quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

BOAS MANEIRAS NAS CORRIDAS


E aí, corredor?!

Uma interessante matéria da Revista O2 de janeiro de 2010 foi o Guia de Boas Maneiras em Provas. Quem já não foi atrapalhado por um corredor mais lento, ou que, sem querer, machucou de alguma forma o pé por que viu um copinho de água jogado bem no meio da pista de corrida? Com tantos praticantes, que crescem a cada dia, é necessário de cada um uma grande dose de bom senso para correr sem incomodar ninguém. 


A matéria da revista editou apenas 7 boas maneiras. Acredito que temos bem mais, mas vamos a elas:

  • Não Atrapalhar: cada corredor sabe o ritmo que vai seguir durante a prova. Quem está iniciando no esporte sabe que fará uma prova mais lenta. Então, na hora da largada, o melhor é se posicionar do meio para trás do pelotão, para não atrapalhar aqueles que estão correndo a mais tempo e que tem um ritmo mais forte. 
  • Evitando aglomerados: em todo posto de hidratação tem sempre aquela multidão desesperada atrás do copinho de água, principalmente no primeiro. A primeira regra aqui é saber que os organizadores sempre disponibilizam mais local com vários copos, que são colocados em linha, formando uma espécie de corredor, nos dois lados do percurso. Sendo assim, não é necessário parar apenas no primeiro ponto. Se estiver cheio, vá correndo que um deles estará mais vazio. E se achar que pode aguentar mais um pouco, comece sua hidratação no próximo posto. Em uma corrida de 10 km eles geralmente estão dispostos a cada 3k.
  • Evitar canteiros: correr próximo a calçada pode parecer o mais certo, mas pode ser perigoso, por que se alguém for desviar, pode tropeçar na calçada em cair ou mesmo trombar no outro corredor. Os especialistas indicam que o atleta fique no meio da pista mesmo, atento a tudo que acontece ao seu redor. Na verdade, o melhor é procurar um ponto onde a aglomeração de atletas seja menor.
  • Não formar paredões: estes paredões acontecem quando um grupo de amigos corre junto e passa a prova toda lado a lado. Se o grupo for grande e o intuito for recreação, o melhor é que o ele se instale no fim da prova, podendo correr lado a lado e não atrapalhando que quer fazer tempo na prova.
  • Chegar cedo: quanto mais cedo, melhor para todo mundo. Assim, nas provas que o chip ou mesmo o kit é distribuído apenas no dia, você terá tempo de sobra para pegar tudo, guardar o kit e amarrar tranquilamente o chip no tênis. E ainda se posicionar no melhor local na largada.
  • Não jogar lixo na pista: é comum nas provas ver aqueles copinhos espalhados no meio asfalto, não só perto dos postos de hidratação como também pelo percurso. Isso pode até causar um acidente, além de ser ecologicamente, para dizer o mínimo, errado. O melhor é jogar os copos, e até mesmo as embalagens do gel de carboidrato, nos cantos da pista para não atrapalhar, ou, de preferência, perto dos postos de hidratação onde tem gente para recolher o lixo.
  • Usar o banheiro químico: acreditem, tem gente que para no meio da pista para fazer o xixi. Já vimos isso até em transmissão de maratona nas olimpíadas. Errado. A pessoa está correndo no meio de um monte de gente, de repente, desvia para correr para o poste ou para mesmo próximo ao meio fio e se abaixa para urinar. Fora o risco de acidentes, é muita falta de educação. Faça o "pipi-stop" antes ou procure um banheiro químico, que as organizações devem oferecer. 

Boas passadas, obedecendo as regras básicas de convivência entre todos os atletas.

Fonte: Revista O2, edição de Janeiro de 2010.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

MEIA MARATONA DAS PONTES - DESAFIO VENCIDO

A medalha, com o desenho do percurso
E aí, Corredor?!

Mais um final de semana passou. E foi mais um domingo de corrida, uma boa corrida por sinal. Depois de tantas tentativas finalmente consegui fazer a Meia Maratona das Pontes, prova que tem um circuito  bem comentado pelos amigos e que sempre tive vontade de correr. Este ano, matei esta vontade.

E parece que tive sorte! Afinal, os colegas que fizeram as provas dos anos anteriores reclamavam um pouco da organização, principalmente no quesito hidratação. Este ano, eles não vacilaram. A cada 3,5k tinha um posto, sendo que em três deles com isotônico à vontade. Sede eu não senti.

O percurso, confirmei, é desafiador e muito bom. Na verdade, para mim foi até uma forma de vencer um "trauma" já que parte do percurso eu fiz treinando para minha primeira maratona. Parte dos 33 km, único treino específico realizado para a prova de 2010, foi ali. E foi justamente onde senti mais a falta de água de nossa aventura na ocasião. Desta vez, tudo bem diferente.

Por isso tudo é que cerca de 1.500 corredores, fora os pipocas, se reuniram para a prova, que teve largada às 7h30 da manhã em ponto na nublada, ainda bem, manhã de domingo, 24 de fevereiro de 2013.

Correndo na Ponte JK
Organização - A melhora na organização veio com o preço elevado da inscrição: R$ 90,00. Isto gerou muita reclamação de amigos corredores, tendo até quem fizesse protesto correndo com uma camiseta cheia de pipoca pregada nela. Na verdade, a galera está reclamando do alto preço de todas as provas que têm vindo para a cidade, que têm sido em média de R$ 90,00.

No kit, uma camisa bonita, mas com uma cor meio complicada para quem corre. Preta, com um tecido pesado e tendo um belo desenho, mas inviável para correr, pelo menos para mim e outros tantos corredores que conversei. No kit ainda vinha uma meia e uma toalha. A medalha ficou legal. Nada de tão especial, mas bem legal.

Em termos de hidratação a organização foi impecável. Pontos a cada 3,5 km, inclusive com o último a pouco mais de 1k da chegada, com isotônico. E água à vontade. 

Ponte Costa e Silva, a primeira subida
O percurso - A Meia Maratona das Pontes é uma das provas de destaque de Brasília. Seu percurso é interessante e com belo visual. Corremos em volta do Lago Paranoá, entre a Ponte Costa e Silva e a Ponte JK, em trechos de leves, constantes ou intensas subidas e poucos descidas, com alguns quilômetros de pista plana.

A largada é em frente ao Pontão do Lago Sul, um dos lugares mais bonitos da cidade. Nos dirigimos rumo à L4 sul, avenida que margeia o Lago Paranoá, passando pela Ponte Costa e Silva. Como em toda o início de ponte, uma subida para depois descermos. 

Saindo da ponte pegamos o acesso a L4, em uma intensa subida. Na L4, uma subida leve mas constante até o 6 km mais ou menos. Depois uma leve descida até pegarmos a pista de acesso ao setor de clubes, onde temos os único quilômetros de pista plana.

E corre, corre, corre até pegarmos a via de acesso a belíssima Ponte JK, um dos mais novos cartões postais de Brasília. Para o acesso, uma pequena subida, intensa, depois um descidão até chegarmos a pista de acesso ao Lago Sul, com uma pequena subida na entrada da ponte.

Na L4 Sul
No Lago Sul um sobre e desce constante. Já conhecia o percurso e sabia de sua dificuldade. Não tem refresco. Ou forçamos os joelhos nas descidas ou nos cansamos nas subidas. E isso até quase o final, quando chegamos ao Pontão do Lago Sul novamente para cruzarmos a linha de chegada.

Minha corrida - Não estava 100% para fazer a prova. Desde a volta da viagem aos Lençóis Maranhenses uma gripe fraca mas insistente tem me atormentado, a mesma do Desafio do Tororó, que dificulta a minha respiração. Ciente disso, procurei correr o mais tranquilo possível, mas acabei ficando surpreso com meu ritmo médio no final. de 5:27min/km, o que me levou a terminar a prova em 1h55, um tempo bom tendo em vista que parei várias vezes para tirar fotos e ainda andei um pouco nos pontos de hidratação onde tinha o isotônico para poder beber sem me encharcar com o líquido.

Subida onde Samille e Cássio me encontraram, no Lago Sul
No caminho, Samille e Cássio me encontraram, por volta do quilômetro 16, antes da mais pesada subida do Lago Sul. Na subida, Cássio ficou um pouquinho e eu e Samile continuamos até o final. Ela queria fazer a prova e conseguiu, fazendo em 1h56, alguns segundinhos a mais apenas que eu. E ficou super feliz pelo excelente resultado.

No balanço geral, gostei demais da prova. Eu, que sempre tive vontade de correr pela Ponte JK, na pista e não na lateral, como já havia feito em outras oportunidades, consegui realizar esta vontade. Não pude deixar de registrar a passagem por ali.

Alegria na chegada, com Samille e Alexandre
Boas passadas.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

DESAFIO EXTREMO EQUIPE X NO TORORÓ (CHÁCARA DO ADINOR)

O desafio mais extremo que encarei até hoje. Nem
a minha primeira Maratona foi tão difícil
E aí, Corredor?!

Extremo foi pouco para o longão da Equipe X realizado hoje no Bairro do Tororó, no Distrito Federal, mais precisamente pelas redondezas da Chácara do nosso amigo Adinor. Foi um misto de aventura, realização, cansaço e muita determinação.

Nem tanto pela distância definida, que inicialmente era para ser de 16 a 26 km mas acabou ficando mesmo em 21,2 km, distância conhecida da maioria dos bravos guerreiros que enfrentaram o desafio. Mas sim pela grande dificuldade do percurso e pelo horário, já que começamos a correr por voltas da 9h30.

O longão foi um treino para a turma da Equipe X que vai encarar no dia 17 de março os 23k ou a Maratona no Deserto do Atacama, no Chile. Na verdade, além da questão da distância, o local foi escolhido pelo fato poder correr a maior parte do tempo em trilha, o que ajudará os amigos do Atacama.  E o horário foi para eles já irem se acostumando com o calor do deserto. Não tivemos a secura nem a extrema altitude de lá, mas, em termos de dificuldade, parece que não ficou devendo mesmo assim.

Na saída, só alegria. Mas sabíamos o que nos esperava
O percurso - depois de escolhido o local, a chácara do Adinor, que fica no bairro do Tororó, na região do DF, nosso amigo e professor Nirley idealizou o percurso pelo GPS, no aplicativo chamado de RunKeeper. Seriam 26 km de distância para alguns e 16 km para outros. 

Mas duas coisas fizeram a gente mudar o percurso durante o longão: o calor intenso e a dificuldade do percurso.

A aventura começou por volta das 9h30, saindo da chácara do Adinor. O início da corrida foi uma pequena trilha de terra para sair da chácara e logo depois no asfalto, na movimentada pista do Tororó. Neste trecho, a grande tensão era que dividimos a pista com muitos carros e caminhões. Uma pista apertada e, em alguns pontos que corremos, sem acostamento. Ainda bem que era uma descida, e aí podíamos correr com um pouco mais de velocidade para sair daquela confusão.

Depois, entramos na grande trilha, e aí nem sabíamos o que nos esperava mais a frente. Nirley e Alexandre nos orientavam com o GPS, um com o celular e outro com o Ipad. Estávamos desbravando percurso naquele momento, totalmente desconhecido e onde ninguém, tenho certeza, pensou em correr.

As meninas colocando o tênis depois de atravessarem
o riacho
O riacho - Depois de mais descida na trilha, entramos em um matagal, "invadindo" uma propriedade particular e tivemos nosso primeiro ponto crítico: um riacho que, do outro lado, não apresentava nenhum ponto para corrermos. Depois de muito procurar, Nirley encontrou o caminho, mas tínhamos que passar pelo meio da água.

Isso sem contar que, para chegar neste ponto, encaramos uma mata fechada com buracos complicados para se passar. Mas foi tudo muito bem com todos. Afinal, ali só tinham guerreiros!

O ponto mais crítico: subida de 10 km - Passado mais um desafio nos deparamos com um milharal e com uma subida interminável. Neste ponto já eram mais de 10h e o sol estava quente demais. No milharal, nada de vento. E a subida castigou a todos. Foram cerca de 10 km percorridos só neste trecho, sem nenhum ponto mais plano ou uma descida. Subimos, subimos e subimos mais ainda.

A grande subida do milharal. Foram
10 km de chão
Já neste trecho a água do pessoal começou a faltar. Não tivemos apoio, e cada um trouxe sua hidratação. O problema era que o calor estava tão grande que a água de muita gente já acabou nos 7 km. Quem estava mais à frente acabou tendo que se virar, quem vinha atrás conseguiu, com um morador, água geladinha.

No fim da subida outro ponto tenso, e perigoso. Um incêndio no mata encheu o ar de fumaça e correr seria complicado. Tentamos, mas daí chegou mais uma salvadora ajuda de um local, que nos levou de caminhão, fazendo-nos atravessar o fumaceiro com mais tranquilidade. 

Chegada - Depois o asfalto de novo, que marcou o fim da subidona, a maior que já encarei na minha vida de corredor, por sinal. Aí, terreno mais tranquilo, com um bom acostamento para desenvolvermos nossas passadas. Tudo para depois novamente pegarmos um trilha menor.

Nesta trilha, a falta de água começou a preocupar. Estávamos com muita sede e não víamos onde repor nossas garrafas. Até que Nirley encontrou, em uma construção, uma torneira que nos presenteou com seu líquido salvador.

Revigorados, seguimos em frente para daí chegar ao ponto final, a chácara do Adinos, depois de 21,2 km percorridos depois de mais de 2h de corrida. Não sem antes fazermos várias consultas aos GPS de Nirley e Alexandre. 

Desafio muito extremo - este foi mais um desafio extremo realizado pelo Nirley, mas, sem sombra de dúvida, foi o mais complicado de todos que ele já fez. Fazia tempo que eu não chegava ao fim de uma corrida tão extenuado. Estava no meu limite.

As dificuldades foram muitas: a subida de cerca de 10k, no meio de um milharal onde a plantação não deixava o vento passar. O calor intenso. O terreno complicado e que exigia extrema atenção. A pista cheia de carros passando em alta velocidade. O incêndio, que tirou de nossa corrida uns 2k, o que faria com que a distância ficasse em mais de 23 km.

A hidratação também foi um fator complicante. Ficamos no limite da sede, sem água por muito tempo. Se era para testar a turma do Atacama, com certeza, psicologicamente eles estão preparados.

Foi a mais difícil corrida que encarei até hoje. Nem a minha primeira maratona, quando tive complicações com uma cãibra, foi tão complicada como esse desafio. O físico e o psicológico foram expostos ao extremo mesmo. Mas chegamos felizes e realizados por mais este desafio superado.

O sol escaldante nos acompanhou o percurso inteiro


Boas passadas.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CORRENDO PELOS LENÇÓIS MARANHENSES

Alegria de correr nos Lençóis Maranhenses
E aí, Corredor?!

Corremos! No dia 9 de fevereiro de 2013, cerca de 40 corredores desbravaram a passadas largas as dunas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, numa corrida que, arrisco-me a dizer, foi inédita no local. Afinal, quem pensaria em correr 12 km em um lugar tão difícil e inóspito? Pois nosso amigo e treinador Nirley pensou. E criou para nós esta experiência incrível de correr ali naquele local de exuberante beleza natural.

A corrida foi traçada com o objetivo de dar aos atletas da Equipe X que vão enfrentar os 23k ou 42,195k do Mountain Do Deserto do Atacama um treinamento preparatório para enfrentar o complicado desafio. Mas foi muita mais gente além deles, para curtir as belezas naturais do famoso parque e encarar o desafio inédito de correr nas areias dos Lençóis.

A estratégia foi muito bem traçada por Nirley. Durante a corrida, dois quadriciclos nos acompanharam durante todo o percurso, um no início e outro no final do grupo de corredores, para dar o apoio necessário de água e resgate. A cada 2k, Nirley parava o grupo para que todos se reagrupassem e fosse conferida a situação de cada um.

Foram 6k de dunas e outros 6k na praia. E todos deram conta e venceram o desafio. Chegaram ao final do percurso realizados, sabendo da vitória pessoal de ter conquistado um pedaço do Brasil e do mundo quase desconhecido pelos corredores.

A corrida - Saímos de Barreirinhas, pequena cidade maranhense que serve de base para quem vai aos Lençóis, logo cedo, de voadeira, pequeno barco, que nos levou pelo Rio das Preguiças ao ponto de partida, as dunas dos Lençóis. No local, os dois quadriciclos de apoio aguardavam para dar início ao desafio.

A ansiedade era grande e antes mesmo do início da corrida percebemos isso ao ver Nirley gritar para chamar a atenção de todos, que não parava de falar excitados que estavam por começar a correr, com as orientações sobre o percurso. E essas dificuldades foram constatadas quando começamos a correr. Os primeiros 6k de areia se fim, com enormes dunas para atravessar. Não foi fácil, mas a beleza do lugar compensava o esforço.

Percurso exigiu de todos bom preparo físico e psicológico
Até a praia de Caburé, quando completamos os 6k, o terreno era esse, de dunas de areia fofa, cansativas  e difíceis de transpor. Quando terminamos essa parte e chegamos a praia, parecia que um motor turbo havia sido colocado em nossos pés tal a facilidade do terreno, de areia batida, umedecida pela água do mar.

No final a alegria era visível no rosto de cada um que venceu o desafio. Cada um percebeu que a vitória pessoal tinha sido indescritível. E na memória com certeza ficou cada centímetro vencido nos Lençóis Maranhenses.

Para o desafio adquiri um tênis específico para trilhas e mais próprio para areia da New Balance. E realmente ele se mostrou eficiente, não deixando a areia entrar, além de ser leve para não pesar no cansativo percurso. No mais, os acessórios fundamentais: boné, óculos de sol, camisa de manga longa da Equipe X, bermuda e meião de compressão para não deixar a areia que bate com o vento na perna incomodasse.

Foi uma das melhores corridas que já fiz. Não só pelo belo local, como também pelas excelente companhias e pelo extremo desafio. Uma prova realmente inesquecível.

As dunas, nosso principal desafio
Os Lençóis Maranhenses - O Pólo Parque dos Lençóis, situado no litoral oriental do Maranhão, envolve os municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas, este último sendo o principal portão de entrada para esta fantástica beleza natural. Seu maior atrativo é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, às margens do Rio das Preguiças, no Maranhão. São 155 mil hectares de paisagem deslumbrante, cheio de altas dunas com até 40 metros de altura e lagoas de água doce, cujas águas variam entre os tons de verde e azul. As águas que formam as lagoas ficam aprisionadas entre as dunas, formando verdadeiros oásis tropicais. Algumas lagoas chegam até a ter peixes. As lagoas mais conhecidas são as chamadas Lagoa Azul e Lagoa Bonita, famosas pelo seu encantamento e condições de banho.

O melhor período para visitar os Lençóis Maranhenses, quando a maior parte das lagoas estão cheia, é ir logo após o período de chuvas, ou seja, depois do mês de junho. O período vai de dezembro a junho. Como nós resolvemos aproveitar o período do carnaval e o nosso propósito principal, além de conhecer o parque, era correr, não vimos as famosas lagoas mas apenas os lugares onde elas se formam. Mesmo assim, a visão é incrivelmente linda.

A principal porta de entrada para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é a cidade de Barreirinhas, no Maranhão, que fica às margens do Rio das Preguiças. A cidade conta com todos os serviços necessários (bancos, comércio, pousadas, serviços para os parques.). Nela pode-se alugar os dois tipos de transporte utilizados para levar ao parque: a voadeira, o pequeno barco que navega pelo rio, e as caminhonetes com tração (Toyotas), que levam por terra. O passeio na voadeira é mais confortável, mas a aventura nos carros é interessante, levando a gente a lugares diferentes.

Nós utilizamos os dois tipos de transporte. No dia da corrida, fomos de voadeira, que nos levou aos lençóis baixos. No dia do passeio, encaramos as Toyotas, num passeio mais radical. Passeamos pelo Rio das Preguiças, praia de Caburé e Atins, todos no Parque. Tudo é bem nativo, com pouco contato humano já que não é fácil chegar aos locais. Levamos 40 minutos de barco até as dunas num passeio incrível pelo Rio, onde passamos por igarapés e mangues, e também 40 minutos de carro até Atins para curtir a praia local.

O encontro da duna com o mar, além da presença do rio, tornam a paisagem indescritível. É realmente algo singular, uma beleza natural incrível. Todo o esforço na corrida e no passeio de carro valeu muito à pena, mesmo não tendo as lagoas cheias neste período.

Barreirinhas é uma cidade pequena. O atendimento é lento e confuso, sendo necessário paciência do turista. Você vai encontrar restaurantes e pousadas, mas o ritmo do povo é lento e tudo isso se traduz no atendimento. Exemplo: Em Atins, pedimos no restaurante nossos pratos, que levariam mais de 1h para ficarem prontos. Daí, aproveitamso neste tempo para conhecer a praia, esperando que quando voltássemos a comida estaria pronta. Só que a comida ficou pronta mais de 1h depois que voltamos da praia, o que nos fez perder um tempo maior no mar. Enfim, tudo se releva pelo belo passeio e pela possibilidade que tivemos de conhecer este local ímpar.

43 corredores encararam o desafio extremo da
Equipe X nos Lençóis Maranhenses
Boas passadas.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O INCRÍVEL PODER DA COCA COLA


E aí, Corredor?!

Não! Não vou falar aqui de como a Coca Cola é deliciosa, gelada, num dia quente de sol ou depois de um treino bem complicado. Não vou falar de como ela é adorada, sendo o refrigerante mais popular do mundo, uma das marcas mais valiosas, uma presença quase obrigatória na geladeira de várias casas.

Nem vou falar do poder energizante da Coca. Vi, em uma matéria há um tempo atrás, que ela estava sendo muito usada principalmente por triatletas como repositor energético. O xarope contém altos índices de glicose, bom para dar energia em treinos de alto performance. E por isso eles estavam preferindo ela a isotônicos ou gel de carboidrato durante o treino.

Na verdade, achei outra função inusitada para o poderoso líquido. Limpeza de medalhas de corridas manchadas. Vou contar como descobri isso para vocês.

O problema - Estava com problemas de manchas em algumas medalhas de corrida, parecidas com ferrugem, que estavam deixando bem feias a tão valiosa lembrança das provas. Acho que o problema é que, depois da prova, com o corpo suado, eu recebia a medalha e pendurava no pescoço, mostrando orgulhoso o feito. Afinal, no caso do Brasil, é onde eu posso usar e mostrá-la. Depois, chegava em casa, enrolava a medalha na fita e guardava a mesma numa lata, lugar que achei ideal para tal.

Mas acho que eu precisava limpar a medalha, tirar o suor que do que passara para ela. E não fazia isso. Isso, acho, é o principal motivo de algumas das minhas medalhas ficarem manchadas.

Outro motivo, é claro, deve ser o material usado, por que isso não aconteceu com todas as medalhas que usei depois da prova.

Enfim, o meu problema era que queria tirar aquela mancha, principalmente em medalhas mais bonitas ou de corridas memoráveis. Como foi o caso da medalha da Corrida do Fogo, que ficou bem prejudicada pelas manchas.

A Coca Cola - Procurei no “Dr. Google” uma solução para o problema e, em uma dos sites, mais precisamente em um fórum onde outros corredores perguntavam sobre uma solução para o mesmo problema, vi ali um colega que apresentou esta opção inusitada, usar a Coca para o serviço de limpeza.

Não acreditei a princípio mas, como não via solução e não queria perder a medalha, resolvi fazer o teste esta semana. Deixei a medalha imersa na Coca durante a noite e no dia seguinte, fui ver o resultado.

Medalha quase totalmente recuperada
após o banho de imersão na Coca Cola
Deu certo! Não limpou perfeitamente a medalha por que ela estava bem danificada, mas deixou ela com um aspecto bem melhor. Limpou até sujeiras que ficaram no metal. Enfim, achei que serviu muito bem para o que eu queria.

Infelizmente não tirei a foto da medalha antes da Coca, mas pensem em uma bem danificada, cheias de manchas pretas. O resultado, depois de uma noite de imersão, foi o que vocês podem ver na foto ao lado.

Uma medalha que eu já estava dando por perdida foi recuperada pela Coca Cola.

Se tiverem alguma feinha, podem testar. Mal não vai fazer. No máximo, usem um pouco e deixem o resto do líquido para matar a sede.

Boas passadas.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

CORRIDAS SEM COMPROMISSO - RUMO AOS LENÇÓIS MARANHENSES (E AO ATACAMA)

Uma das infinitas subidas do longão de 1h40 do Lago Sul 
E aí, Corredor?!


Os treinos voltaram! E com toda a intensidade. Neste final de semana corri, com os amigos da Equipe X, no sábado e no domingo, em corridas que fazem parte da preparação para os Lençóis Maranhenses, no carnaval, e para o Atacama, o deserto chileno.

No sábado, o treino foi basicamente em trilha, correndo na terra, em terrenos variados, recheados de subidas e descidas. No domingo, um delicioso longão, correndo no asfalto, percurso já conhecido mas nem por isso reservando surpresas a cada passada.

O corpo foi testado em diferentes condições. Tudo para adaptação às dificuldades que iremos enfrentar nas provas que teremos pela frente.

Os amigos reunidos com nossa mascote, a Mel, no
final do treinão do Parque de Águas Claras
Sábado de trilha - No sábado, dia 2 de fevereiro, o treino foi no Parque de Águas Claras, que fica no bairro de mesmo nome em Brasília. No parque, a pista de corrida tem um total de 4,3k de distância. Mas, no nosso caso, nada de monotonia, nada de correr o normal! O Parque reserva algumas trilhas para uma corrida diferenciada, que foi o que fizemos.

Parecia que estávamos correndo no meio do mato em alguns momentos. Não faltaram. Descidas perigosas, com o chão escorregadio, subidas intensas, curtas e longas, trechos alagados, onde a passada espirrava lama em cima da gente.

O treino, que começou com um forte aquecimento na areia, por volta da 9h30, saiu depois para a corrida, feita de asfalto, terra e grama. No total, 15 guerreiros e guerreiras.

No final, 8 km de corrida, fora o aquecimento, realizado na arei do campo de futebol do parque. E os "Amigos Corredores" todos satisfeitos, conforme relatos em nossa sala de conferencia no Wathsapp.

Os amigos no final do longão pelo Lago Sul.
18 km de subidas e descidas
Domingo de longão - No domingo, 03 de fevereiro, parte da mesma galera que encarou as trilhas do dia anterior se encontrou para correr por 1h40 no Lago Sul, bairro de Brasília. Corremos de 16 a 18k num percurso também complicado, onde o sobe e desce é constante.

O percurso foi do Pontão rumo a Ponte Jk, se desse. O objetivo, segundo a planilha de treinamento do professor Nirley, era correr por 1h40. Foram 8 guerreiros, todos também presentes ao treino de Águas Claras.

Como o objetivo era o tempo, e não a distância, a galera se desgarrou, com alguns correndo 16k, outros 17k e uns poucos 18k. O percurso, conhecido dos treinos para a Maratona do ano passado e da Volta do Lago, é complicado por que é feito de subidas e descidas. Fiz os 18k, mas senti um pouco na volta. No final, muito felicidade de completar bem o percurso.

Lençóis Maranhenses - a corrida que faremos nos Lençóis foi idealizada pelo treinador, Nirley, como preparatória para o que a galera vai encarar nas provas do deserto do Atacama, no Chile.

Serão 12 km de dunas de areia fofa e tem muita gente achando que estes 12k serão tão difíceis quanto o Atacama. Na verdade, acredito que não serão fáceis, mas como o Atacama, nada se compara.

Atacama - uma galera da Equipe X resolveu encarar este ano a difícil prova realizada no deserto do Atacama, no Chile. Alguns vão correr a Maratona, de 42,1K, e a maioria vai encarar os 23 longos km.

Na verdade, qualquer distância é complicado no Atacama, um deserto quente, seco, onde a altitude é elevada. Pelos relatos, há pontos que ela vai chegar a 2.700m e, no geral, mais de 2.000 m de altitude é o normal. Os amigos da Equipe X vão ter muita história para contar.

Boas passadas!