quarta-feira, 30 de março de 2011

RESPIRAÇÃO ! MECANISMO ESSENCIAL NAS CORRIDAS

E aí, corredor?!

Respirar é algo inerente ao ser humano e essencial para nossas vidas. A reposição do oxigênio é vital para o funcionamento da perfeita máquina que é o nosso corpo. E não seria diferente durante a nossa prática esportiva, onde essa necessidade é ainda maior.

Pois bem, descobri que, pelo menos para mim, não é só para dar energia e vida ao meu corpo e movimentos que preciso respirar direitinho na hora de correr. Respirar é para mim também a maneira certa para fugir da "quebra" psicológica em uma prova.

Pois é. Tenho travado uma batalha épica este ano para voltar a "embalar" nos treinos e nas corridas. Desde os treinamentos para a Maratona, em julho de 2010, que meu ritmo diminuiu, minha cadência de passadas passou a ser maior e minha luta contra o psicológico uma "guerra". Mas esta "guerra" ficou mais intensificada no início deste ano.

De todas as provas e treinos que fiz, em nenhuma em consegui atingir aquela "velocidade de cruzeiro", quando corpo e mente se unem e transformam em um só, fazendo com que os movimentos fiquem mais tranquilos e o esforço quase não seja sentido. Não consegui isso nem na Corrida de Reis, nem das Corridas Sem Compromisso no Eixão, muito menos na Corrida do Circuito do Sol. 

E já estava chateado por que não via solução para o caso. Era correr e daí a 3, 4 km estar sentido a pressão e tendo vontade de desistir. Não conseguia me desvencilhar e acaba diminuindo meu ritmo e, assim, cansando mais ainda.

Até que no último domingo, na prova da Etapa de Outono do Circuito das Estações Adidas, já na subida dos 10 km, indo para o local da chegada, quando senti minha mente querendo me "quebrar" e comecei a prestar atenção e me concentrar na minha respiração.

Isso mesmo. Minha cadência de passadas passou a ser regida pelo meu respirar. Como num compasso de música, fui seguindo o "toque" da minha respiração e entrei num ritmo tranquilo, atingindo finalmente minha "velocidade de cruzeiro", meu momento "nirvana" da corrida, o transe total onde nada mais acontece além do toque dos pés no chão, do entra e sai de ar dos pulmões e do movimento dos braços.

Não fiz o meu melhor tempo dos 10 km, conseguido ano passado, na Capital Run Night, quando completei a distância em 45 min - e essa marca foi atingida na primeira prova após a Maratona - mas fiz a minha melhor corrida do ano.

Usei a técnica ontem, no treino da Equipe X. No momento de maior sofrimento da corrida, procurei me concentrar na respiração, e mais uma vez deu certo.

O engraçado é que isso era uma coisa que eu fazia antes da Maratona. Mas depois da prova, mais precisamente depois dos treinos, eu instintivamente parei de me concentrar assim, e o que importava era chegar ao final, sempre com um pouco de sofrimento.

A Maratona é uma prova maravilhosa. A realização de conseguir completar os mais de 42 km é única. Mas treinar e se condicionar para a prova é complicado. Tudo que a gente faz acaba nos acompanhando depois, e nosso ritmo diminui, assumindo como único a cadência de passadas assumidas para a grande distância.

Mas, é claro, isso foi difícil para mim. Outros corredores não sentem este problema e conseguem só melhorar. Meu caso, no entanto, foi bem diferente.

Por isso, aconselho a todos vocês, corredores: ouçam e concentrem-se na sua respiração. Além do combustível para as passadas, concentrar-se neste ato vital ajuda muito a performance na corrida.

Boas passadas.

terça-feira, 29 de março de 2011

10 KM. A DISTÂNCIA MAIS BRASILEIRA DAS CORRIDAS DE RUA

E aí, corredor?!

A distância de 10k é a mais brasileira das provas de corrida de rua. Negligenciada em outras partes do mundo, onde o que prevalece é a Maratona e a meia maratona, e até mesmo provas de 6k ou 7k, a distância de 10k praticamente não aparece nos calendários internacionais.

E no Brasil ela é a coqueluche. Na verdade, acredito que isso se deve mais por que somos “crianças” na organização de provas de rua. O boom começou há cerca de 10 anos, quando os adeptos foram crescendo e aumentando, tornando o esporte, hoje, o segundo mais praticado no país.

E as provas de 10k, tenho certeza, ajudaram muito neste crescimento do esporte. Para os amadores e principalmente iniciantes, uma etapa a ser vencida antes de se encarar uma distância maior, como os 21k ou mesmo 42k. E nem tão curta assim que não possamos dosar um pouco as passadas como em uma prova de 5k, onde sempre empregamos tudo para terminar nossa prova.

E nós adotamos os 10k. Elas povoam as cidades brasileiras todos os domingos. É a distância preferida por todos nós. Correr 5 km já é um desafio para quem começa, mas a meta é sempre aumentar e conseguir fazer uma prova de 10 km. Depois desta barreira, parece que o tudo fica mais fácil, possível de acontecer para nós. E já vamos pensando em uma prova de 21k, ou na maratona, sem nunca abandonarmos os 10k.

Somente agora temos praticantes suficientes para que os organizadores pensem em fazer uma meia ou maratona. Quando comecei a correr, em 2006, não existia nenhuma prova de mais de 10k em Brasília, onde moro. Este ano temos confirmadas 3 meias maratonas. Maratona só uma. Enquanto isso, os 10k acontecem a cada final de semana, e muitas vezes mais de uma no mesmo dia.

E o número de participantes aumenta a cada ano. Neste último final de semana por exemplo, na prova do Circuito das Estações Adidas, etapa de outono, realizada em Brasília, me surpreendi com a quantidade de pessoas que correram os 10k. Normalmente, na virada dos 5k ficavam a maioria dos atletas. Nesta corrida, tinham muitos corredores encarando a difícil subida de 10 quilômetros. Mesmo com o grande calor do dia.

Não é à toa que os grandes fabricantes esportivos tem buscado cada vez mais associar sua marca a provas de 10k, onde estão a maioria dos corredores de rua do país. Adidas, Fila, Mizuno, Nike, Asics já têm suas próprias provas. 

Corridas de 10k. A grande paixão dos corredores brasileiros.

Boas passadas.

domingo, 27 de março de 2011

CIRCUITO ADIDAS LOTA DE CORREDORES A ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS EM BRASÍLIA

E aí, corredor?!

Acredito que cerca de 5 mil corredores estiveram presentes hoje na abertura do Circuito das Estações Adidas em Brasília, na Esplanada dos Ministérios. Era um mar de gente correndo, a grande maioria com a camisa da prova, o que tornava a imagem impressionante. A festa ficou bonita.

O sol apareceu para nos acompanhar e encheu de calor o dia, o que tornou a prova mais complicada. Pude ouvir muita gente reclamando durante a corrida e sentindo o desgaste do sol forte. Algumas pessoas não conseguiram correr o tempo todo e passei por muitos caminhando.

A organização foi muito boa. Um lindo espaço foi armado, bastante água servida e o tradicional kit da adidas, com a bela camisa e a toalhinha no final. Alguns amigos acharam que a camisa perdeu a qualidade das edições anteriores, criticando o tecido, que parece realmente mais grosso que o das camisas anteriores. Mas a camisa ficou bonita.

Cheguei meio em cima da hora e acabei largando lá do final. Passei do ponto da largada com mais de 2 minutos de prova já acontecendo e muita gente na frente, que estava um pouco mais lenta e isso dificulta, como vocês sabem, nosso desenvolvimento na corrida. A gente acaba zigue zagueando pela pista e cansando um pouco mais por que também reduz e acelera diversas vezes durante nossas passadas.

Percebendo que ia ser difícil fazer uma prova mais rápida relaxei. Resolvi tirar algumas fotos e parei em dois pontos para isso. A imagem estava muito bonita e merecia registro. Afinal, passamos por vários cartões postais de Brasília: Congresso Nacional, Palácio do Itamarati, Praça dos 3 Poderes, Palácio do Planalto, Palácio da Justiça, Catedral, Museu Nacional. E ver tanta gente correndo é bem interessante. Pena que as fotos não ficaram boas.

Me inscrevi para 5k mas, durante a prova, resolvi correr os 10k e foi uma excelente idéia. Apesar da dificuldade já conhecida do percurso e do calor, correndo a distância pude travar o meu duelo mais que pessoal e complicado este ano com o meu psicológico, e descobri que o que me falta é concentrar. Concentrar na música e principalmente na minha respiração. Quando fiz isso na subida do Palácio do Planalto, consegui desenvolver legal e, acredito, venci a minha mente (rss). 

Tomei vários banhos de água. Me encharquei com os copos, pegando sempre 2 ou três a cada posto. Jogava mais no corpo para refrescar do que tomava. E fiquei realmente molhado. O calor estava intenso e não poderia fazer outra coisa. Isso também ajudou durante a prova.

Terminei com 53min30. Não foi o meu melhor tempo mas gostei por que este ano ainda não consegui "embalar' nos treinamentos e tenho, como vocês sabem, travado uma batalha particular contra o meu psicológico, que tem tentando me "quebrar" em todas as provas e treinos. E ainda saí muito atrás e parei para tirar fotos. Podia ser melhor, é claro, mas foi uma corrida em que me senti bem o tempo todo. O que pegou foi apenas o calor.

Gostei. Acho que hoje posso finalmente dizer que voltei à corrida em 2011 e venci minha batalha com o psicológico, aquela sensação de desânimo, de falta de "pegada" que ajuda a prosseguir nos treinamentos e no esporte.

Boas passadas.

sexta-feira, 25 de março de 2011

PARA CORRER BEM É NECESSÁRIO TER CERTOS CUIDADOS

E aí, corredor!?

Já fiz uma publicação muito interessante de uma matéria do telejornal Bom Dia Brasil sobre o nosso esporte preferido, a corrida de rua, onde especialistas relatam os seus benefícios e alguns cuidados que devemos ter na hora de correr.


Outro dia, navegando pela internet, encontrei uma interessante matéria no site do IG, seção Bem-Estar que trata mais detalhadamente sobre o certo e o errado na hora das nossas passadas. Achei interessante por ser mais completo, por que, além de postura, a matéria dá dicas sobre roupas e acessórios, com fotos ilustrativas.


Vale a Pena conferir. Eu achei muito bom e vou seguir as regras citadas.

Clique aqui para conferir.

E este final de semana tem Circuito das Estações Adidas, Etapa de Outono, em Brasília. Estarei lá.

Boas passadas.

CORRIDA SEM COMPROMISSO - ENTRANDO PELO BURACO DO TATU

E aí, corredor?!

Acordei neste domingo, dia 20 de março, querendo correr. Fazia tempo que não dava minhas passadas livres, sem compromisso, sem a pressão que uma prova oficial, mesmo inconscientemente provoca. E escolhi o palco atual das minhas corridas sem compromisso, o Eixo Rodoviário, a larga avenida que corta os dois principais bairros de Brasília, a Asa Sul e a Asa Norte.

Fui naquela de tentar, se desse, concretizar o meu principal desafio pessoal do ano, que intitulei de Travessia do Eixão. Meu objetivo, desde o ano passado, e conseguir cruzar o eixo rodoviário inteiro (apelidado de eixão pela população), indo e voltando. Nada muito difícil, mas também não é tão simples por que a avenida é longa, com uma paisagem monótona de árvores e prédios iguais e cheios de subidas constantes, além de existir certo desnivelamento que não ajuda em nada fazer uma corrida longa. Só que sei que é superável. Muitos já devem ter feito isso. Mas para mim ainda é um mistério.

E ainda não foi dessa vez que concretizei isso. Sabia que seria mais complicado. Tenho enfrentado nos últimos meses uma batalha contra o meu psicológico que não tem me ajudado nem em treinos. Aquele pensamento que aflige a gente na hora da corrida quando nos perguntamos “o que estou fazendo aqui?!” tem martelado minha cabeça e eu acabo deixando de correr tudo o que eu queria. Domingo foi assim. Comecei lento, me preparando para correr o eixão todo, mas quando chegou ao início do eixo sul, voltei, vencido pelo psicológico.

Comecei no eixo norte, na altura das quadras 14. Levei meu cinturão com três garrafinhas com água e uma com maltodextrina, além de duas bisnaguinhas de carboidrato. Meu MP3 estava ligadão. Ou seja, me prepararei para o que desse e viesse, mas não estou bem condicionado. Tenho vacilado nos treinos desde o carnaval e faltado ou feito mais relaxado. Fiz apenas duas corridas oficiais até agora e os finais de semana tem sido de preguiça. Pouco corri e por isso sinto que ainda não “engrenei” na corrida ainda este ano. Fora isso, tem o já falado fator psicológico.

Corri bem até atravessar o chamado Buraco do Tatu, pequeno viaduto que divide os dois eixos e passa pela rodoviária local. Depois, comecei a sentir o cansaço e ficar pensando no que ainda faltava correr. Ali já havia corrido 7 km bem lentamente, só que a panturrilha esquerda, a mesma que me afetou na maratona, começou a doer de leve, e eu fiquei preocupado. Aí, na altura das quadras 04 sul, voltei. Daí o meu objetivo passou a ser apenas fazer 10k ou, pelo menos, atravessar novamente o Buraco do Tatu correndo, já na volta para o eixo norte. Acabei conseguindo mais que isso.

Pois é. Atravessei o viaduto e fui em frente. No meio dele, os 10k já estavam superados mas continuei correndo, lentamente, com média de 5min40 o quilômetro (altíssima para os meus padrões). Aí, depois de da subida final até a volta ao eixo norte comecei, surpreendentemente a acelerar e fui baixando um pouquinho a média dos min/km. Daí, pensei, vou tentar fazer 15k já que a distância deve ser completada praticamente no local de onde saí. E assim fui.

Corri 15k e depois de um tempo senti o prazer da corrida, a endorfina circular pelo corpo. Aí foi só alegria, nada de cansaço, dor na panturrilha, nada de nada. Cerca de 1k antes completei a distância, desliguei o cronômetro e comecei com um trotinho leve, de cerca de 1k, até o local de onde larguei. E foi uma chegada ótima.

Alonguei, suando demais. Usei as duas bisnagas de carboidrato, tomei toda a água e a malto. E me senti realizado, como quando termino uma grande prova. Só que tenho que superar a parte do sacrifício. Meu grande inimigo sou eu mesmo, meu psicológico. Ele não me quebrou, mas já me impediu de fazer mais, com oeste final de semana.

E foi bom. Correr foi ótimo. E vou tentar, a cada domingo que puder, aumentar mais e mais esta distância para no final conseguir fazer a Travessia do Eixão.


Veja aí o percurso que fiz registrado no meu Garmin:



Vamos juntos nessa? Começo a correr na altura da quadra 14 norte. Lá tem um posto de gasolina, no eixinho das 200, que deixa a gente estacionar lá o carro. Dali, saio em direção ao eixo sul. Cada eixo tem, oficialmente, cerca de 6k. O Buraco do Tatu tem cerca de 1k. Total na ida de cerca 13k e mais 13k na volta. Total geral de 26k mais ou menos. Mas aí a gente faz o que puder. Quem topa?

No próximo domingo tem a prova das Estações Adidas, mas no outro, nada previsto. Estarei lá, tentando me superar. Se quiser vir comigo, está convidado?

Boas passadas.

sábado, 19 de março de 2011

AMERICANO QUER SER O HOMEM MAIS PESADO A COMPLETAR UMA MARATONA

Olha o tamanho da "criança"
E aí, corredor?!

Um lutador de Sumô norte-americano que ser o homem mais pesado do mundo a conseguir completar os mais de 42 km de uma maratona.

Kelly Gneiting, 40 anos, trabalha em um hospital no Arizona/EUA e é lutador de sumô profissional e já ganhou vários campeonatos em seu país mas, admite, correr é um pouco mais difícil. 

Com 1,83m e uma cintura de 1,52m, ele sabe que superar esta longa distância, que já é complicada para uma pessoa com um físico, digamos, mais "na linha", será uma grande vitória para ele. Mas ele garante que conseguirá: "- Tenho a auto-estima elevada e acho que posso conseguir qualquer coisa.".

Gneiting ainda comentou ao site do jornal Daily Telegraph: "- Sinto que tenho talento para coisa.".

A corrida acontece neste domingo, em Los Angeles e, se ele conseguir completar a prova, o recorde estará garantindo pois nenhum homem com o seu tamanho e peso sequer tentou esta façanha. Os riscos são grandes. 

Será que ele consegue? O que você acha?

Boas passadas.

quinta-feira, 17 de março de 2011

DICAS PARA SECAR O SEU TÊNIS

E aí, corredor?!

Verão acabando e as águas de março caindo torrencialmente em todo o Brasil. Claro que não é isso que nos impede de dar nossas gostosas passadas. Mas fica sempre aquele problema do tênis molhado e a gente tem dificuldades em saber como fazer para que isso não estrague nosso querido pisante.


Fui atrás de informações sobre a melhor forma de secar o tênis depois de uma corrida na chuva, e, surpreso, achei muitas matérias, a maioria trazendo basicamente as mesmas dicas. Vamos a elas.

As principais dicas são:

  • tenha sempre mais de um par de tênis para poder revezar. Isso é bom para o tênis secar e para durar mais;
  • ao lavar, tire a palmilha dentro do tênis e para ajudar na secagem, retire o excesso de água, o que pode ser feito colocando-as dentro de uma folha de jornal trocando depois de algumas horas. Se não tiver jornal pode ser uma folha de papel toalha ou mesmo papel higiênico;
  • não deixe a palmilha e o tênis perto de aquecedores ou atrás da geladeira;
  • se em 48 horas eles não secarem, providencie um desumidificador;
  • sabão em pó, desinfetantes e amaciantes podem ser prejudiciais, pois podem ressecar a parte de couro do tênis e diminuir muito a sua qualidade e durabilidade;
  • para lavar use sabão neutro, escova com cerdas macias e pano umedecido com água;
  • quando colocar para secar, deve ser à sombra e com a parte de baio virada para cima;
  • não lavar na máquina de lavar nem secar em secadoras ou pendurando no varal;
  • os cadarços também devem ser lavados e secados separadamente;
  • coloque-os em local bem ventilado e, para evitar o odor da transpiração, use sempre talcos antisépticos.
E você, tem alguma dica interessante?

Boas passadas.

sábado, 12 de março de 2011

E AÍ, CORREDORA?!

E aí, corredora?!

Isso mesmo: corredora.

Afinal, foi no dia 8 de março o chamado Dia Internacional da Mulher. Como se vocês se contentassem apenas com um dia. Ai de nós, homens, se não homenagearmos vocês mais de uma vez no ano. Feliz daquele que consegue fazer isso todos os 365 dias do ano.

Neste nosso mundo de corrida, vocês são as guerreiras. Heroínas, que precisam driblar mais do que uma lesão para continuar correndo. Tem a temida TPM, aquela semaninha chata, tem uma gravidez, cujos cuidados tem que ser maiores. Alguns obstáculos que podem dar aquela "gelada" na vontade de correr.

Mas o que eu tenho visto nas pistas por onde já corri é bem diferente. Longe de se abaterem, vocês continuam lá, dando suas determinadas passadas e sabendo curtir, muito mais que nós homens, cada passo dado em uma prova. Sempre quando pergunto a uma de vocês como foi a prova, sou brindado com um monte de detalhes que para mim passaram desapercebidos.

E a cada corrida vejo mais de mais corredoras abrilhantando e embelezando as provas de rua. Tanto assim que vocês tem várias corridas específicas para vocês, onde "menino não entra". E são provas cheias de carinhos, já que vocês, detalhistas e exigentes como são, não se contentam só com uma medalha.

É muito bom poder dividir o asfalto, a terra, qualquer espaço para correr com vocês. 

Mesmo que atrasado, um feliz dia, ou melhor, ótimos dias das mulheres e . . .

. . . boas passadas. 


OBS.: Veja mais sobre as Mulheres Nas Corridas no Blog. Clique aqui.

sexta-feira, 11 de março de 2011

E EU, PARADÃO . . . POR ENQUANTO

E aí, corredor?!

Pois é, Momo me contagiou e deixou em mim uma preguiça sem tamanho. Não corro desde terça-feira, dia 01 de março, quando fui ao treino com a Equipe X. Depois, falhei na quinta e aí veio o carnaval. Até pensei em fazer a já lendária "Travessia do Eixão", corrida sem compromisso que ainda vou fazer este ano. Mas fui vencido pelos apelos do carnaval, mesmo passando os 4 dias em Brasília, que não tem nenhuma tradição carnavalesca.

Mas isso é momentâneo. Os planos já estão traçados e as metas serão cumpridas. E os treinos já voltam semana que vem. Saudade dos amigos e principalmente de dar minhas passadas. O corpo já está pedindo e o tênis, paradão ali no armário, parece me olhar quando abro a porta, chorando para ser usado.

Não tenho medo de que essa parada me faça desmotivar, querer parar de correr. Não. Como mencionei em outros posts, tenho na corrida uma necessidade. É minha segunda religião, e não largo mais a prática por nada.

Então, novas provas virão. E novas histórias também. A paradinha é até necessária para mais um repouso não forçado afim de não estressar minha musculatura (grande desculpa - rs rs rs).

Vou correr sim! As ruas me chamam, o MP3 grita, o tênis me olha e o vento me leva. Cada avenida que passo aqui na minha cidade, onde já corri, me lembram as provas ou corridas sem compromisso que fiz ali. E logo estarei aumentando este meu currículo de corredor. Já fiz 105 corridas, entre oficiais e não oficiais - Desafios Equipe X e Corridas Sem Compromisso. Mas ainda tenho muita quilometragem para "queimar".

Vamos nessa?!

Boas passadas.

quarta-feira, 9 de março de 2011

FEVEREIRO SE FOI . . . AGORA É CORRER PARA AS METAS DE 2011

E aí, corredor?!

Deixamos fevereiro para trás. Aliás,  já estamos quase na metade do mês de março, que vai passar mais rápido graças ao carnaval e aí vai o ano e o tempo nos "passando a perna" e correndo mais que a gente.

Depois de um mês de janeiro em que acrescentei mais duas provas ao meu pequeno currículo de corredor, a Corrida de Reis e o Circuito do Sol, passei fevereiro praticamente sem correr não fosse o Desafio da Fazenda Taboquinha criado pelo amigo Nirley.

Mas agora tudo começa. As metas este ano já se avizinham. A primeira é a possibilidade de conquistar mais uma mandala do Circuito das Estações Adidas. Possibilidade, por que não sei se vou querer correr todas as 4 provas que compõem o circuito. Na verdade, estou meio sem "pique" este ano para correr provas que já fiz ou em circuitos já bem conhecidos.

Minha primeira grande meta real é a Volta da Ilha, em Florianópolis/SC. São 150 km de pura adrenalina. Prova complicada com percursos difíceis. Acontece em Abril, dia 30. É uma prova de revezamento e estarei lá em uma das Equipes X que se farão presentes.

Depois, a grande prova é a Volta do Lago Caixa. Talvez a grande motivação desta prova, que já fiz 3 anos seguidos, seja a de participar em uma equipe diferente. Mas cai também na afirmação anterior, de eu estar meio que sem vontade de fazer provas que já fiz em anos anteriores. Veremos.

Daí vem a Meia Maratona Caixa Cidade do Rio de Janeiro, de julho, que faz parte da Maratona Internacional Caixa Cidade do Rio de Janeiro. Fiz a Maratona ano passado, mas este ano quero correr a Meia para ver como é fazer os pouco mais de 21k neste circuito um pouco diferente da Meia Internacional de agosto/setembro. 

Aí, a meta é fazer a também Meia Maratona, só que de Buenos Aires que acontece, creio eu, em setembro na bela capital argentina. Só me falam bem desta prova. Circuito plano, temperatura amena. Vale à pena.

Este ano ainda temos uma meia maratona nova em Brasília, da Asics, em novembro e pretendo participar pela primeira vez da São Silvestre, no final do ano em São Paulo. Isso por que parece que alguns colegas vão e vamos juntos curtir a passagem do ano novo lá. espero que dê certo.

Bem, outras provas existem como a Meia Internacional da Caixa em Brasília, as 10 Milhas da Mizuno, Eco Run e outras mais que enchem o imaginário dos corredores e que, se tudo der certo, farei nem que seja "pipocando".

E você? Planeja participar de quais provas neste 2011?

Boas passadas. 

terça-feira, 8 de março de 2011

NO CAOS, A ALEGRIA

E aí, corredor?!

No meio do caos, um lampejo de esperança e alegria no ainda devastado Haiti, país que sofreu, há mais de um ano atrás, em 12 de janeiro de 2010, um forte terremoto que arrasou a capital e outras cidades do país, deixando, além de milhares de mortos, uma nação pobre ainda mais miserável.

Em matéria do programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, o jornalista Regis Rosing, entre tantas matérias que já havia feito, mostrou o voluntarismo dos brasileiros que lá estão para manter a paz e dar um pouco de alegria ao sofrido povo haitiano. Os militares brasileiros já realizaram partidas de futebol com jogadores brasileiros e, na matéria de ontem, uma corrida de rua de 5 km.

Nada de mais de pensarmos em termos de Brasil. Mas um evento de grande magnitude para um país devastado e esquecido. A população correu para se inscrever e correr atrás da camisa, da água limpa que seria distribuída aos participantes pelo circuito e ao pequeno kit de reposição distribuído aos que completassem os 6 km da prova.

Entre os vários esportistas, um câmera seguiu um garoto, pequeno, magro, subnutrido, habitante de um bairro chamado pelos habitantes de "cozinha do inferno". Um nome muito adequado conforme mostrou a reportagem. Lá é um local de depósito de alimentos apodrecidos, jogados fora mas que a população mais pobre consome, dando grande valor àquele alimento. No local existe água, mas fétida, podre também, altamente contaminada pelos dejetos e pelos porcos que chapinham no líquido. Água também consumida pelos moradores do local. 

Por isso a participação e a corrida desenfreada do pequeno Maurice, nome do garoto encontrado no caminho pela reportagem e por dois militares brasileiros que o acompanharam até o final. O garoto correu todos os 6 km, sempre pegando a valiosa água distribuída e saquinhos plásticos e até oferecendo a amigos que acompanhavam a corrida. E chegou ao fim, ganhando como prêmio uma medalha e duas bananas. Um troféu para Maurice.

A corrida trouxe alegria e aplacou um pouco a tristeza e a falta de esperança do povo pobre do Haiti, que vive em situação mais do que miserável em meio aos escombros intactos do fatídico terremoto. Uma tristeza e uma falta de esperança agravada pela ganância de uns poucos. A ajuda internacional, que antes chegava, parou de ser encaminhada pela ONU até a eleição de um novo presidente já que a anterior era simplesmente desviada e não chegava para a população. O homem é realmente um animal (i)rracional em muitos momentos.

E a felicidade do povo e de Maurice era contagiante. Sim, eles conseguiam rir diante do caos. Acredito que estão já entorpecidos pela desgraçada, anestesiados pela miséria total que os acompanha. Mas é em momentos como este, proporcionados por brasileiros, que o povo sai de seu estado letárgico e consegue renovar um pouco a auto estima, praticamente perdida.

Desculpe. É um post triste para uma terça feira de carnaval, mas que chamou a minha atenção. Principalmente por que sei que em nosso país temos alguns "haitis" espalhados pelos estados, frutos da corrupção e ganância de uns poucos como no país do terremoto. Dá para comparar sim! Só é difícil imaginar isso por que temos realidades assim sem que o país tenha sofrido uma tragédia natural como a do Haiti. Mas a miséria é parecida, a falta de esperança é igual e os desvios de verba são bem parecidos. Poucos com muito e muitos com pouco. É triste.

Boas passadas.

sábado, 5 de março de 2011

CARNAVAL SEM CORRERIA?

E aí, corredor?!

E então chegou o momento da grande festa brasileira, o Carnaval, o momento mais nacional, mais verde e amarelo que existe neste mundão. O nosso país é a maior referência quando se fala da folia de momo. E, em certas localidades do Brasil, as pessoas vivem os 361 dias do ano em função destes outros 4 oficiais da festa momesca.

Aí, você pensa, não é o momento de pensar em esporte, em corrida?

É, olha, é verdade. Só que na verdade, todo o nosso condicionamento de treinos do início do ano e posto à prova, principalmente para nós, adoradores do carnaval que somos. Afinal, não é mole andar atrás de um bloco de rua espalhados pelas várias cidades do país, ou no circuito Barra-Ondina em salvador atrás de um trio elétrico, ou pelas ruas de Olinda, em Pernambuco, ao som de um frevo rápido ou na sempre linda cidade do Rio de Janeiro, desfilando pelo Sambódromo num samba para lá de empolgante. E, acredito, tem momentos que nosso corpo é mais exigido que durante uma grande corrida.

Mas, como a gente está bem preparado, nada mais incrível do que cair na folia e deixar o samba, axé, frevo, o ritmo do carnaval nos levar, para descarregar as energias passadas e repor novas "baterias" para o ano que, no Brasil, só começa depois do carnaval.

Boa folia e . . .

Boas passadas.

terça-feira, 1 de março de 2011

EVITANDO PROBLEMAS TÍPICOS DE CORREDOR

E aí, corredor?!
 
A Revista O2, em seu site, publicou uma matéria interessante sobre os problemas que mais aflingem o corredor em uma prova ou treino, dando dicas para evitá-los ou conviver mais tranquilamente com eles.
 
Um dos problemas mais comuns, que acontece praticamente com todos os corredores iniciantes e a canelite, dor que acontece na canela justamente por que passamos a exercitar um músculo que antes não era tão intensamente utilizado. A dor pode ser previnida com um aquecimento e alongamento leve realizado antes da corrida.
 
Na Maratona do Rio aconteceu comigo durante uma prova minha primeira, e única até hoje, cãibra. Foi na panturrilha, região onde ela acontece com mais frequência em nós corredores. Na matéria, a recomendação é levantar a ponta do pé e manter a posição até que a dor melhore. Na minha prova, eu fiz uma massangem na panturrilha, de fora para o centro. A dor ficou menor e fui andando rápido até que senti que poderia voltar a correr o que fiz, por precaução, bem devagar, quase nim trote. Afinal faltavam apenas 6k para completar minha primeira maratona e não iria desistir. Consegui chegar depois de 4h11. FOi minha maior conquista pessoal nas corridas, é claro.
 
Outro problema comum entre os corredores, e que eu ainda não tive, são as unhas machucadas depois de uma prova. Segundo os especialistas, um dos principais motivos é o calçado. O tênis não pode ser nem apertado demais, por que faz pressão em cima da unha e ela fica roxa, perdendo seus nutirnete e caindo, nem folgado demais, pois o atrito amolece a unha e pode arrancá-la. Uma forma que alguns encontraram para evitar isso é o uso de dedais de silicone, encontrada em lojas de produtos ortopédicos.
 
Muitos amigos meus corredores reclamam constantemente de bolha nos pés. Para evitar, fuja de meias frouxas, tênis velho, pé muito úmido ou molhado, asfalto quente ou tênis folgado, que é o principal causador de bolhas. Alguns é difícil escapar, dependendo do tipo de prova, mas se puder evitar.
 
E aí, durante uma prova, aparece aquela dor de lado que incomoda e até pode nos fazer desistir de correr. Se for do lado esquerdo é dor no baço basta diminuir o ritmo e soltar todo o ar pela boca para aliviar o baço. Mas se for do lado direito, aí é dor de esforço (que popularmente tem outro nome que achei melhor não mencionar). Ela é mais intensa e um sinal de que o corpo náo está condicionado adequadamente para aquele esforço. Pode ser falta de aquecimento ou de preparação física e aí é necessário diminuir bastante o ritmo ou mesmo caminhar por alguns metros.
 
Boas passadas.