quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

RUMO A MEIA MARATONA DE NY

E aí, Corredor?!

Março vem chegando e mais um desejo de corrida que tenho desde que me entendi como atleta amador, praticante deste esporte, está próximo de ser realizado. Correr na big aplle, em Nova York.

Numas férias que fiz à cidade, minha primeira ida lá, quando já corria, via, cedo, vários corredores curtindo o frio da manhã, de agasalho e tudo, correndo pelas ruas de Manhattan. Também passeando pelo famoso Central Park, senti aquela vontade de dar minhas passadas ali, mas com não fui preparado, não deu.

Agora, mais do que correr pelas ruas da famosa cidade, vou participar de uma prova, a Meia Maratona de Nova York, que acontece neste ano no dia 16 de março. A prova não é tão buscada pelos aficcionados como a Maratona, mas também vai estar lotada. Só no grupo de brasileiros serão cerca de 200 pessoas.

Para não fazer tão feio, e para me testar psicologica e fisicamente, resolvi azer um longão: correr mais de uma hora no sábado. Escolhi o difícil percurso da ciclovia da EPVP, próximo ao meu bairro, Águas Claras. Como já mencionei em posts anteriores, a ciclovia não é fácil, tem um percurso "casca grossa" mesmo. Subidas e descidas e um trecho de quase 3k relativamente plano. Tem uma subida intensa e grande, de 2k só de "pirambeira". 

O treino não foi fácil. Estava sozinho, eu e Deus, e, como conheço bem o percurso, o psicológico já martelava antes de eu começar. Medo de sentir dor no calcanhar durante o percurso e, principalmente, depois. Na verdade, de voltar todo aquele período de dor chata do esporão. E fiz um treino conservador. Devo ter andando pelo menos uns 500 metros, rápido, mas andando, buscando não forçar tanto, diminuindo assim o impacto.

Bobeira. Fiz o treino bem, alonguei forte depois e não senti nada. O que está pegando, e que sempre pegou, é o psicológico mesmo. A vozinha interna martelando na cabeça, dizendo para me conter, que eu não estava tão condicionado. Ela não me venceu, mas "sabotou" meu treino todo.

Agora é esperar a chegada da prova. A ansiedade já é grande. Antes, algumas passadas em Sampa, curtindo as férias.

Boas passadas!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

CORRER É SE SUPERAR SEMPRE

Aline em outro dos nossos treinos na
ciclovia de Águas Claras, em Brasília

E aí Corredor?!

Correr é realmente um desafio, mesmo que seja um simples treino, sem a adrenalina de uma prova ou a busca por tempo. Cada corrida é uma história diferente. Tudo depende do seu momento, dos seus objetivos, do seu astral.

No domingo, dia 16, fui, eu e minha namorada, fazer um treino, já que temos um objetivo “prazeroso” neste início de ano, a Meia Maratona de Nova York. Nossa proposta era correr por 1h sem parar e o percurso escolhido foi um pedaço, de 3,9 Km, da Ciclovia do Park Way de Águas Claras, palco de tantos treinos que já fizemos. O trecho escolhido foi o mais plano possível da ciclovia, tudo para evitar que “quebrássemos” pela preguiça ou pelo psicológico.

E, como desde o ano passado minha corrida tem sido prejudicada por um esporão, a corrida virou um desafio muito mais intenso para mim nos últimos meses. Muito mais pelo psicológico do que pelo fator físico.

Tá, dói um pouco ainda, principalmente no começo, com o corpo frio. E isso  com certeza implica nesta minha luta psicológica. Já tinha superado essa “guerra” com o meu sabotador maior, o psicológico, que detonava mais ainda minhas provas, tornando a corrida mais complicada do que realmente deveria ser.  Mas, com o esporão, tudo voltou, por que a minha conversa agora é com meu calcanhar e a preocupação com a piora da lesão, mesmo já tendo sido devidamente medicado e treinar orientado por um profissional.

Domingo foi assim. E, com o dia nublado de domingo, depois de várias semanas de calor intenso, implicou em uma certa preguiça de treinar. Fora isso ainda teve o término do horário de verão, que afeta nosso “relógio biológico”. Acabou que começamos nosso treino por volta de 9h15 da manhã. Daí, para começar a correr foi sem aquecimento, o que devo evitar por conta do esporão. Por isso, optamos por um trotinho bem leve, correndo a 6:30min/km. Só que o início foi difícil, por que o tornozelo “gritava”. Mas o melhor foi perceber que rapidamente o corpo esquentou e a dor diminuiu. Mas a maior provação ainda estava por vir: a “batalha” psicológica.

Logo nosso pace médio aumentou e no final, girou em torno de 6min/km-5:40min/km. Mas, como nossa proposta era cumprir o tempo, nem deu para correr 10K, distância que só corri este ano na Corrida de Reis, em janeiro. Fechamos 9k, bem distante dos 21k da Meia Maratona. Mas ficamos 1h correndo sem parar, mais ou menos no ritmo que queremos curtir em Nova York, o que nos deixou satisfeito, principalmente por que a já falada “guerra” psicológica foi travada quase todo o tempo de treino.

Lutamos contra o psicológico a maior parte da nossa corrida, creio que principalmente eu. Esse lance de correr em um mesmo percurso, dando mais de uma volta, não é algo simples. Só conheço um amigo que faz isso tranquilo, Paulinho, que consegue, em percursos pequenos, ficar até mesmo 2h correndo. Mas é uma provação mental. Você fica sabendo da dificuldade do percurso e da falta de novidade na paisagem. A concentração e tensão é total o tempo todo. E no meu caso ainda tinha a “conversa” constante com o esporão, no início mais intensa e depois bem mais tranquila até do que eu esperava.

Mas corremos bem e terminamos satisfeitos, como sempre as nossas corridas proporcionam. Foi prazer total, presenteado, no final, por uma chuva forte que nos “lavou” no nosso alongamento, ao final  da corrida. E o melhor para mim foi constatar que todo o trabalho de alongamento que tenho feito para o exporão, em uma série passada pelo fisioterapeuta, parece estar dando certo. A dor é menor, e mesmo depois não aumenta. Isso me deixou mais feliz ainda.

Aliás, aí esta a magia da corrida, a superação que ela proporciona e o prazer que, mesmo que por pouco tempo, a gente tem como resultado final. O desafio é completo, de levantar e sair do comodismo, vestir o equipamento, começar a dar nossas passadas e mantê-las, mesmo com todas os contratempos reais e mentais.

E que venha mais uma meia maratona internacional.

Boas passadas!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

NEM SÓ DE CORRIDA FOI FEITO O 1º X-CAMP



Equipe em "formação" na hora do aquecimento
E aí, Corredor?!

Domingo foi dia do I X – Camp Equipe X, um treinamento idealizado pelo professor Nirley, que levou cerca de 60 pessoas a correr em trilhas, no meio de riachos, atolando o tênis no barro, fazendo flexões e agachamentos na água, além de correr por uma pista de arais fofa passando por baixo de cordas, pulando tambores, pneus e carregando troncos de árvore, tudo em equipe.

Circuito na areia fofa começava com o
carregamento de toras
Foi um treino realmente diferente. A nova onda do exercício funcional, inspirado em treinamentos militares, foi no que Nirley se baseou para preparar o circuito. Tudo foi previamente testado por ele e Eduardo na Fazenda Taboquinha. Desde o "fardamento" - camisetas de corrida com o logo da Equipe X lembrando um batalhão do militar, com patentes e estrelas -  até os exercícios, definidos e testados antes pelos dois, desde o aquecimento até os circuitos de corrida. Isso sem contar as personagens que a dupla encarnou: coronel Nirley e tenente coronel Eduardo, mandando e desmandando na galera. E tudo adaptado para um grupo bem heterogêneo, com corredores amadores de diferentes níveis e idades.

Tudo começou com o aquecimento, na grama. Polichinelo, uma primeira sessão de agachamentos e outro exercício para descontrair e esquentar os músculos. Depois, a preparação, com as instruções sobre o que faríamos no circuito de areia fofa: carregar, em grupo, grandes toras de madeira; rastejar por baixo de uma série de cordas, pular outros troncos menores, pular um tambor, uma série de pneus e depois pular uma cerca e subir outra. Este era o circuito. Tudo pausado, para dar tempo para o corpo descansar e buscando reduzir o desgaste, já que seriam mais de 2h de treinamento.

Subindo o morro pela corda
Antes do circuito na areia, uma corrida leve de 1,5k passando por uma trilha com direito a ponte pênsil – e balançante – e riacho, onde Nirley fez uma brincadeira de fazer flexões e outros vários exercícios na água, molhando roupas e tênis mesmo. Depois, voltamos para o “campo de provas”, na areia.

Depois dos exercícios na areia, novo circuito de corrida, no trote, em outro percurso, com uma subida de morro segurando uma corda, depois passando por uma “teia” de barbantes e terminando correndo no rio, passando pela água e lama, pedras um pouco lisas, num circuito bem diferenciado.

Correndo pelo rio
Foram 2h15 de treinamento funcional, com exercícios variados, que trabalham todos os grupos musculares. Trabalhamos também a mente, “passeando” por um circuito bem lúdico e diferenciado, sem nenhuma monotonia. Tudo buscando a saúde, fazendo com calma, mesmo com toda a gritaria, encarnada pela personagem que Nirley e Eduardo encenaram durante todo o treino.

Ótima forma de nos exercitarmos e passarmos o dia. Aliás, o treinamento funcional, imitando os exercícios militares, são uma tendência atual utilizada pelo educadores físicos, buscando novas formas de levar à prática de exercícios físicos de maneira lúdica e descontraída, mas sem deixar de trabalhar todo o corpo, de maneira equilibrada e saudável.

Este foi o primeiro X CAMP – Equipe X. Dia 30 de março já tem a segunda edição.

Boas passadas!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

TREINAMENTOS FUNCIONAIS - PRÁTICA QUE AJUDA NA CORRIDA


E aí, Corredor?!

Nos treinamentos realizados pela Equipe X, antes de qualquer treino específico de corrida, professor e amigo Nirley passa para gente uma série de exercícios educativos, com o objetivo de propiciar um aquecimento do corpo antes da prática e dar algumas dicas de passadas e biomecânica. Estes educativos tem duração de cerca de 30 minutos.

Este ano, os educativos foram acrescidos de exercícios funcionais, com maior duração e uma lista mais extensa de exercícios. São 40 minutos de “escada”, trotes, levantamento de joelho, tornozelo e coxa, elástico, abdominal, agachamento e outros mais, em uma série que se inova a cada treino para, segundo nosso treinador, não cairmos na “mesmice” nos treinos.

Por isso, ao ler a matéria do site da O2 sobre a importância do treinamento funcional para evoluir na corrida, não me surpreendi tanto, já ciente desta importância.

Segundo a matéria, o treinamento funcional possibilita trabalhar força, velocidade, equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora, utilizando só o peso do corpo nos exercícios ou algum equipamento, como cones, elásticos, bolas, escadinha, entre outros.

“Com esses aperfeiçoamentos, obtêm-se o aprimoramento da postura estática e em movimento, a otimização da utilização dos músculos, refina a execução do movimento de corrida e, consequentemente, eleva o desempenho individual”, ressalta a reportagem (Clique para ler a reportagem completa no site da O2).

Lembro-me, quando comecei na Equipe X, de Nirley falando sobre o tiros que ele dá no educativo. “O importante neste exercício não é chegar primeiro na fila que você corre, não é ser o mais rápido. É treinar o alargamento da passada e a biomecânica, coordenando o uso dos braços com cada passo”.

Os tiros propiciam a força muscular e ajudam nesta adaptação da passada e biomecânica. E o educativo, tenho certeza, ajuda muito para que possamos depois sair para as corridas do treino, seja de tiros curtos ou de longão.

O mais importante de tudo, no entanto, é fazer os exercícios funcionais orientado por um profissional, já que, por serem mais “Livres”, se feitos de maneira errada em vez de ajudar atrapalham e podem gerar até lesões.

Boas passadas!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

CAMISETAS DE CORRIDA, CONTANDO A HISTÓRIA DE CADA PROVA

Um dia resolvi me "desapegar" das minhas
camisas de provas que já participei.
que dificuldade ! (rss)
E aí, Corredor?!

Todo corredor valoriza, além de uma bonita medalha ou troféu, um kit maneiro, que venha, principalmente, com uma bela camiseta para nossos treinos. Na verdade, assim como a medalha, a camiseta traz a história de uma prova, a lembrança daquele desafio vencido.

Mas elas vão se acumulando em nossos armários. A cada corrida, uma camiseta preenche o espaço vazio. Até que lota e não tem mais espaço para outra.

O pior é que o valor sentimental de cada peça não deixa que a gente se desfaça de uma peça ou outra. Até faço um “bota fora” a cada fim de ano ou quando “dá na telha”. Mas tem algumas camisas que, por mais feinhas, trazem um monte de recordações boas.

Foi fácil, por exemplo, me desfazer das camisas da Volta da Pampulha. Participei de três edições, mas em nenhuma delas a camiseta agradou. Foi fácil  colocar elas entre as descartáveis.

Mas é incrível a resistência que tenho para me desfazer da minha camisa da São Silvestre. Participei de uma edição, a camisa nem é lá essas coisas, mas é tanta recordação e o status é tanto que fica difícil doar. Fiz a prova de 2011/2012, depois de várias tentativas frustradas e meio que não me sentia um corredor, mesmo tendo participado de maratona e tudo mais. Afinal, a primeira pergunta que todo leigo faz para gente é se participamos de uma São Silvestre e, quando falamos que não, lá vem aquela cara de decepção, mesmo a gente sabendo que esta não é a prova mais difícil do país.

Outras camisas que não me desfaço são as das provas patrocinadas pela Adidas. Neste caso, mais pela qualidade do material do que pelo valor sentimental. Apesar de que existem provas ímpares que participei com a Adidas: as três meias maratonas internacionais do Rio de Janeiro, por exemplo.

Enfim, nesta brincadeira, as camisas vão se acumulando, lotando o armário e deixando a gente cada vez mais sem espaço. Aí, a cada novo ano, pelo menos, lá vamos nós nos desfazer de nossos momentos de glória, representados por cada camiseta das provas.

Boas passadas!