quarta-feira, 3 de agosto de 2011

POR QUE PARA CORRER BASTA QUERER

Eddie Kidd, celebrando a vida
E aí, corredor?!

Entre as várias matérias publicadas na excelente Revista O2 de julho/2011, uma mereceu meu olhar com mais atenção e destaque, tudo isso por que me fez refletir sobre quantas pessoas estão perdendo tempo em ficar sedentárias, em não correr atrás de uma saúde melhor apenas por não saberem "fazer seu tempo", ou seja, conseguir se disciplinar e colocar no seu corrido dia a dia uma pausa para si próprio, para se cuidar.

Eddie Kidd, ex-dublê britânico que teve paralisia cerebral após um acidente 15 anos antes, conseguiu completar no dia 6 de junho os pouco mais de 42k da Maratona de Londres. Detalhe: seu feito aconteceu 51 dias depois da largada da prova, que ocorrera no dia 17 de abril.

Kidd iniciou a prova com os outros atletas e percorreu, diariamente, cerca de 1,5 km. Com o apoio de um aparelho para andar, além do incentivo dos familiares e amigos, caminhou cerca de 8 horas diárias. 

O inglês era conhecido pelos seus grandes saltos de motocicleta e seus trabalhos nos filmes de 007.

E daí eu me lembrei de algumas corridas que fiz onde vi corredores com os mais diversos tipos de problemas físicos correndo. Cadeirantes são os mais comuns, mas também vi mutilados, com problemas motores e até cegos (o senhor, que devia ter mais de 50 anos, corria falando o tempo todo e com sua bengala na mão).

Lembro-me de um rapaz, com paralisia motora, que encontrei na minha primeira prova oficial em Brasília, em 2006, correndo 10 km. Seu sacrifício me comoveu naquela ocasião e depois, em 2010, quando o encontrei completando os 21k da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro.

E refleti como é mágico este esporte, a corrida, que dá oportunidade para todos a praticá-la. E lembro-me de outro amigo, me chamando de maluco. Reconheço que sou maluco sim. Maluco pela vida.

Boas passadas. 

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