segunda-feira, 30 de maio de 2011

VOLTA DO LAGO CAIXA 2011

E aí, corredor?!

No próximo domingo, dia 05 de junho, acontece em Brasília a 8ª edição da Volta do Lago Caixa, uma prova que, apesar de ser, de certa forma recente, é considerada uma das melhores provas de revezamento do Brasil e uma das top da capital federal.

A Volta do Lago é uma ultramaratona de revezamento de 100 km que circunda um dos cartões postais da cidade, o Lago Paranoá. As equipes podem ser formadas por 2 a 8 atletas, existitndo ainda a categoria individual, que ano passado contou com cerca de 10 participantes, entre homens e mulheres.

Esta é a minha 4ª participação. Desde 2008 participo com uma equipe só, um octeto composto por amigos da Equipe X e ano passado conseguimos conquistar um troféu de 3º lugar na categoria economiário. Mas a melhor lembrança de 2010 foi Walter correndo com Ailton, corredor cego, em dois complicados trechos da prova.

Este ano mudei de equipe. Continuo fazendo parte de um octeto de amigos da Equipe X, mas desta vez não mais com Thaís, Edna, Gabriel, Rafael e Walter com quem corri nos anos anteriores, além de outros amigos.

Este ano a equipe que estou participando é formada por Adaura, Aline, Renata, Cássio, Cláudio (capitão), Ivan, Maurício e eu, além de Juliana, que fará o apoio de bike em alguns trechos. 

Como metade da nossa equipe é de pessoas que não trabalham na Caixa, não poderemos concorrer na categoria economiário, o que seria melhor por que a possibilidade de troféu era boa. Na categoria geral sabemos que ficará difícil por que é onde estão grandes equipes da cidade e de fora. Mas nada que tire nossa motivação para a prova.

Será mais um dia de festa. A Volta do Lago é uma corrida interessante por que, como acabamos ficando juntos de 6h da manhã até por volta de 14h, a integração da equipe é grande, fora os momentos anteriores, de reuniões para montarmos as estratégias da corrida. É realmente um evento diferenciado.

Amanhã é mais um dia para isso, o último antes da prova, onde estabeleceremos os detalhes finais. No mais e correr e curtir o visual que a prova proporciona e tentar vencer o desafio do 100k da ultramaratona.

Acompanhe aqui o dia a dia da equipe até o domingo, data da realização da prova, quando o twitter será o nosso companheiro (@eaicorredor).

Boas passadas.

OBS.: Linques interessantes: 

domingo, 29 de maio de 2011

CORRIDA DO PESSOAL DA CAIXA

E aí, corredor?!

Ontem fiz um post dedicado ao psicológico, tão presente em nossas corridas e um tremendo obstáculo que a gente tem que superar. E não é que hoje, na Corrida do Pessoal da Caixa, o meu psicológico e de outros 200 corredores foi posto à prova?!

Primeiro, vamos contextualizar você, caro leitor: a Corrida de Pessoal da Caixa é realizada conjuntamente pela Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal - APCEF e a Federação Nacional dos Economiários - FENAE. Para participar é necessário que o atleta seja funcionário ou da Caixa Econômica Federal, ou da APCEF, ou da FENAE ou Caixa Seguros. A premiação se restringe a medalhas para os 3 primeiros colocados de categorias definidas por faixa etária, contada com período de 10 anos.

São realizadas provas de 5 e 10 km em várias cidades do Brasil onde existe um clube da APCEF. Em Brasília, a prova contou com a participação de 200 seletos corredores. O percurso foi montado na L4 Norte, via que passa em frente ao clube. Basicamente plano, com duas elevações mais intensas e outra menor próxima ao ponto de chegada. Para quem optou por 5k, uma volta no percurso e os de 10k tinham que dobrar o mesmo.


Como se pode observar na imagem do circuito, a prova, que era para ser de 5 ou 10k, acabou sendo de quase 13 km. No meu caso, como o meu Garmin capturou o sinal do GPS quando já tinha corrido uns metrozinhos, acabou dando a distância total de 12,6 km. Mas a real foi 12,8k. Um erro terrível da organização.

Daí vem a questão do psicológico. Imagine você se preparar mentalmente para correr 5 km, ou 10 km. Daí você está lá, correndo sem parar e vendo o tempo de prova aumentar e nada do fim dela chegar. Quando chega, você percebe que foi muito maior do que o que você habitualmente faz e aí vem um certo desânimo.

Como tenho o meu companheiro Garmin, vi que a distância estava errada, mas nunca vi um erro tão grande. Depois da Maratona, quando corri quase 44k ao invés dos oficiais 42,195k por conta dos zigue zagues para fugir da multidão de corredores, esta foi a maior diferença que registrei na distância oficialmente divulgada, quase 3 km. É muita coisa e a tática de prova muda completamente. E quem fez 5k acabou fazendo 6,4k. Terrível.

A minha felicidade no final é que consegui chegar em terceiro lugar na minha faixa etária, fato sempre bem difícil de conseguir por que, entre os meus concorrentes, só estão 4 ou 5 corredores top's tanto da Equipe X como da Caixa. Para citar um exemplo, temos o professor Nirley, que fez 10k em 39min, Kennedy, também um "monstro" nas corridas e da Equipe X, Vilmar, corredor ícone da Caixa que já fez inúmeras maratonas, isto para citar alguns. E a faia etária, de 10 anos, pega atletas de 1960 a 1970, 10 anos. Por isso, meu orgulho de chegar entre os 3 primeiros. Detalhe: consegui por que Nirley resolveu fazer só os 5k (rss).

Minha prova foi de curtição. Como vi tantos feras correndo, relaxei com a história de chegar entre os primeiros e resolvi curtir o percurso, que raramente é utilizado me provas de Brasília. Saí bem atrás, tendo que passar por muitos corredores. A pista meio apertada não ajudava, mas segui em frente e já por volta dos 2 ou 3k só tinha a minha frente a galera top.

Não senti cansaço excessivo, apesar de já estarmos enfrentando um início de seca na cidade e do calor. Corri bem o tempo todo e, mesmo sendo 12,8k, pude ditar o meu ritmo, conseguindo não ser influenciado pelo psicológico, apesar de perceber que estava correndo uma distância maior que a que planejava.

No final, segui com o meu amigo Paulo e chegamos juntos, completando os mais de 10 k em  1h03, no meu caso. Ele também foi premiado em 1º lugar na sua faixa etária e ficou bastante feliz.

Um outro erro da organização foi não ter distribuído medalhas de participação para os atletas. Afinal, quem completou merece e eram só 200 corredores. Todos mereciam. E muito!

No mais, bastante água em todo o trajeto, boa sinalização e uma camiseta interessante.

Enfim, mesmo com o erro, foi uma boa corrida. Eu curti bastante.

E que venha a Volta do Lago!

Boas passadas.

sábado, 28 de maio de 2011

PSICOLOGIA NA CORRIDA

E aí, corredor?!

A gente por muitas vezes sabe que está bem condicionado, com um ótimo fortalecimento muscular e capacidade respiratória capazes de aguentar uma maratona, mas aí, na prova, lá pela quilômetro 5 ou mais, aparece um inimigo quase imbatível: o psicológico.

Já ouvi falar, na Maratona, na barreira dos 30 km. Para quem correr 21k, a barreira é o tempo e o que vem à cabeça é a pergunta: "Será que consigo correr por duas horas seguidas?". E nos 10k e conseguir simplesmente passar da distância anterior, de 5k. E para correr os 5k o desafio é saber que consegue, mesmo com todo o incentivo dos amigos e do treinador.

Sempre existe uma barreira psicológica que parece querer nos travar. E, mesmo com um bom treinamento, a gente muitas vezes tende a sucumbir a ela.

No início do ano, mesmo com mais de 4 anos nas ruas dando minhas passadas, me vi surpreendido por um obstáculo que insistia em me atormentar. Sempre que corria, por volta do quarto quilômetro me perguntava o que estava fazendo ali. Daí me sentia exausto, com pouco ar, sentindo as pernas pesarem. E o pior é que não sei como superei esta barreira.

Depois que a percebi, trabalhei para superá-la, mas não foi fácil. Até desmotivação para treinar e correr cheguei a sentir, mas enfrentei tudo aquilo com o desafio de deixar este obstáculo para trás.

E quando ia fazer uma prova, mesmo que de 5k, vinha à mente o auto questionamento do porquê estava fazendo aquilo. Fiquei preocupado por que nunca havia sentido isso desde que havia começado a correr.

Talvez esta seja o principal exercício que precisamos fazer em uma corrida, onde o psicológico fica latente em todo o trajeto. Em uma prova, ficamos lá sozinhos, "conversando" com o nosso corpo e em um longão, chego mesmo a ficar refletindo na vida, sabe. 

Até aí tudo bem. O problema é quando a mente vira um inimigo, querendo nos freiar em nossas passadas.

A gente pode ter todo o treinamento do mundo, estar preparadíssimo, pronto para qualquer desafio, mas se não tivermos um bom preparo psicológico, aí tudo fica mais complicado.

Formas de superar isso? Existem provavelmente várias. Eu, particularmente, não tenho fórmulas milagrosas para isso. Talvez, uma das maneiras que encontrei seja o uso de um MP3, que muitos especialistas não recomendam. Mas a música me ajuda muito na minha performance e principalmente na abstração da "guerra" psicológica em uma prova.

O mais importante é não deixar isso abater a gente. Continuar, teimosamente, lutando contra esta força mental e correr, por que, você pode ter uma certeza, pior é não correr.

Boas passadas.

terça-feira, 24 de maio de 2011

CONSELHOS DE UM SUPER HERÓI (RSS)

E aí, corredor?!

Quando era moleque, adorava desenhos animados e ainda hoje gosto de ver as animações criadas pelos grandes estúdios. 

E não é que uma série que passava antigamente na TV Globo trazia vários conselhos ao final de seus desenhos. Nada igual a estes desenhos japoneses, que pouca coisa de útil trazem para as crianças. Estou falando de He Man, um super herói que vivia em outro mundo e sempre enfrentando problemas com seu arqui-rival Esqueleto.

Bem, até aí nada de tão diferente dos japoneses, a não ser que os do He Man são muito mais bem feitos. Mas é que no final deles o autor trazia sempre um conselho para o telespectador. Com uma linguagem de fácil entendimento, o herói transmitia sua mensagens, sempre úteis e que fazem falta hoje nos desenhos.

Aí achei uma delas onde He Man está lá correndo com sua amiga e começa a dar o conselho sobre a importância da atividade física. Veja bem, este desenho passava no final dos anos 80 início dos 90 e vinha com esta mensagem. 

Voltemos à nossa infância e encaremos com seriedade o conselho de He Man. 


Boas passadas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

CORRIDA DE RUA CRESCE NO BRASIL

E aí, corredor?!

É fácil ver pelas cidades do Brasil o crescimento da Corrida de Rua. Cada vez mais praticantes são vistos correndo em parques, praias e ruas do país e as provas "pipocam" em todos os cantos. Só em 2010 foram realizadas aproximadamente 730 provas em todo o país e cerca de 831 mil pessoas cruzaram a linha de chegada.

Mas, se compararmos aos EUA, somos bebês ainda neste esporte, o que demonstra o potencial de crescimento que ainda temos. Na terra do Tio Sam foram realizadas 17 mil corridas de rua, com mais de 10 milhões de pessoas terminando a prova.

É claro que o esporte do EUA já está consolidado e a anos tem recorde de adeptos por lá. Mas é interessante olharmos os incríveis números apresentados pelo esporte lá.

Então, das 17 mil corridas de rua que aconteceram por lá em 2010, nada mais que 52% delas foram provas de 5 km. A Maratona, considerada a prova preferida por lá, teve 3% do total de provas realizadas, menos ate que a Meia Maratona, com 5%. Os 10k tiveram 12%.
(fonte: Running USA)

No Brasil, o 10k e indiscutivelmente a prova mais brasileira. Do total de 730 provas, 36% foram de 10k contra 32% de 5 km. A Maratona correspondeu a 2% do total e a Meia Maratona 4%. Na verdade, foram apenas 10 provas de 42 km realizadas em todo o ano de 2010. 
(Fonte: Revista O2)

As mulheres vem ganhando cada vez mais espaço nas provas, tanto nos EUA como no Brasil. Dos mais de 10 milhões de atletas que terminaram as provas por lá, mais da metade eram mulheres, ou seja, 5,4 milhões, contra 4,9 milhões de homens.
(fonte: Running USA)

No caso do Brasil a proporção feminina ainda é um pouco menor: do total de 831 mil concluentes, 230 mil eram mulheres (28%) e 602 mil eram homens (72%). 
(Fonte: Revista O2)

Mais da metade das 730 corridas de rua realizadas no Brasil em 2010 aconteceram no estado de SP. Foram 374 provas no total. O DF 4º lugar com 40 provas. Em 2º lugar temos o Paraná (73) e o Rio de Janeiro (68). Os estados de MG (38) e RS (21) aparecem apenas em 5º e 7º lugares respectivamente. O gaúchos ainda são superados pelos baianos, com 29 provas em 2010.
(Fonte: Revista O2)

A pesquisa mostra que o Brasil tem muito potencial ainda de crescimento. A adesão dos estados é cada vez maior e o interesse de atletas e organizadores cresce na mesma proporção. Afinal, estima-se que uma única corrida de rua no Brasil movimente de R$ 1,5 milhão a R$ 6 milhões, sendo que 40% deste valor permanece na cidade sede do evento. O gasto dos corredores com produtos esportivos gira em torno de R$ 3 bilhões por ano. 

E com certeza em 2011 os números tendem a ser diferentes. Para se ter uma idéia, em Brasília pelo menos 5 novas provas são trazidas a cada ano. Neste ano, tivemos a primeira etapa nacional do Circuito Lótus e ainda teremos, no final do ano, a Meia Maratona da Asics. A TracK & Field, além das duas etapas tradicionais realizadas no Park Shopping terá uma prova noturna no Iguatemi, onde também tem uma loja da marca, ainda em junho. E temos outras como a da Bancorbrás também em junho.

É correr e curtir.

Boas passadas.

Fonte: Revista O2 - Edição de MAI/2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

CIRCUITO LOTUS TEM SUA PRIMEIRA ETAPA EM BRASÍLIA

E aí, corredor?!

Neste domingo, duas interessantes corridas movimentam as ruas de Brasília. E as duas, por coincidência, tem largada em chegada em um shopping center da cidade.

A já tradicional corrida da Track & Field, a Run Series, acontece no Park Shopping. Com um circuito considerado um dos mais complicados de Brasília já que não existe praticamente terreno plano, só subidas, e fortes, e descidas, a prova tornou-se um grande desafio. 

A Run Series, além de Brasília, acontece em São Paulo, Porto Alegre, Campinas, Belo Horizonte, Goiânia, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e Florianópolis.

O problema é que é uma das mais caras de Brasília. Para correr, é preciso desembolsar R$ 80,00. E não existe nada de excepcional para que a gente pague um valor como este. Para se ter uma idéia, o Circuito Adidas cobra dos atletas R$ 60,00 até uma certa data e depois R$ 70,00. E se compararmos os kits oferecidos, o da Adidas pode até ser considerado melhor. Sem falar no circuito, repetitivo mas complicado também.

Enfim, a corrida da Track & Field acontece domingo e reúne 1.500 atletas que correram 5 km ou 10 km pelas ruas da cidade satélite do Guará, sempre nas imediações do Park Shopping.

A outra prova, e esta sim um destaque, é a primeira etapa do Circuito Lótus, que também pela primeira vez aporta em Brasília. A prova tem uma característica especial: é exclusiva para as mulheres. Homem não entra mesmo. Um prêmio a este público que vem crescendo rápido na modalidade.

A largada da prova acontece no Brasília Shopping, que fica na área central da cidade, e traz como atrativo, além da exclusividade de ser só para mulheres, o percurso, que nunca foi utilizado em outra prova, passando pela W3 Norte, Eixo Monumental, Autódromo e Estádio Mané Garrincha, entre outros pontos conhecidos. E, apesar de ser só para elas, não parece ser nada fácil.

O kit também merece destaque: feita especialmente para agradar este exigente público,  é  composto de uma linda camiseta, toalhinha e viseira, além, é claro, da medalha para quem completar o circuito. 


Outras três etapas fazem parte do circuito, que aconteceram nas cidades de Belo Horizonte/MG, São Paulo e Rio de Janeiro.

Boas passadas.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

NADA DE CORRER DA MUSCULAÇÃO

E aí, corredor?!

Um dos atrativos da corrida para mim é a possibilidade de praticar um esporte ao ar livre, sem ficar “preso” entre as quatro paredes de uma academia.Na verdade, nunca fui fã de academia. Acho a prática chata por conta da monotonia, não só dos exercícios como do visual. Diga-se de passagem, na academia meus exercícios sempre se restringiram à musculação. Não me arrisquei em outra atividade, daí meu julgamento estar restrito.

Mas, enfim, nunca fui adepto de academia. E correr foi uma ótima alternativa para mim, pois, de todos os esportes que experimentei, neste consegui manter a regularidade na prática, até pelas facilidades de se fazer isso, já tão mencionadas neste blog.

Mas, há mais de um ano, um tempo recorde para mim, tenho complementado a corrida com os exercícios de musculação. Isso mesmo, me rendi à academia. Na verdade, senti necessidade do fortalecimento muscular para evitar lesões, entre outras coisas. Daí que, com uma série programada pelo treinador e amigo Nirley, mesclada com a do preparador físico  da academia onde malho, estou conseguindo me manter neste mais de um ano fazendo musculação.

As melhoras na corrida foram sensíveis. Com a musculação consegui baixar tempos sim, mesmo não sendo este o meu principal objetivo em uma prova. E a recuperação depois de um longão ou de um treino mais intenso, principalmente por relatos de outros amigos corredores,  passou a ser bem mais rápida, uma tremenda vantagem. E, acima de tudo, o principal objetivo: evitar problemas físicos. Músculo bem trabalhado, de forma consciente, propicia maior resistência física e, assim, seguir na prática sem problemas.

De fato, conforme dizem os especialistas, como correr é um esporte que causa impacto ao corpo, afeta diretamente a musculatura do atleta e para minimizar este problema, o fortalecimento muscular é essencial, já que auxilia na proteção de músculos, articulações e ligamentos, além de dar mais força e resistência durante a prática esportiva, melhorando o desempenho.

Some-se a isso o ganho de massa muscular, importante, sobretudo para os atletas com mais de 40 anos, idade que o indivíduo perde um pouco mais de massa e a musculação passa a ser grande aliada.

No caso de corredores, trabalhar membros inferiores é obviamente muito importante, mas também é importante não esquecer dos membros superiores e tronco (abdominal e quadril). E nada de musculação com muita carga, principalmente nas pernas. Melhor séries com muitas repetições e pouca carga, para trabalhar exatamente a resistência anaeróbia do músculo.

Outra dica é intervalar os dias de musculação com os treinos de corrida. Não que fazer tudo no mesmo dia seja errado, mas não é o mais aconselhável pois depende muito da condição do corredor, segundo os especialistas. Caso seja impossível evitar, prestar atenção nas cargas, séries e repetições, verificando os exercícios mais adequados. O importante é não se exceder e respeitar os limites.

Enfim, largue o preconceito e vá malhar, corredor! Você vai sentir melhoras rápidas na sua corrida. E, por experiência própria, com objetivo fica mais fácil enfrentar a musculação. Acho que é por isso que estou já há mais de um ano nesta, sem parar, intervalando academia com a corrida.

Boa malhação e . . .

Boas passadas.

Fonte: Site O2 por Minuto (Treinamento - Não Fuja da Malhação)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

DESAFIO CORDF - ALTIPLANO LESTE

E aí, corredor?!

Mais um final de semana se passou e lá estava eu, desta vez com vários amigos, curtindo uma paisagem diferente e dando minhas passadas.

À convite do Cordf, o Clube de Corredores de Rua do Distrito Federal, corremos na região do Altiplano Leste, um bairro localizado próximo ao Lago Sul por onde passei em outros desafios, mas organizados pela Equipe X. 

O circuito definido foi basicamente de cross. Ou seja, corremos essencialmente em trilhas com diferentes dificuldades. Plano, empoeirado, com subidas, uma descida forte e incrivelmente irregular, correndo por um riacho, pisando dentro d'água mesmo. Ainda tínhamos também um pequeno trecho de asfalto.

A corrida começou às 9h15 mais ou menos. O dia de sol prometia. A cidade, Brasília, já apresenta neste mês de maio uma secura intensa, o que não facilita a corrida. E correr em trilha, na poeira, em um local onde existe um pequeno fluxo de carros é dificultado pelo pó que é levantando quando os carros passam por nós. Mas guerreiro é guerreiro e este era a menor das dificuldades.

O primeiro trecho era de terra, mas logo chegamos ao asfalto para logo depois novamente pegarmos a trilha. O piso da trilha estava bem irregular, o que exigia atenção e cuidados maiores. Mas tudo iniciou em terreno plano, o que, para início de corrida, era reconfortante.

Mas rapidamente começaram as descidas. No início, curtas e pouco intensas até que caímos na chamada "Subida da Bundinha", que ganhou este nome dos ciclistas que ali fazem trilha por que, de tão intensa, que pedala ali tem que ficar em pé na bike para conseguir vencer o desafio. No nosso caso, a subida era uma descida, já que fizemos o sentido inverso.

Além da intensidade, a "Subida da Bundinha" tinha outros dificultadores: apertada, só uma pessoa passava. Por ser uma descida, a erosão fez pequenos buracos, e atenção redobrada para nós corredores. Mas depois caímos no riacho, o melhor trecho. É um riacho extremamente raso, com água limpa que possibilita que a gente veja o fundo, que é mais feito de pequenas pedras. Foi fácil correr ali e, o mais difícil foi resistir a tentação de deitar naquela refrescante água. O local tem um ar puro, rodeado de árvores que refrescam o percurso.

Mas a felicidade acabou rápido, por que depois foi a ora de subir. E subimos, subimos e subimos mais e mais. Tínhamos momentos de pequenas descidas, mas logo vinha outra subida. Me lembrou o Morro do Sertão da Volta da Ilha, só que bem mais tranquilo. Mas a sequência de subidas foi bem parecida.

Subimos muito até chegar ao terreno mais tranquilo. Aí, pegamos a parte da trilha onde o trânsito de veículos realmente acontece. Aí veio a poeira secando a boca e entupido o nariz. Mas nada que abalasse nossas passadas. Seguimos em frente, voltando ao asfalto e chegando ao caminho de volta, entrando na chácara de onde saímos.

A trilha foi toda sinalizada com bandeiras azuis, o que facilitou demais seguir o caminho e não nos perdermos. Uma sinalização simples mas extremamente eficiente.

É ótimo poder correr em locais diferentes, onde a oportunidade de realizarmos nossa prática é mais difícil. Se no final de semana passado curti a trilha do Cristal d'Água no Parque Nacional de Brasília, a chamada Água Mineral, neste pude desfrutar de um ambiente mais preservado ainda, bem natural. E este contato é muito bom. Fora a dificuldade do terreno, com muitas subidas e piso que exige cuidado, treinando nossos sentidos e aguçando mais nossos reflexos.

Veja aí o desenho do circuito, catalogado pelo meu Garmin. Foram quase 13,5 km de distância. 


Ah! Este percurso já foi objeto de um Desafio X, em janeiro deste ano, que não pude correr por que estava com uma pequena dor na lombar. Acabei fazendo apenas o staff mas pude conhecer a dificuldade dele pelo relato da turma que correu.

Boas passadas. 

quinta-feira, 12 de maio de 2011

CORRER NA RUA OU NA ESTEIRA?

E aí, corredor?!

Correr na esteira tem algumas vantagens, apesar de, pelo menos para mim, ela nunca substituir o prazer de correr na rua. Para pessoas lesionadas, ela é ideal, já que o impacto é bem menor que na rua. Na esteira, o impacto causado pela corrida é de aproximadamente 70% do peso corporal e no asfalto este impacto chega a ser o dobro deste peso corporal.

A esteira também possibilita que corramos sempre no mesmo ritmo por mais tempo. Na rua, a variação e as interferências são bem maiores. É o tipo de terreno, a inclinação, a pessoa que está ao lado. Correr na rua, é claro, dá mais liberdade e desenvolve mais a nossa coordenação motora.

Como o ritmo na esteira é comandado, basicamente, pela máquina. O deslocamento é na vertical, sendo que o chão se movimenta e o praticante faz movimentos para cima, como se estivesse saltando. Isso, com o tempo, pode causar uma LER (lesão por esforço repetitivo). 

A máquina dita o ritmo, mas nós é que definimos o mesmo pelos controles existentes no aparelho. No painel podemos monitorar a velocidade, a inclinação, distância, tempo. Tem aparelhos que até simulam um percurso, como se estivéssemos na rua, correndo, por exemplo, na praia de Copacabana. Só que, ainda sim, estamos presos às quatro paredes da academia, sem a deslumbrante paisagem do cartão postal.

No asfalto trabalhamos mais a panturrilha e o quadril e, para os que querem perder peso, o gasto calórico é maior que na esteira. Isso por que o deslocamento é diferenciado e o trabalho que o corpo faz é outro. Corremos para frente, e não como que dando pulos (no caso da esteira).

Correr na esteira, convenhamos, é monótono. Pelo menos para nós que adoramos correr na rua. Estamos ali, entre quatro paredes, olhando um painel e um outro tanto de aparelhos. Não tem a paisagem, o sol ou a chuva no rosto, o vento e as experiências que o contato com o ar livre proporcionam.

A esteira, para nós corredores de rua, deve ser, apenas, uma opção de treinamento por que as vantagens da esteira e o tipo de trabalho que ela faz pode nos viciar deixando o indivíduo menos atento quando voltar para a rua. O costume de correr ao ar livre nos condiciona a sermos mais atentos com a nossa segurança e com as irregularidades do piso.

Eu sou apaixonado por correr na rua. A academia faz parte do meu treino como reforço à corrida de rua, para fortalecimento muscular. Apenas quando treinei para a maratona utilizei da esteira da academia. Como sou adepto do repouso, procuro alternar os treinos na rua com o trabalho de fortalecimento na academia, deixando sempre um dia para repouso total. Sendo que às vezes troco a academia também por uma natação. 

Na verdade, não sou muito fã de academia e hoje pratico por causa da corrida, como disse, como complemento. Sei que é necessário e por isso vou. E quando vou, trabalho todos os membros - superior, inferior e tronco - nos dias que vou, sempre com peso leve e mais repetições. Quanto à esteira, raramente uso, por que correr, para mim, é na rua.

Mas a opção de utilizar a esteira ou correr na rua de cada um, é gosto. Pelo menos na maioria dos casos. O mais importante mesmo é ter uma prática regular e saudável de exercícios.

Boas passadas.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

MORRO DO SERTÃO - GRANDE DESAFIO

E aí, corredor?!

Pois é, voltando a falar da Volta da Ilha. Mas o fato é que é uma corrida de revezamento tão intensa e que envolve tanto a gente que não dá para não ficar falando e falando. De qualquer forma, agora apenas coloco o percurso catalogado pelo GPS do Garmin que fiz, o incrível Morro do Sertão.


O trecho é complicado. A gente tem um ganho de elevação de 419m, algo impensável. É subir um morro mesmo, e depois encarar a complicada descida na chuva, com risco de escorregar e sem poder soltar muito por que é bem íngreme. Para se ter uma idéia, em Brasília o ganho de elevação nas corridas que faço gira em torno de 27m e no máximo 60m. 

Mas é por isso, por toda essa dificuldade, que vale o desafio.

Boas passadas.

sábado, 7 de maio de 2011

NO PARQUE NACIONAL - "ÁGUA MINERAL"

E aí, corredor?!

Depois do excelente desafio de correr o Morro do Sertão na Volta da Ilha de Florianópolis a vida volta ao normal e Brasília é a "minha praia", onde treino e e faço as minhas Corridas sem Compromisso.

Aliás, depois de um tempo bom, hoje voltei a fazer mais uma delas. Corri pelo Parque Nacional, chamado carinhosamente de Água Mineral pelos moradores de Brasília.

O Parque é uma reserva natural que tem 30 mil ha. foi inaugurado e, 29 de novembro de 1961. Tem como principal atração duas piscinas de água natural, formadas a partir de poços d'água surgidos às margens do Córrego Acampamento pela extração de areia feita antes da criação de Brasília. Além das piscinas, duas trilhas fazem parte do Parque: a da Capivara e a do Cristal d'Água.

Minha corrida passou por esta última, a trilha Cristal d'Água. Apenas a trilha tem pouco mais de 5k de extensão. O percurso total que corri teve distância total de 8,8k. 

Comecei a correr a partir da entrada da chamada Piscina Velha de Água Mineral. Entrei pela área da piscina, onde tinham alguns banhistas, e peguei a grande subida do percurso, passando pelo Centro de Visitantes e indo até quase o início da trilha do Crista d'Água. A trilha é feita de terrenos planos e algumas subidas boas. Tem boa sinalização, com placas indicativas e a pista de terra é a mesma por onde passos os carros da administração do local.

Feita a trilha, voltamos para o Centro de Visitantes e, em uma pequena descida, seguimos em uma estrada calçada e plana em direção até a Administração do Parque. Quando chegamos lá peguei o asfalto, e fiquei nele até o final, onde voltava para a entrada da Piscina Velha.

Depois, caí na piscina, que estava com a temperatura agradável e relaxei. Isso valeu tanto quanto a corrida.

Bom, corri gripado, o que não facilitou  minha corrida. Foi difícil buscar o ar, que já é difícil aqui em Brasília por conta da altitude, ainda mais com o nariz congestionado. Por isso, fiz um ritmo compassado e moderado. 

Duas dicas sobre o local: aos domingos, o parque fica lotado de banhistas. Daí, correr só pelas trilhas e no asfalto. E, outra coisa: corri sozinho, mas não aconselho. A trilha do Crista d'Água é bem isolada e quase não tem ninguém. Já teve épocas que a administração preferiu fechar por conta de assaltos. Encontrei hoje só uma amigo corredor. Aliás, no percurso inteiro só dois colegas corredores, sendo que o outro já foi no asfalto. Por isso, não recomendo, principalmente para as mulheres.

No mais, juntar e turma e curtir este local excelente para correr. Vale à pena correr na natureza, em um local preservado, e depois relaxar nas piscinas do Parque.

Veja aí o desenho do circuito, feito pelo Garmin.


Boas passadas.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

DIA DAS MÃES

E aí, corredor?!

Pensei em dizer tantas coisas às mães. Procurei idéias em livros, na internet para ver se aparecia alguma inspiração. Acabou que vi tanta coisa bonita que fiquei sem novidades para dizer.


Então, pensei que o melhor mesmo é agradecer. À minha mãe, e assim a todas as mães,  tanta dedicação, tanto empenho, tanto amor para me transformar em um homem. E ainda hoje, mesmo sendo eu adulto, ela continua se preocupando, se dedicando, sentido saudade, querendo a gente do lado.


E não é que encontrei um comercial que diz, de maneira irônica, muito do que é ser mãe?!

Parabéns mamães ! ! ! 


Boas passadas.

terça-feira, 3 de maio de 2011

VOLTA DA ILHA - A EQUIPE - PARTE 2

Parte da Equipe da Volta da Ilha. Da esquerda para a direita,
Em pé: Adaura, Nati, Aline, Diva, Gislene, Paula, Orion e Jailto
Agachados: Caique e Maria. Faltaram: Claudio e Lena
E aí, corredor?!

Na Volta da Ilha, participei de uma Equipe campeã, 12 guerreiros que se superaram em cada metro de chão vencido. A cada trecho, não era apenas um correndo, mas os 12 juntos em cada passada tal o comprometimento da equipe, tentando da nosso melhor para conseguirmos atingir nossa meta: passarmos por todos os postos antes do fechamento, o que já era considerado complicado até pelo nosso treinador, compreensível já que tinha muita gente estreiando na prova, como eu mesmo.

A Equipe recebeu o número 102 e era formada pelos amigos: Adaura, Aline, Claúdio, Gislene, Jailto, Lena, Maria, Natividade, Nilson, Orion e Paula, além de mim (Caique) e da Patrícia, que correu como reserva e pace da Lena. Fomos divididos em 3 carros, que carregavam os atletas entre os postos de troca e dava apoio aos que corriam.

Começamos a correr às 06h45 da manhã. Maria foi a primeira a superar o trecho de 7,1k de asfalto Na avenida Beira Mar.  Conseguimos fazer muito bem até o trecho 14, sempre fazendo a troca de atleta antes do tempo previsto na planilha do professor e muito antes do prazo para fechamento do posto. 

Porém, no trecho 14, quando Jailto já havia corrido dois outros complicados - na verdade, não existe trecho fácil demais na Volta da Ilha - ele sentiu o joelho, em um percurso dificílimo de muita subida e descidas íngremes,  entre o Rio Vermelho e a Praia e Joaquina.

Jailto, mesmo machucado, chegou para troca, mancando, numa imagem emocionante para toda a equipe. Passou o chip para o Orion e ficou lá, sentindo a dor e mancando. Foi um momento de tensão, por que tínhamos perdido a "gordurinha" que conquistamos, mas nada que desanimasse a equipe, que, assim como Jailto naquele momento e os outros que já haviam corrido, se superou mais ainda.

Conseguimos chegar nos postos com boa vantagem de tempo, de 5 ou até 10min. Depois de já ter enfrentado sol, praias de areia fofa, subidas terríveis, trânsito, calor. Mas sabíamos que ainda tinha muita coisa complicada. Superar o Morro do Sertão, trecho considerado o mais difícil da prova, com o prazo apertado de fechamento dos postos de troca era um complicador. E depois dele, quem corresse iria ter que encarar o escuro da noite e boa parte em estradas apertadas, dividindo espaço com motoristas afoitos por conta do trânsito de saída de praia.

O Morro do Sertão, trecho que fiz, é considerado o mais difícil e o grande desafio por que os atletas têm que correr 15 km em um trilha com intensas subidas e descidas fortes. Segundo Michel, motorista que nos acompanhava, tem carro com tração que tem dificuldade nas subidas do Morro, principalmente quando está chovendo. Ele olhava incrédulo para mim, achando aquilo uma loucura. E no posto, tinha gente até chorando por que temia encarar o percurso à noite.

Quando Cláudio me passou o chip de troca, o dia estava escurecendo. Eram quase 17h. Peguei e saí correndo. Meu principal receio era de me perder e queria fazer o Morro ainda com o dia claro. Então, imprimi um ritmo de 4:20/km no começo, tentando não distanciar de outros atletas para evitar me perder.

E o Morro foi tudo aquilo que me diziam os meus amigos que já o haviam encarado e o que Michel mencionou: terrível! Comecei correndo na areia da praia, depois passei para uma estrada com calçamento e aí peguei a trilha de terra. Nela é que ele se mostrou temido. Subidas atrás de subidas, uma maior que a outra. E ainda por cima, chuva e cascalho, que dificultava nas passadas. Tinham pontos que alguns atletas quase andavam, de quatro até, tudo para conseguir superar a subida. 

Eu nas primeiras subidas corri, mas nas mais íngremes, como todos ao meu lado, resolvi, ao invés de dar um trotinho, andar em passadas largas, O pace passou para 5:20, 5:40/km. Não foi fácil mesmo assim. E o engraçado era que vinha uma subidona e logo depois uma grande descida, que dava a impressão que o suplício tinha acabado, mas não. Logo depois, mais uma subida maior ainda que a anterior. Extenuante e impensável. Só correndo para sentir a dificuldade.

Mesmo assim, consegui superar o Morro antes de escurecer. Peguei a noite em calçamento e asfalto. Mas aí a preocupação passou a ser outra: os carros. Não tinha acostamento e muitos passavam colados e correndo perto da gente. Era impossível se concentrar na pista. E no asfalto mais subidas. Foram os 15k mais difíceis que já fiz na minha vida, sem sombra de dúvida. Tão complicados quanto a Maratona.

Quando cheguei o posto, Adaura já estava tensa. Ainda tínhamos tempo, pois cheguei, assim como os outros, com um prazo de cerca de 5 minutos para o fechamento do posto, acima do previsto pelo treinador, com 1h29 cravados e extenuado.

Adaura rasgou no trânsito complicado da noite de Floripa. A sua maior preocupação acabou sendo mesmo os carros. Corríamos com uma camisa preta, o que não dava visibilidade à noite e preocupou. Mas ele fez bem o seu papel e manteve nossa sobra. Sobra esta que ficou até o último posto, em que resolvi, faltando 4k dos 7,3 km totais, me juntar a ele para dar uma força. Chegamos muito bem, com o posto aberto, às 19h53, com pouco mais de 13 horas de corrida, numa vibração contagiante. 12 guerreiros que fizeram a festa na Volta da Ilha.

Boas passadas.