segunda-feira, 31 de março de 2014

CORRENDO EM NOVA IORQUE

E aí, Corredor?!

Um sonho de corredor foi realizado. No dia 16 de março corri em Nova Iorque, a famosa cidade dos Estados Unidos, principal destino turístico do mundo. 

Na fria primavera deste início de 2014, cerca de 25 mil corredores "passearam" pelas ruas mais conhecidas do mundo, correndo na Meia Maratona de Nova Iorque. A largada, no Central Parque, já preparava os participantes para enfrentar o maior desafio dos 21,09 Km do percurso: o frio.

Minha participação na prova começou dois meses antes. Fechamos as incrições, eu e Aline, com a Camel, única agência turística do Brasil habilitada pelos organizadores para inscrever corredores. A Camel não se restringiu apenas em nos increver. Uma representante esteve presente conosco em todos os dias do pacote, bem como um brasileiro, morador de Nova Iorque, que nos ajudou com diversas dicas para "curtirmos" os 5 dias do pacote.

O único "vacilo" foi no dia a prova, ao nos levar para o local da largada, no Central Park. Realizada em grupos, separados pelos paces indicados por cada corredor, os horários de largar eram diferenciados. Primeiro a elite e os atletas com tempo na casa dos 4min/Km. Depois o grupo dos que tinham paces maiores que 4min/Km até 6min/km e finalmente o grupo dos que correriam com pace maior que estes.

Fiquei no grupo 2, indicando um pace médio de 5min/Km. Dentro deste grupo haviam vários pelotões, separados pelo número. largamos às 7h40 da manhã, resistindo mais de 1h30 na gelada madrugada nova-iorquina. E nem precisávamos chegar tão cedo. Daí o único erro da Camel.

Os primeiros 10 Km foram todos realizados dentro do Central Park. Feito de subidas e descidas constantes, cada quilômetro foi vencido com garra, já que o frio, maior inimigo, como já mencionado, insistia em nos acompanhar, mesmo tendo corrido cerca de 10K.

Depois, alegria correndo pela 7ª avenida rumo a Times Square. Só descida e festa. Festa que nos acompanhou também no famoso parque, mas que ficou maior na avenida. Na Times, bandas tocavam ao vivo em cada posto de hidratação, este um ponto alto da organização. Eles apareciam a cada 1,5 milha do percurso, sempre recheados de água e isotônicos distribuídos em copos por dezenas de voluntários. Em um deles, sachês de carboidrato à vontade.

A festa continuou pelo percurso no trecho que margeava o rio Hudson. Aqui o terreno, até então de asfalto, passou a ser de um piso parecido com cimento, mais duro e de mais impacto. Além disso, o frio voltou com o vento que vinha do rio. Aqui, meninas líderes de torcida (como as que vemos em jogos de Basquete e Futebol Americano) faziam acrobacias. Dj's também marcaram presença, motivando nossa corrida até a chegada, que veio depois de passarmos por um viaduto longo. No fim dele estava Wall Street, o centro financeiro da cidade e, por que não, do mundo.

Minha corrida foi tranquila. Meu foco todo estava em vencer o frio. A sensação térmica era de -8º, nada agradável, e por isso minha concentração toda estava em me aquecer. Corri com duas calças térmicas, três camisas, sendo duas e manga curta e uma segunda pele, térmica, além de um casaco corta vento, luvas e touca de frio. Após os 10K, tirei as luvas e o casaco foi amarrado à cintura.

No guarda volumes deixei roupas secas para poder usar na chegada, tirando pelo menos uma camisa molhada. E esperei Aline chegar, o que levou gelados 30 minutos.

No final, a alegria de receber uma linda medalha e de ter conseguido superar, em 2h02,  meu maior tempo para uma Meia Maratona, o percurso em New Iork. Com um tempo menos frio e mais bem preparado não é difícil quebrarmos recordes nesta prova. Não foi meu caso, mas consegui realizar meu desejo de correr na Big Apple.

Boas passadas.

domingo, 9 de março de 2014

LONGÃO PELA PRAIA GRANDE, EM SÃO PAULO

E aí, Corredor?!

A Meia Maratona de New York continua sendo a meta dos treinos, e neste sábado, 8 de março, foi a vez de fazer o longão com a maior distância antes da prova nos EUA. Corremos, eu e Aline, pela areia da Praia Grande, em São Paulo, onde estamos passando parte de nossas férias.

O dia não estava inspirador para correr. Mais uma vez uma garoinha teimava em cair na manhã fria do sábado e a preguiça de levantar era tamanha que quase nos impediu de curtir o excelente longão no maravilhoso percurso da Praia Grande.

Acordamos, forçosamente, mas conseguimos vencer a acomodação e, por volta da 7:10 da manhã, partimos rumo à praia para correr.

A orla da Praia Grande possui, além de um calçadão, um extensa ciclovia com demarcação de quilometragem e tudo, além de toda a infra-estrutura necessária para curtir um bom dia de sol para os banhistas (quiosques, barracas com cadeiras e guarda sol além de venda de bebidas e comidas).mSão cerca de 27K de ciclovia e 22K de orla, o que possibilita um bom percurso para treino.

Afora isso, o grande plus da praia é a areia, plana e batida, propiciando um excelente palco para correr. Tanto que, depois de corrermos 1,8K na ciclovia e calçadão, resolvendo testa a areia, onde acabamos por fazer todo o nosso longão.

Tendo em vista os problemas de segurança, resolvemos não correr com relógio e por isso, a marcação de distância e tempo ficou por conta das indicações na ciclovia e do relógio dos barraqueiros. 

Então, colocamos uma meta, o ultimo prédio grande da orla (Costa do Sol), e lá fomos nós, correndo sem pressão até nosso objetivo. Chegando lá, subimos até o quiosque para ver a indicação da distância na ciclovia e para beber uma água. E nós surpreendemos: já tínhamos corrido 10K em pouco mais de uma hora.

Tomamos a água e ingerimos o gel de carboidrato para partimos para segunda metade do longão. Como nosso objetivo era correr 15K, já imaginávamos correr parte da volta e depois caminhar. Mas, ainda no início da nossa corrida de volta, aparece um corredor local e começa a conversar conosco e "nos carregar" até o final do nosso treino.

Ari, um empresário de Praia Grande, corre desde os 17 anos e hoje curte ultra maratonas (provas de mais de 100K). Conhece amigos de Brasília e já correu por lá, fazendo, solo, a Volta do Lago. Um craque das ruas e trilhas. Esta treinando para participar, na cidade, uma prova de 24 horas em pista de atletismo, esperando correr 240 Km na competição.

Ele nos acompanhou até o nosso final, indo em direção ao forte, de onde saímos. Conversando e contando suas aventuras, seguimos e corremos uma distância que não esperávamos, 18,5K.

Excelente longão e ótimo treino, nos tranquilizando mais para fazer a Meia Maratona de NY.

Boas Passadas.


RUMO A MEIA MARATONA DE NY - TREINANDO NO PARQUE DA ÁGUA BRANCA, EM SÃOPAULO


E aí, Corredor?!

Faltando pouco mais de uma semana para correr pelas ruas de Mahattan, em New York, não dá para descuidar do condicionamento. Mesmo que a proposta seja uma corrida leve, para curtir a cidade, não posso me descuidar.

O frio promete ser o nosso principal desafio da corrida. A temperatura em NY tem estado sempre baixa, e o mais quente foi 3 graus com sensação térmica de 0 grau. Como a corrida será de madrugada, com certeza vamos ter uma prova bem gelada.

E para isso não tem como a gente se preparar no Brasil. Mas precisamos correr, para que, pelo menos fisicamente, estejamos prontos para completar os 21,09K da prova.

E foi assim que na quarta-feira de cinzas corremos 10K, "passeando" pelo Parque Da Água Branca e adjacências. Foram subidas, terrenos irregulares, boas descidas, uma pequena trilha e voltas intermináveis dentro do pequeno parque, que no passado era uma fazenda. Foi um "passeio" interessante pela novidade e pelo belo parque, que fica incrustado no meio da selva de pedra que é São Paulo.

No local, muitos corredores dividindo espaço com bichos diversos. Um local bem bucólico, cheio de verde, com muitas árvores. Corremos em uma pequena trilha e demos voltas, pegando caminhos diferentes, para aumentar a distância.

Parque da Água Branca - Criado em 1929, o Parque Doutor Fernando Costa, conhecido como Parque da Água Branca, é um espaço de 137 mil metros quadrados que abriga atrações para todas as idades. O Museu Geológico, por exemplo, tem exposições permanentes que são mantidas pelo Instituto Geológico. A Casa de Caboclo é uma réplica das residências da zona rural, onde o visitante pode experimentar a Cavaca, uma broa de milho assada na chapa do fogão a lenha.

O Parque fica na Av. Professor Francisco Matarazzo, número 455, Zona Oeste da capital.