domingo, 25 de agosto de 2013

DE VOLTA ÀS CORRIDAS

Music & Run. 6KM que marcaram minha volta às corridas

E aí, Corredor ?!

Feliz! Este é o meu sentimento após ter participado novamente de uma corrida de rua. E a escolhida foi a Music & Run, em Anápolis/GO. Foi a minha volta depois de um repouso forçado após a Maratona do Rio de Janeiro, em julho.

Resolvi, depois da grande prova do ano, a Maratona, me dar um descanso forçado de duas semanas para ajudar a inflamação do esporão melhorar. Fiquei duas semanas sem nem mesmo ir aos treinos. Apenas pedalando. Aí, no final de julho resolvi voltar aos treinos e Nirley, o treinador, me passou um regenerativo e, também, de readaptação para mudar minha passada. Afinal, com o esporão, estava forçando demais a perna esquerda. Por isso, precisava readaptar a minha mecânica. 

Mas, durante o processo, uma gripe forte me pegou, depois de anos sem ter uma,  e fiquei mais uma semana de molho.

Voltei aos treino esta semana - 19 a 23/08 - correndo com Aline, que também se recupera de uma lesão. Resolvi fazer o treino dela, passado pelo médico fisioterapeuta. O treino, regenerativo e de readaptação, ajudou demais e percebi que tinha conseguido mudar minha pisada. Isso foi comprovado na prova, que fiz bem, sem sentir nada depois de mais de um mês.

Chegada da Maratona do Rio. Depois dela, tive que repousar
Recuperação - o treino passado pelos treinadores foi bem difícil, no sentido psicológico da coisa. Tinha que, depois do aquecimento, ficar dando voltas de 500 metros, devagar para readaptar minha passada, e depois alongar bastante. A cada pisada, contava mentalmente "1, 2, 3, 4", técnica ensinada por Nirley para poder imprimir uma passada única para os dois pés, esquerdo e direito, e manter um ritmo constante. A dificuldade estava em ver os amigos saindo para correr 5, 10k e eu ficando ali para dar voltas de 500m.

Depois, no treino com Aline, era 3 min de caminhada rápida e dois de corrida lenta. Ela se recupera de uma fratura por estresse na ponta do pé direito, dai esse treino de readaptação passado pelo médico. Foi aqui que vi que estava conseguindo mudar minha passada, colocando antes o plantar dos pés do que o calcanhar e sem forçar demais o lado esquerdo.

Music e Run - uma prova noturna de 6 km, a Music & Run aconteceu neste sábado, 24 de agosto,  em Anápolis. O percurso passava  pelas ruas do charmoso e moderno Bairro Jundiaí, com trechos cheios de boas subidas e ótimas descidas, inclusive no final, já na chegada, na melhor descida que já tive em corridas que fiz. Como era na chegada, a gente podia imprimir um ritmo bom e chegar bonito no final.

Na Music & Run corri com Aline e, depois, descobri que meu
irmão Flávio também tinha feito a prova. 
O grande diferencial da prova está no kit pré e pós prova. Antes, além de uma bela camiseta, de manga comprida como é padrão da maioria das corridas noturnas, um dos patrocinadores recheou nossa sacola com vários produtos: chocolate light, Shake, adoçante, um água com gás. Além disso, um vale refeição em um dos melhores restaurantes da cidade.

No pós prova, além da bela e original medalha na forma de uma guitarra, símbolo da prova, um sanduíche Subway - outro patrocinador - energético, barra d e cereal e bastante água.

A organização não deixou a desejar para as grandes provas que participei. Na largada e chegada, uma banda de Rock animava corredores e publico. No caminho, proteção de cones e de seguranças da prova e do DETRAN local. Mesmo tendo que correr em varias ruas movimentadas da cidade, não houve perigo algum em nenhum momento.

A bela medalha da prova no formato de
uma guitarra
Minha prova - corri tranquilo, sem querer forçar. De cara, já percebi que tinha conseguido tornar bem natural meu novo jeito de correr, batendo no chão primeiro o plantar do pé ao invés da ponta ou do calcanhar, tudo para não impactar a parte lesionada.

Fui percebendo que a dor não me perseguia mais, e correndo cada vez mais tranquilo, com passadas lentas e mais largas mesmo na subida. Senti, é claro, a falta de treino, mas fui até o fim. Cruzei a linha de chegada com 30min exatos de prova, num ritmo médio de 5min/km. Já fiz tempo melhor, mas este foram os mais gostosos 6K que já corri.

Pedal - não dá para não falar do pedal que estou curtindo fazer também junto com a corrida. Neste período de repouso, participei de dois passeios ciclísticos, um em Brasília, o da Rodas da Paz, de 10k, e outro em São Paulo, o Night Riders, no qual ganhei minha primeira medalha de participação em prova de pedal.

O passeio da Rodas da Paz, ONG que tem como objetivo popularizar o uso da bike no dia a dia, era um passeio comemorativo dos 10 anos da entidade. O percurso saía do Museu Nacional e, passando pela Esplanada dos Ministérios e Praça dos 3 Poderes, descia até a
Minha nova paixão: Pedalar. 
Ponte JK. Um belo percurso de ida e volta, num total de cerca de 12k de pedal.

No caso da Night Riders, pedalei com uns 1500 ciclistas. Passamos pelo centro histórico da capital paulista, onde destaco o Viaduto do Chá e o Largo de São Francisco. Foram 10k num percurso de muitas subidas. No final, ainda levamos para casa uma bike dobrável como parte do kit que pagamos.

Pedalar é bom, mas correr é a meu esporte preferido. E ter podido voltar sem sentir o calcanhar me deixou bastante realizado.

Boas passadas, galera! E valeu pela torcida de todos para a minha recuperação.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

CORRENDO ... PARA O BANHEIRO

E aí, Corredor?!

Levante a mão qual de nós, corredores, não precisamos ir a um banheiro químico antes de iniciar uma prova para "descarregar" os excessos! Difícil. Isso quando não precisamos fazer isso durante a prova, o que é pior.

Antes do início de qualquer prova, a fila dos banheiros químicos é sempre bem grande. Tanto no masculino como no feminino, a galera invade a área reservada, e não raro os que perdem a largada por conta desta necessidade. 

É claro, isso não é uma regra. Mas acontece. Para mim, até a Maratona do Rio deste ano, ir ao banheiro antes da prova para "tirar a água do joelho" era corriqueiro. Não normal, mas que já aconteceu mais de uma vez. Mas na prova carioca tive o desprazer de sentir a necessidade de correr para o banheiro no meio da prova, comprometendo toda o resultado da corrida.

E por que isso acontece? Uma matéria que li na revista Contra o Relógio, edição de agosto de 2012, traz algumas explicações para isso. 

Durante os exercícios físicos, a prioridade são os músculos trabalhados. Para levar mais oxigênio às pernas, glúteos, abdome ou braços, há uma redução do fluxo sanguíneo em direção ao trato digestivo. Por isso, muitas pessoas relatam não conseguir digerir certos tipos de alimentos enquanto correm. E quando um nutriente não é absorvido, ele tem uma grande chance de ser eliminado, o que pode culminar em uma diarréia.

Outra causa da aceleração do peristaltismo é o impacto do exercício. Alguns indivíduos adaptam a treinos mais intensos. Ao mesmo tempo, outros precisam limitar a quantidade de alimentos ingeridos horas antes da atividade, principalmente se a mesma for intensa.

A desidratação pode ser outra causa, isso por que a falta de água nas células reduz suas funções. No intestino a absorção fica comprometida, agravando o desarranjo intestinal.

Alguns atletas minimizam os impactos "treinando" para ir ao banheiro todos os dias no mesmo horário. Outros estimulam o peristaltismo caminhando ou trotando, indo ao banheiro e depois voltando para iniciar ou treino ou prova.

O que ajuda? - Primeiro, o acompanhamento nutricional é muito importante, pois estratégias de reposição de carboidratos e aminoácidos podem ser necessárias para manter a atividade, principalmente quando longa.

Diminuir drasticamente o consumo de fibras, cafeína, laticínios, alimentos gordurosos, sorbitol (adoçante comum em balas e chicletes) e pimenta na véspera e no dia da prova. Isso é ainda mais necessário quando a prova é longa.

No meu caso, na Maratona do Rio, primeira vez que tive que recorrer a um banheiro durante uma prova, posso dar mais um conselho: não ingira nada desconhecido na véspera da prova. Eu, tentando diminuir minha ansiedade por receio com a dor no tornozelo, acabei recorrendo a um suplemento que o nutricionista de amigos da Equipe X recomendou. Mas no caso deles, estavam ingerindo a fórmula há um tempo. Eu, ingenuamente, resolvi fazer uso no dia da corrida. Resultado: corri para o banheiro. Pela primeira vez tive um "piriri" numa prova, e durante a prova. Nunca mais (rss).

Enfim, é algo normal. O importante é não deixar que isso atrapalhe sua corrida.

Boas passadas.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PARABÉNS, MARATONISTAS !!!

Maratona do Rio 2013
E aí, Corredor?!

Hoje, 07 de agosto, é o dia do Maratonista, daquele que ultrapassou a barreira da consciência no ato de correr e fez mais do que o corpo deve fazer, segundo os médicos. Do cara que resolveu passar por cima de tudo e encarar o desafio de vencer a distância mágica e amedontradora dos 42,195 KM.

Todo o corredor, depois que é mordido pelo "bichinho da corrida", sonha em correr uma Maratona. Vencer o "medo" não é fácil, mas depois de encarado o desafio, parece que tudo muda na vida da gente. 

Brincadeiras a parte, não é fácil. Posso dizer por experiência própria, a decisão de fazer uma maratona tem que ser bem refletida, por que não é tarefa fácil. Mesmo antes, nos treinos, a gente é exigido constantemente. São finais de semana seguidos correndo distâncias enormes. E semanas fazendo treinos variados de força, volume, regenerativos. Uma bateria de exercícios que fazem você sempre pensar se vale à pena.

Acordar de madrugada para correr vira um hábito. Abrir mão da vida social apenas para encarar o desafio é comum. Passar por anti-social com os amigos acontece.

Mas depois tudo é alegria. A superação é fantástica e parece que gira uma chave na sua vida de corredor e muita coisa muda. Se você gosta de correr e pode, aconselho, faça uma Maratona! Nem que seja apenas uma. Só para poder sentir toda essa emoção que a prova nos passa.

Corri três maratonas e, mesmo as três terem sido no mesmo percurso e na mesma cidade, Rio de Janeiro, nenhuma foi igual à outra.

Em 2010, fiz a prova na raça ( e na louca ), sem treinamento específico, sem conhecer como seria, totalmente despreparado física e psicologicamente. Venci, mas com uma traumática contração na panturrilha que me fez trotar 6k e ficar com um trauma.

Tanto que só encarei novamente a distância em 2012, dois anos depois. E isso graças à insistência dos amigos, que queriam formar um bom grupo para treinar e fazer a prova. Foi minha mais feliz corrida. Terminei inteiro, "voando", leve. Uma prova inesquecível!

Este ano fiz minha terceira Maratona. A diferença foi que, apesar de estar preparado, tive que encarar a corrida com um esporão calcâneo me atormentando as ideias. Ele não me maltratou durante a prova, mas foi meu companheiro em boa parte dos treinos e ainda hoje se manifesta nos meus treinos. Terminei, feliz, inteiro não fosse essa lesãozinha anterior. Mas foi uma prova incrível.

É uma prova mágica mesmo. Lembro de cada detalhe de todas as provas. De onde consegui desenvolver melhor meu ritmo, o que me afetou mais para ter a contratura na panturrilha, onde o visual era mais incrível, onde poderia me preservar mais. 


Para sentir toda a sensação tem que correr. Descrever em palavras é impossível por que o mais maneiro é sentir toda a emoção de vencer o desafio. 

Por isso, parabéns sim, amigos Maratonistas. Pelas madrugadas de companhia nos treinos, pelo incentivo, pelos conselhos, por participar destes momentos únicos. 

Valeu amigos Nirley, Jailto, Ivan, Ivanilson, Tiãozinho, Paulinho, Edna, Susete, Chamon, Eduardo, Gislene, Nati, Grace, Sérgio, Rafael, Thaís, Cássio, Mateus, que correram comigo estas Maratonas.

E a todos os amigos virtuais, seguidores ou leitores, valeu e parabéns. 

Parabéns pelo seu dia, Maratonistas e futuros Maratonistas!