, psicologicamente não estava preparado ainda para encarar o circuito todo.

O percurso. 10,6k de ssssoooobbbeee e desce
A corrida foi no último domingo, dia 16. Manhã de ventinho gelado em Brasília e secura forte, característico dessa época do ano. Acompanhado de minha namorada, Aline, partimos em uma caminhada rápida como forma de fazer um aquecimento prévio. Mas logo começamos a correr. O início é de descida, mas logo a primeira subida aparece no horizonte. 

Com meu cinto recheado de garrafinhas com água, a cada fim de subida eu esperava Aline para hidratar, já que conseguia imprimir um ritmo um pouco mais forte que o dela. Em 1h20 corremos 10,6 km.

Foi muito bom reencontrar-me com o percurso, desafio-lo e, mesmo que não fazendo-o todo, correr ali. Tinha protelado por diversas vezes encarar o lado mais pesado da ciclovia da EPVP, sempre pensando no meu condicionamento. Mas, no domingo, bem acompanhado e com o incentivo de Aline, consegui superar a minha desconfiança e vencer parte deste desafio.

Bom demais! A meta agora é aumentar a distância até conseguir fazer novamente o percurso todo. Mas sempre gradativamente, para não alterar meu ritmo de treinamento.

Boas passadas.

domingo, 17 de julho de 2016

PEDAL "AVENTURA" POR BRASÍLIA

E aí, Corredor?!

Sexta-feira foi dia de bike!!!! Resolvi, aproveitando o período de férias e de trânsito menos intenso nas ruas de Brasília, curtir uma "aventura": pedalar do meu trabalho, na zona central da capital, até a minha casa, na cidade de Águas Claras, distante cerca de 20 km de Brasília.

Esta prática, pedalar de casa para o trabalho, tem sido muito usada pelos ciclistas da cidade. Cada dia, quando vou trabalhar, vejo mais gente pedalando pelas movimentadas avenidas, mesmo no horário do rush. Mas não é uma prática para qualquer um. Muitos ciclistas tem sido alvo de atropelamentos, o que deixa os menos experientes como eu neste tipo de aventura - pedalar em dias úteis, dividindo espaços com os carros, ônibus, caminhões e motos - mais cautelosos. 

Fazer isso no final de semana, tranquilo. Mas de segunda a sexta, não me arriscava. Só que, com as férias escolares de julho e meu horário mais alternativo de trabalho, resolvi arriscar, e na sexta-feira, dia 15, levei minha magrela para o trabalho, no carro - que voltou nas mãos da minha namorada - e voltei com ela para casa. 

Estudei o melhor percurso previamente. Conversei com colegas que fazem isso há tempos, pedalar de Brasília a Águas Claras, para saber o trajeto com maior segurança. Andei de carro e vi pela internet as melhores dicas. E decidi pelo percurso da Asa Sul - Zoológico - Guará - Águas Claras. 

Na Asa Sul, ponto de partida e onde fica o local que trabalho, segui pela ciclovia das quadras 200. Ela vai da 201 até a 216, ou seja, perfaz toda a Asa Sul. Só precisava parar na áreas de comércio local, onde a ciclovia existente é dividida. No mais, segurança e tranquilidade total, com o percurso bem arborizado e bonito.

O ponto crítico do pedal foi no final da Asa Sul, quando tive que sair da ciclovia e pegar o fina do Eixão Sul para chegar até a pista do Zoológico. Mesmo senso um horário de transito tranquilo, foi difícil superar este obstáculo e demorei um pouco para atravessar o Eixão. Tinha jeito de fazer tranquilo, pela estação da 14 do Metrô, mas, estando na 16, não quis voltar duas quadras e tentei fazer a travessia pelo final do Eixão.

Mas, apesar da pequena tensão, foi até tranquilo. Tive que desmontar da bike, mas travessei. Daí, um percurso meio que de trilha, no gramadão que margeia o Eixão até chega à pista do zoológico. Minha ideia não era ir pelo asfalto, dividindo um pequeno espaço com os automóveis. Não tem área de escape ou acostamento para gente pedalar mais tranquilo. É andar junto com eles mesmo ou pegar o gramadão do zoo. Só que simplesmente não consegui atravessar e resolvi seguir pela pista mesmo.

Deu tudo certo. Depois, peguei o subidão para o Guará, onde pedalei numa calçadinha ao lado da pista e, já no Guará, peguei a ciclovia da cidade. Só saí dela para pegar a pista de acesso que me levaria a Águas Claras. Resolvi ir pelo chamado Polo de Moda e depois pelo Park Way, Ali tem acostamento e um gramado, o que me tirava do risco da competição com os automóveis. Daí, passando a linha do trem, cheguei a EPVP e ciclovia da Arniqueiras/Park Way, Aí, só alegria até em casa. 

No total foram 23,6 km de pedal. E foi tranquilo, sem risco de atropelamento ou de furto da minha bike, outra preocupação que tinha. Levei pouco menos de 2h para fazer todo este percurso.

A experiência foi muito boa. A cidade tem bastante ciclovias, só que elas ficam restritas somente dentro de cada uma delas. Tem ciclovia no Plano Piloto, no Guará, em Águas Claras, mas não existe ligação de ciclovias entre as cidades, o que dificulta bastante. Não fosse isso, ir de casa para trabalho e vice versa iria se tornar uma prática mais constante.

Boas passadas e pedaladas.