sexta-feira, 30 de maio de 2014

VOLTA DO LAGO CAIXA 2014 - CHEGOU!!!

E aÍ, corredor?

Neste domingo (01/06), será realizada em Brasília uma das mais tradicionais ultramaratonas de revezamento do país, a Volta do Lago Caixa. Atletas do Brasil inteiro se reúnem para correr, durante cerca de 12h do dia, ao redor do Lago Paranoá, cartão postal da capital brasileira.

Na Volta do Lago, são 100 KM de distância, divididos 14 trechos pré-determinados que podem variar de 03 a 11 km. Os atletas podem formar equipes de 02, 03, 04, 06 e 08 participantes, mistas ou não. As mudanças dos corredores das equipes acontecem nos Postos de Integração (PI’s). Também existem as categorias solo - que percorre os 100k sozinho - e solo 50k - que percorre metade da prova solo.

Mais informações podem ser obtidas no site da prova, em www.voltadolagocaixa.com.br

Depois de participar das edições de 2008 a 2013 da Volta do Lago, este ano estarei apenas no apoio do Condor Team - Equipe X, um sexteto misto. A ideia é regisrar cada passo do time durante a prova, em cada posto de troca, no instagram do @eaicorredor e, principalmente, dar o apoio de hidratação durante a corrida, além do incentivo habitual aos amigos corredores.

Acompanhem no domingo o desenrolar da prova do Condor Team !

Boas passadas!
 

terça-feira, 27 de maio de 2014

DE VOLTA !!!

E aí, Corredor?!

Demorou mas chegou o dia de minha volta à atividade física. Não foi ainda no esporte que eu queria, a corrida, mas voltei, com um grande apetite para me exercitar, seja dando minhas passadas ou no pedal, como foi o caso deste domingo.

Aline está em treinamento pesado para a Maratona Internacional Caixa da cidade do Rio de Janeiro e, por isso, para seguir a planilha de treinamento, precisava correr neste final de semana 24 Km.

Pensei: "vou ajudar Aline com água para a corrida". E assim foi que fiz o apoio de hidratação pelo belo percurso do Lago Sul. A cada 3K lá estava eu com uma garrafa de água para ela se reabastecer.

O percurso já é um velho conhecido: largada do Pontão do Lago Sul e corrida sentido Aeroporto de Brasília até completar 12 Km de ida e, no total, 24K, completados na volta ao Pontão.

Este é um dos circuitos mais planos da cidade, que usei muito nos meus treinos para as Maratonas de 2012 e 2013. Na ida, umas poucas subidas, mas na volta só alegria. Mais terreno plano que descida, mas um terreno tranquilo.

De Bike, pedalava 4 ou 5K e voltava 1 ou 2K, estabelecendo o ponto de hidratação a cada 3 Km para Aline. Aí, com esse vai e vem na Bike, acabei fazendo um total de 32 km de um delicioso pedal.

Estava parado há mais de um mês por conta da lesão, a trombo da perna direita. Aí, voltar a fazer uma atividade física foi algo mais que reconfortante. Já estava meio estressado com tanta inatividade. E poder "soltar" a musculatura no pedal, uma atividade de menor impacto que a corrida, foi realizador. Sensação de que estava fazendo tudo pela primeira vez.

Bom voltar! Bom poder sentir o sol na cara, o suor, o cansaço do esforço físico. Deu vontade de continuar pedalando mais e mais, só que tenho que me conter por que a minha volta tem que ser com tranqüilidade.

Mas o fato é que estou, sim. De volta. E não vejo a hora de dar minhas passadas.

Boas passadas!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

CORRER - ESPORTE PARA CURTIR POR MUITO TEMPO

E aí, Corredor?!

A corrida é um esporte extremamente democrático. Qualquer pessoa pode praticar, independente da sua condição social, econômica, sexual e etária.

Na questão da idade, nosso esporte chega a ser mais generoso ainda. Em uma prova, podemos ver velhos, jovens e crianças dando suas passadas. Isto é mais evidente ainda quando corremos fora do Brasil. Lá crianças são incentivadas a correr e participam de provas, até mesmo de 5 ou 10K. E os velhos, nem se fala.

Já falei aqui do homem mais velho do mundo a completar uma Maratona, o indiano naturalizado britânico Fauja Singh. E ainda do inglês Ed Whitlock,  que aos 80 anos que, entre vários recordes completou uma maratona com a incrível marca de 3h25min40seg.

Agora surge mais um "fenômeno".  O polonês Stanislaw Kowalshi foi o destaque ao completar, aos 104 anos, uma prova de 100 metros, tornando-se o homem mais velho do mundo a conquistar este feito, terminando a prova em pouco mais de 32 segundos.

O feito foi realizado em maio deste ano no evento "Corrida de 100 metros para Centenários", realizada durante a Youth Olympics, em Wroclaw (Polônia). 

Chegar até essa idade fazendo isso que estes e outros senhores fazem não é para qualquer um. Mas com disciplina, treinamento e respeito aos limites do corpo as chances são boas.

Boas passadas!


segunda-feira, 19 de maio de 2014

MARATONA - 42 KM NÃO É PARA QUALQUER UM

E aí, Corredor?!

Maratona. Uma prova que mexe com todos os corredores. Mesmo os iniciantes no esporte são instigados pela "grande senhora" das Corridas de Rua. Afinal, é uma modalidade que se confunde com a própria história do nosso esporte, remontando à Grécia antiga.

Mas acredito que o que mais instiga os corredores seja o desafio, a superação. Conquista a velha "senhora" não é para qualquer um, principalmente em se tratando de nós, corredores amadores, que dividimos arduamente nosso tempo para poder treinar, correr e curtir nosso esporte.

Fisiologicamente falando, fazer uma Maratona é loucura para qualquer ser-humano. Segundo estudos, o corpo humano aguenta bem 30 Km, sem reclamar e no limite de suas forças. Passando disso, é superação, e tornar-se um ser diferente, um "super-homem ou mulher", imaginariamente falando.

2010, primeira Maratona
O medo faz muito adiarem o dia de encarar o desafio. O receio da derrota é evidente.  A Maratona exige antes mesmo da largada, bem antes por sinal. O treinamento é até mais difícil que a própria prova. Dias e mais dias de longões, exercícios, academia, treinamento, tiros, alongamentos, aquecimentos. Horas a fio longe da família, dos amigos, de uma vida normal. Tudo dedicado à tentar conquistar a velha "senhora". Vencer os mais de 42 Km com tranquilidade, sem surpresas pelo caminho.

Os treinos são intensos. Além dos treinamentos da semana, no sábado ou domingo é preciso acordar cedo para fazer os longões. Distâncias de 15, 20, 25, 30, 33 Km ou mais para colocar o corpo à prova, conhecer suas reações, prever tudo o que pode acontecer e montar a melhor estratégia para a corrida.

Com a falta de tempo que nós, amadores, temos, o mais importante é a disciplina para conciliar horários e manter "a pegada" nos treinos. Não deixar qualquer adversidade fazer-nos esmorecer, fraquejar ou, pior, desistir.

Mas, confesso a vocês, “vencer” os mais de 42 Km de uma Maratona, conseguir chegar ao final de uma prova dessa é mágico. A sensação da vitória é indescritível. Só cruzando a linha de chegada para saber. Só encarando o desafio, os treinos.

2012, minha melhor prova
Quando chegamos ao fim, tudo vem à mente. Coisas relacionadas à corrida, como o tempo distendido no treinamento, o esforço, a garra, os longões, os finais de semana ocupados. E outras nem tanto. Um filme passa em nossa cabeça. Tudo o que passamos, coisas até da vida particular... enfim, não dá para traduzir em palavras. É necessário viver a experiência para saber, para entender o que leva milhares de pessoas a encarar este louco desafio.

A gente se sente realmente um super-humano, uma pessoa especial, única no mundo. Parece que mudamos, saímos da esfera das pessoas normais, comuns. Somos diferentes, somos mais. Somos Maratonistas.

2013, superação a cada KM
Tenho na minha memória cada uma das três Maratonas que consegui fazer. Mesmo sendo no mesmo palco – Rio de Janeiro – nenhuma foi igual. Tudo foi diferente: o condicionamento, a experiência, a vida, a vontade, a garra, a preparação, o fisíco. Igual apenas o estado de êxtase ao completar a prova, a sensação de superação, única.
  
Conquistar a grande e velha "Senhora" é para poucos nas quem a conquista fica com ela para sempre. Seja na lembrança ou na vontade de querer mais e mais.

Boas passadas!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

E AÍ CORREDOR "PREMIADO"

Miniatura da Taça da Fifa recebida da Coca-Cola
pelo E AÍ CORREDOR. Show!!!
E aí, Corredor?!

Esta eu preciso dividir com vocês, leitores do E AÍ CORREDOR.

A Coca-Cola, patrocinadora oficial da Copa do Mundo, está promovendo o tour da Taça da Copa por 90 países, percorrendo mais de 150 mil quilômetros.

No Brasil, pela primeira vez, a Taça irá a todas as capitais de um país sede em uma viagem de 41 dias, tudo para tornar esta edição da Copa do Mundo, inesquecível.

Mas a Coca-Cola foi mais além. Em contato com seu mailing de bloqueiros e afins, a empresa promoveu diversos eventos, sempre convidando os autores dos Blogs. O E AÍ CORREDOR foi convidado para pelo menos dois deles, que aconteceram em Brasília, dentre os quais um torneio de futebol feminino.

Agora, a empresa surpreendeu mais ainda. Os blogueiros estão recebendo um presente mais que especial, reservado a um seleto grupo. Uma réplica em miniatura da Taça da FIFA, maior objeto de desejo de todas as seleções participantes desde 1974.

E o E AÍ CORREDOR foi um dos agraciados com o presente. Hoje, ao chegar de casa depois de um cansativo dia de trabalho, eis que me deparo com a Taça, embalada numa caixinha também especial, e a carta da Coca-Cola falando do presente.

Ponto para a empresa, que soube mais que agradar. A miniatura é linda. 

E a Taça acabou tendo um sabor mais que especial, já que é o primeiro "prêmio" recebido pelo E AÍ CORREDOR desde a sua criação, em 2008.

Bom demais!!!!

Boas e felizes passadas!!!!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

VIBRAM FIVEFINGERS - UM MITO QUE CAI

E aí, Corredor?!

E de repente mais um mito caiu. A Vibram FiveFingers anunciou recentemente que não existe comprovação científica de que os seus calçados de cinco dedos, aqueles que "imitam" o formato dos pés com os cinco dedos, podem fortalecer os músculos ou prevenir lesões.

Já falei, atém bem, de tênis minimalistas aqui no E AÍ CORREDOR. Não experimentei o modelo da Vibram, utilizando um da Nem Balance, e não tive problemas com ele. Mas, é claro, sabia das limitações do calçado: utilizei em provas curtas, de 5 ou 10Km, ou em terrenos que tinham um certo amortecimento, como trilhas e na praia. Apenas uma vez corri no asfalto e até gostei. Mas o Vibram, não usei.

O FiveFingers foi introduzido no mercado em 2005 e ganhou fama nos pés de celebridades como Hugh Jackman e Scarlet Johansson, ganhando novos, e muitos, adeptos rapidamente. Marcas como Nike e Adidas lançaram tênis de estilos semelhantes.

Seu uso se difundiu ainda mais, apoiado, de certa forma, por publicações como o livro "Nascido para Correr", de Christopher McDougall. A Runners World também publicou uma matéria interessante e esclarecedora sobre o tema, que já postei no E AÍ CORREDOR (Clique aqui para ler).


Com o seu design incomum, os tênis com cinco dedos foram comercializados como uma forma de prevenção de lesões para corredores comuns.

Mas agora a Vibram, empresa fabricante do FiveFingers, admitiu em um processo judicial que não pode comprovar os benefícios dos calçados de cinco dedos e pode ser obrigada a pagar indenização aos consumidores após a declaração.

A empresa foi forçada a retirar o apelo de benefícios à saúde, depois que um consumidor americano, Valerie Bezdek, entrou com um processo judicial contra a empresa em março de 2012, em Massachusetts, onde fica a sede da fábrica.

Como parte do acordo de R$ 8,4 milhões no processo, a empresa concordou em retirar dos anúncios as afirmações relativas aos supostos benefícios à saúde, informou o jornal Daily Mail.

O acordo final está sujeito à aprovação do tribunal, mas os clientes que apresentarem reivindicações poderão receber R$ 45,00 a R$ 187,00 como compensação.

Uma coisa é certa, em todas as publicações que pesquisei antes, mencionavam a necessidade de que, para usar os calçados para correr, era importante que o usuário tivesse uma certa "experiência" em corridas, para saber como pisar. Então, não era um calçado para principiantes.

Enfim, o melhor é se prevenir e dar mais crédito para calçados com mais amortecimento. Pelo menos para nós, atletas amadores é principalmente o bem estar e não a performance para ganhar prêmios.

Boas passadas.

Fonte: Site O Estado de SP

sábado, 10 de maio de 2014

FLORIANÓPOLIS FOI O PALCO BRASILEIRO DA PRIMEIRA CORRIDA GLOBAL

E aí, Corredor?!

Florianópolis (SC) foi a cidade brasileira escolhida para realização da corrida global Wings for Life World Run. Realizada no dia 4 de maio, a prova ocorreu, simultaneamente, em 34 cidades de 32 países, nos cinco continentes, esta foi a primeira competição global realizada. 

A prova reuniu mais de 35 mil atletas do mundo em prol de um objetivo que ia além do pódio: participar de uma prova para arrecadar fundos para pesquisas em busca da cura da lesão da medula espinhal.

A Wings for Life World Run, por ser uma competição global, teve um formato diferente. Corredores do mundo inteiro largaram ao mesmo tempo e não houve linha de chegada. Meia hora após o início, um carro partiu "perseguindo" os participantes em cada uma das localidades. Quando um atleta era ultrapassado pelo automóvel, a prova dele terminava. Os últimos a serem alcançados, considerando os resultados de todas as sedes, foram os vencedores globais. 

O Etíope Ketama foi o grande vencedor, correndo 78,57K
Na prova masculina, o grande vencedor mundial foi o etíope Lemawork Ketama, que correu 78,57 Km. Além dele, apenas o  peruano Remigio Huaman, que competiu em Lima e ficou em 2º lugar, e o ucraniano Evgeny Glyva conseguiram superar a distância de 78 Km. 

Entre as mulheres, a primeira posição ficou com a norueguesa Elise Molvig, que correu 54,79 km em Stavanger, seu país natal. A francesa Nathalie Vasseur, que competiu em casa, em Hennebont, ficou em segundo, e a moldava Svetlana Shepuleva, que fez o percurso na Turquia, garantiu a terceira colocação.

César Santos, campeão no Brasil, correu 44,78K
No Brasil a prova contou com quase 2 mil participantes e teve como vencedor foi o paulista César Miguel dos Santos, que percorreu 44,78 km. No feminino, a goiana Ana Lídia Borba ficou com a primeira colocação, após correr 37,4 km.

Ana Lídia foi a melhor mulher no Brasil
percorrendo 37,4K. Campeã feminina
mundial correu 54,79K
Também teve competidores na categoria caldeiraste  O grande campeão no Brasil foi Jaciel Paulino, corredor experiente, tetracampeão da São Silvestre. Diferentemente da prova tradicional, os competidores dessa categoria tinham que alcançar o carro perseguidor. Jaciel precisou de apenas 3.870 metros para ficar com o título. Entre as mulheres, a vitória ficou com Daniele Nobile.

Jaciel Paulino, campeão da Wings For
Life Run no Brasil entre os candeirantes
No final, a Wings for Life Run arrecadou quase R$ 10 milhões para pesquisas que ajudarão na cura da lesão medular. Os recursos foram todos repassados para a instituição Wings For Life, que trabalha nas pesquisas.

Com números como estes e pelo excelente motivo que uniu quase 36 mil participantes em todo mundo, nada mais normal que a comemoração ser também global. É a Corrida de Rua, unindo as pessoas pelo bem maior de todos.

Boas passadas!

Fontes: Sites O2 Por Minuto e Diário Catarinense

terça-feira, 6 de maio de 2014

A TECNOLOGIA NA CORRIDA

E aí, Corredor?!

Lá se vão praticamente 8 anos neste mundo de corridas e, desde o meu início, em 2006, muita coisa mudou para nós corredores. E para melhor.

Quando comecei a correr, sem nenhuma orientação, na utilizava um tênis específico para corrida e muito menos voltado para o meu tipo de pisada. Tênis para corrida já existiam, alguns modelos, mas teste de pisada, específicos para nós corredores, com certeza não. 

Minha primeira corrida oficial, a do Exército, no Setor Militar Urbano, quando corri meus primeiros 10 Km foi cercada de incertezas. Achava que nem teria gente correndo, público mesmo. E que seria algo bem amador. Ledo engano. Já naquela época, e principalmente por se tratar de uma corrida organizada por militares, existia sim uma organização e muito praticantes.

Mas a camisa da prova tinha um tecido bem ruim, que inclusive machucava os mamilos e era pesada. Nada a ver com os tecidos que vemos hoje. O chip de cronometragem era o que ainda vemos hoje em muita provas: um pedaço de plástico que amarramos ao cadarço do tênis. 

De lá para cá muita coisa mudou. As Corridas de Rua se tornaram um negócio lucrativo, com cada vez mais praticantes e, consequentemente, com mais e mais provas espalhadas pelo país. Em qualquer cidade de médio porte tem uma prova oficial, que reúne diversos adeptos.

Em agosto de 2013, a Revista O2 publicou uma matéria sobre alguns itens tecnológicos que ajudaram muito na evolução do nosso esporte. Achei legal enumerar, até por que muita gente nem sabe que antes eles nem existiam em terras brasileiras.
  •  Teste da pisada - Hoje temos modelos de tênis para cada tipo de pisada, que pode ser prosada, neutra ou supinada. Para o corredor não pagar caro por um material que não lhe sirva foi criado o teste da pisada, que em algumas provas esta presente, trazida pelos patrocinadores. Ele indica os pontos de pressão do pé ao tocar o solo, mostrando onde estão as regiões que sofrem maior impacto e assim o tipo de pisada, possibilitando ao corredor escolher o calçado específico, evitando problemas futuros.
  • Tecido tecnológico - Antes a gente corria com o short que desse e a camisa que ganhava na prova, geralmente produzida com material bem ruinzinho. Hoje existem tecidos específicos, leves, de fibras artificiais e naturais, que oferecem proteção contra os raios solares nocivos à saúde. Roupas com tecido Fry Fit, por exemplo, têm isolamento térmico, não esquentam e permitem uma liberação do suor mais eficiente, eliminando bactérias agentes de mau cheiro. Sem falar nos tecidos de compressão que ajudam na contração muscular e melhoram a circulação sanguínea.
  • Relógios com GPS - Quando comecei a correr nem cogitava a existência de relógios que mediam a pulsação e outros itens importantes para nossa prática. Meu primeiro foi um Polar, que, além de ser frequencímetro, medindo os batimentos cardíacos durante a corrida, media o gasto calórico e o tempo de corrida. Depois, quando comecei a aumentar as distâncias, senti a necessidade de um relógio com GPS, e hoje tenho meu Garmin, que mede tudo e um pouco mais. Esses aparelhos evoluem cada vez mais, medindo até o VO2 do corredor (capacidade máxima do corpo de um indivíduo em transportar e metabolizar oxigênio durante um exercício físico).
  • Gel de carboidrato e isotéricos - A nutrição esportiva tem ajudado cada vez mais os corredores no ganho de performance. Nutrientes corretos, ingeridos na hora certa, fazem toda a diferença durante as provas e no treinamento. O gel de carboidrato aumenta a disposição para a corrida e ameniza o cansaço ao devolver o açúcar ao organismo. Por sua vez, os isotônicos garagem hidratação e reposição dos sais mineiras e eletrólitos perdidos durante o exercício. 
  • Tênis cada vez mais modernos - Em 1852, pré-história da Corrida, os atletas trocaram os pés descalços pelo tênis de corrida, que na época eram sapatilhas de couro feitas artesanalmente. A partir de 1920 começaram a surgir as famosas marcas esportivas e, desde então, os sistemas de tecnologia para fabricação dos tênis passaram a ser aprimorados ano a ano. Equipado com sistema de amortecimento inteligente, cada vez mais estável e leve, este companheiro do atleta foi um dos principais responsáveis pela evolução das corridas. 
  • Aplicativos de celular - Para quem acha que não vale a pena gastar muito com um relógio, diversas empresas lançaram aplicativos para celular que têm a mesma função dos relógios e disponibilizam gráficos com os dados obtidos, fazendo comparativo de corridas realizadas, queima de calorias, distância percorrida. E, além disso, o corredor pode curtir uma música, com seu playlist ideal.
  • MP3 - Imagina como era chato correr quando não existiam os MP3. Apesar de muitos treinadores condenarem o uso do dispositivo, eu, como um adepto de sua utilização, não poderia de agradecer pela sua existência. Os longões solitários ficaram muito mais interessantes depois do seu surgimento.
E tudo isso não para por aí. A evolução continua, já que nosso é um dos mais populares do mundo. No Brasil então. 

Boas passadas. 

domingo, 4 de maio de 2014

PARADA NAS CORRIDAS

E aí, Corredor?!

Nós, atletas que somos, praticantes regulares de um esporte, temos como maior temor o medo de uma lesão. Lesão que acaba vindo, mais por nossa culpa por que sempre somos ávidos por conquistas, mesmo que seja para mostrar apenas para nós mesmos que podemos. 

A lesão, é claro, não é uma regra. Falo por que, participando a mais de 6 anos de uma equipe de corrida de rua, vi todos os meus colegas apresentarem algum tipo de lesão. Entre as mais comuns, canelite, fascine plantar, fratura por estresse.

E isso é culpa única e exclusiva nossa. Seja por ignorância ou por, como já disse, nossa avidez por resultados rápidos, nossa espírito competitivo, acabamos por colocar nosso corpo em uma situação de sobrecarga para o momento em que estamos condicionados que, num primeiro momento, não percebemos, mas no futuro ele sempre vai cobrar, apresentando um problema na forma de uma lesão.

E aí, lesionados, temos que parar. Vivi isso pela primeira vez, depois de mais de 8 anos nas corridas, no ano passado, como todos os seguidores sabem, com o esporão calcâneo que prejudicou quase o ano todo. Treinei mal, corri pouco, quase não fiz os meus prazerosos longões. Me arrisquei, fiz ainda minha terceira Maratona. Mas depois só provas de 5 e 10K. Na verdade, deveria parar, mas, mesmo com todas os conselhos, resolvi continuar correndo. Menos, mas me mantendo no esporte.

Pois bem, tirei férias em março deste ano e resolvi que depois, na volta, ficaria pelo menos um mês sem correr para recuperar definitivamente das dores do esporão que, mesmo que pequenas, incomodavam. Aí, mais uma vez fui cobrado pelo corpo, e veio uma lesão ainda maior.

Na viagem para Nova Iorque, em 9 horas de vôo, não me levantei nenhuma vez da cadeira. Dormi o tempo todo e, estando na janela, quando arcodava, alguém das outras poltronas estavam eles dormindo. E fiquei, só acordando praticamente quando o avião estava em processo de aterrissagem.

Tudo bem, nada de errado. Na cidade, corri a Meia Maratona e andei pela cidade durante 8 dias, conhecendo cada bairro de Manhattan. O frio entorpecia qualquer dor, acho eu, e não senti que um problema já tinha se manifestado no meu corpo.

De Nova Iorque, voei para Miami para curtir mais alguns dias nos EUA, na casa de amigos da minha namorada. Lá, corremos mais algumas vezes para não perder o ritmo (rss). E não sentia nada, desta vez nem mesmo dor no calcanhar.

Voltei feliz para o Brasil mas, depois de alguns dias aqui, senti uma dor, tipo um repuxo, na panturrilha. Achei que fosse dor muscular, por ter usado um aparelho cuja manutenção não estava boa  mas, como não conhecia o aparelho, fiquei achando que era assim mesmo. Aí, achei que tinha forçado e tentei melhorar, colocando no gelo e alongando.

A dor não passava e, na semana santa, ela ficou mais insuportável e o pé começou a inchar. A queimação e o tal repuxo na panturrilha eram grandes. Como estava fora, na volta da semana santa fui ao ortopedista, achando que era dor muscular.

De cara mestre Fábio já descartou problemas musculares. "A dor muscular é localizada e bem dolorida, o que não é o seu caso. Sua panturrilha está inchada por completo. Acho que pode ser trombose, mas antes precisamos de exames".

Trombose, meus amigos. Um coágulo se formou nas veias, dificultando a passagem do sangue. Por isso a dor ao andar e o pé inchado e depois também a panturrilha. Depois de uma consulta ao Angiologista, tudo foi confirmado. E desde de o dia 23 de abril estou parado em casa, tomando remédio e de "pernas para para o ar". 

A constatação, depois de tudo que falei ao médico, é que foi realmente a viagem de avião. E o problema só não foi maior por que sou esportista. A trombose é um problema grave, mas um dos "remédios" é justamente atividade física. Mas, o momento agora é de cuidado, e parar é preciso.

O fato é que o mal pode acontecer para qualquer um. Na verdade, algumas pessoas têm o problema mas, como eu, acham que é muscular, e, como às vezes ela se manifesta de maneira leve, acabam não indo a um médico. E aí, é dor na panturrilha, nas coxas, nas pernas, nos pés. O problema é se o coágulo resolve "subir", atingindo pulmões ou mesmo cérebro.

Antes de viajar, vi uma notícia na Revista Runners Brasil sobre Adriano Bastos, mega campeão do Desafio do Pateta na Disney, que foi acometido pelo mesmo problema. Depois de um mês nos EUA, correndo várias provas depois do Desafio do Pateta, voltando ao Brasil dormiu na viagem e pronto: trombose. Hoje ele já esta bem, voltando aos treinos.

Estou em repouso, tomando remédios, mas, mesmo doido para isso, sem poder correr. Minha namoraria continua indo aos treinos, já que quer correr este ano sua primeira Maratona. Eu vendo ela sair para isso, só posso ficar na vontade.

Mas tudo bem, estou medicado, melhorando muito e logo estarei de volta às pistas, voltando mais experiente, buscando respeitar mais os sinais que meu corpo vai me dando. Mais uma lesão, esta nada a ver com a corrida. Mais uma parada nos treinos, mas é apenas por um momento.

Correr é mágico. A superação, o ato de poder pegar um tênis e sair dando nossas passadas é sensacional. Valorizo cada longão, cada prova, cada medalha conquistada. Mas precisamos ter consciência do quanto estamos cobrando do nosso corpo. E olha que quem está falando é um cara super prevenido, que tem como lema "devagar e sempre!". Vamos ouvir mais nosso corpo e, sentindo dor, de maneira insistente. procure um especialista para que o problema não fique pior.

Boas passadas!