terça-feira, 27 de julho de 2010

VÍDEO - MARATONA INTERNACIONAL DO RJ 2010

E aí, corredor?!

Me desculpem a todos que acompanham este blog por estar sendo tão, digamos, repetitivo com posts que enfocam a Maratona Internacional Caixa Cidade do Rio de Janeiro do dia 18 de julho passado. Mas é que e emoção é grande e não canso de achar materiais publicados na internet sobre a emoção que é conseguir completar uma prova tão longa, correr por tanto tempo e vencer um desafio tão difícil.

Não conheci o Daniel, autor do vídeo que encontrei hoje no YouTube, mas a emoção que ele sentiu traduz a emoção que cada um de nós, atletas amadores, sente ao cruzar a linha de chegada da prova. O vídeo narra alguns dos trechos da Maratona, mostrando um atleta. Um projeto que envolveu muita gente e que merece o registro aqui no E AÍ CORREDOR. Uma homenagem a todos nós que conseguimos vencer.

Parabéns Daniel. Grande vitória. Sei como é essa emoção pois eu também estava lá. E que venha 2011.

Boas passadas.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

AINDA SEM CORRER DEPOIS DA MARATONA

E aí, corredor?!

Mais de uma semana depois de vencido o desafio da Maratona do RJ já me recuperei da dor que me incomodou na panturrilha direita, presente dos 43,99 km, já postei dois textos sobre a prova, bem como imagens minhas correndo, já vi outras fotos em outros sites, inclusive do pequeno momento que eu caminhava, em Copacabana (Que triste! Tanta imagem para registrar a a WebRun que me vender fotos do único momento que caminhei, até por que senão caminhasse nem teria completado a prova), já conversei com os amigos sobre o desafio, enfim, fiz tudo o que podia fazer mas voltar a treinar e correr ainda não fiz.

Na semana passada, como até quarta-feira a panturrilha ainda doía um pouco, resolvi não treinar e apenas fazer um trabalho na academia. Mas, mesmo depois da recuperação, não consegui voltar a correr.

E domingo agora tem mais um desafio: a Maratona de Revezamento do Pão de Açúcar, em que estarei em uma equipe cheio de grandes amigos - Jane, Giovanna, Bel, Deborah, Ranieri, Cássio e Hamilton. Ivan fazia parte da equipe, mas com sua contusão ele ficou de fora. 

Tudo bem, estou de volta amanhã, mas confesso que, assim como ano passado depois da Meia Maratona do RJ, eu "dei um tempo" das passadas. Confesso que, além da necessidade de repouso, tem a história do desestímulo, por que, se ano passado a Meia Maratona carioca era a corrida do ano para mim, este ano a Maratona foi minha meta e, cumprido o desafio fica para mim como se o ano tivesse acabado.

Mas isso é só por um breve momento. Já estou nas pistas a partir de amanhã, treinando com a equipe no Estacionamento 10 do Parque da Cidade para as próximas provas que vêm por aí: Maratona de Revezamento Pão de Açúcar, 10 Milhas da Mizuno, Circuito de Corridas da Caixa com certeza. Meia de Buenos Aires ou Meia do RJ novamente e Pampulha, talvez. 

Não posso é deixar a poeira baixar demais, para não perder o pique, concordam?

Boas passadas.  

sábado, 24 de julho de 2010

MARATONA DO RIO - IMAGENS

E aí, corredor?!

Aqui estão 3 imagens da Maratona do RJ. No caso, imagens deste seu amigo correndo nas provas. Foram tiradas no Recreio dos Bandeirantes.

OVERTRAINING

E aí, corredor?!

Na minha equipe de corrida, volta e meia tem um amigo que para por conta de uma contusão, ocasionada no treino ou em uma competição. E não ser trata apenas dos atletas que tem o espírito mais competitivo. Às vezes, isso acontece até mesmo com um iniciante, que está na fase de alternar a corrida com a caminhada.

Tudo resultado da sobrecarga de exercícios que a gente impõe ao nosso corpo. Muitos de nós chegam a treinar 2 ou 3 vezes por semana e todo o domingo correr uma prova. Isso sem contar a academia, necessária para fortificar os músculos. O resultado é o chamado Overtraining, conhecido como síndrome do excesso de treinamento, e aí eu particularmente acrescento como treinamento também, pelo menos para nós corredores amadores, as provas que participamos.

O corpo precisa de repouso depois de exposto a uma carga de treinos ou uma corrida. Não é quanto mais forçamos e sentimos dor que estamos evoluindo. Na verdade, estamos caminhando para uma contusão que pode até mesmo nos tirar para sempre do esporte.

Nosso amigo e treinador, Nirley, não cansa de nos orientar para pegarmos leve. Não no sentido de treinarmos de maneira fraca. Mas respeitarmos as pausas. Em suas planilhas sempre existe pelo menos dois dias de pausa entre um treino e outro, para todos os níveis de atletas.

Mas, mesmo em nossa equipe, onde todos têm essa orientação, alguns amigos exigem, até mesmo achando que nada vão ter, e o corpo reclama.

Já vi colegas tendo um distensão e há tempos estar parado por conta de um tiro forte demais para quem está no seu primeiro dia de equipe. Outros, depois de uma prova forte como uma meia maratona, dão o máximo e acabam com um joelho doendo, uma canelite mais cronica, um calcanhar inchado.

Uma das principais recomendações dos especialistas é que cada um treine do seu jeito pois cada pessoa é uma pessoa. Eu não tenho o mesmo desempenho nem a mesma resistência física que meu amigo Jailto, corredor de mais de 50 anos da Equipe X que é um dos "top" da turma. 

O importante é que cada um conheça o seu corpo e nunca exija dele mais do que ele pode dar naquele momento. Evoluir de maneira gradativa é o mais sensato. As contusões podem não vir no mesmo dia ou no mesmo ano, mas uma hora o corpo cobra.

Durante o treinamento para a Maratona do RJ, tive um problema no calcanhar. Estava fazendo um tiro e, por conta de uma depressão do asfalto. acabei pisando errado e virando um pouco o pé. Não houve entorse, conforme constatamos eu e o professor por que logo depois já estava andando e fazendo outro tiro, mas uma dor insistente passou a me perseguir por pelo menos 3 semanas.

Reduzi um pouco a intensidade dos tiros nos treinamentos e obedeci a cartilha do treinador. A dor sumiu correndo. E lá fui eu fazer os mais de 42 km da Maratona, onde tive outra contusão durante a prova, uma cãibra na panturrilha, a qual curei com gelo, emplastro e repouso, junto com aparelhos leves na academia.

Pratico esta filosofia na corrida desde que passei a escrever este blog e, para isso, ler a opinião dos especialistas. Além disso, colho informações do meus amigos corredores e vejo pela minha experiência em treinos e corridas. Meu lema é "devagar e sempre". Devagar na evolução para correr por muito tempo por que sei que o meu corpo é forte, tenho uma saúde de ferro mas preciso cuidar do meu corpo já.

Comecei a correr em agosto de 2006 quando fiz meus primeiros 10k em 57 minutos. Em quase 4 anos consegui baixar, para alguns apenas e para outros bastante, 11 minutos neste meu tempo. Mas em compensação, aprendi a gostar do esporte, corri 3 meias, 1 maratona, vários longões, 3 Voltas do Lago Caixa onde a minha principal vitória foi apenas não me contundir nunca seriamente.

Não quero dizer com isso que sou um exemplo. Acredito que cada um tem um motivador para treinar a corrida. E cada um, como já mencionado, tem um tipo físico e de organismo. O que acho que todos temos que fazer é entender o nosso corpo, "conversar" com ele de forma que possamos prever e saber se estamos exigindo demais ou não. Podemos ser competitivos, rápidos, sempre os primeiros. Basta saber de que forma encaramos este "ser primeiro". Se for apenas por estar na frente dos outros, grande chance de um overtraining se não nos cuidarmos. Melhor, creio eu, é se for para ser o primeiro no sentido de vencer os nossos próprios limites, que se não forem os resultados tangíveis - um tempo mais baixo, por exemplo - que sejam aqueles que só nós podemos perceber - como a vitória por resistir ao duro desafio de uma maratona, uma Volta do Lago, ou até mesmo conseguir correr sem parar 5k. Cada coisa no seu tempo.

Boas passadas.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

EU VENCI! - UM POST MAIS EMOCIONADO

E aí, corredor?!

A Maratona Internacional Caixa da Cidade do Rio de Janeiro realmente foi um marco para mim como corredor. Nada será como antes depois de vencer os mais de 42km da prova e depois de ficar mais de 4h correndo pela linda paisagem carioca.

Aí hoje, ao comentar com uma amiga, carioca e moradora do Rio - Mônica - sobre a corrida, a qual intitulei como uma epopéia, percebi que este depoimento de hoje ficou mais emocionante. E por isso, resolvi postar aqui no E AÍ CORREDOR este depoimento.

Maratona Internacional do Rio de Janeiro 2010  - Eu Venci ! Versão 2.

Cheguei sexta à noite, com aquela chuvinha chata (garoa paulista no Rio, ô meu!) e no dia seguinte peguei o metrô pra pegar o kit junto com Jane e Ranieri, amigos inseparáveis no Rio. Saímos da Arco Verde para a Estácio. Lá, tudo lotado. Todos os participantes parecem que chegaram sexta à noite e foram pegar o kit naquele dia. Mas a distribuição estava rápida e o espaço cheio de atrações. Ficou legal. Encontrei minhas amigas do marketing e as elogiei pela boa organização.

 
Bom, depois saí para almoçar com a turma. Pegamos o metrô e descemos na Siqueira Campos por que eu, acostumado a ir para o Rio mas sempre com Deborah, meu "GPS natural", não sabia exatamente onde ficavam os restaurantes maneiros por que sempre contei com ela para achá-los. Aí, sabia que em Copa tinham vários e resolvi descer com a galera na Siqueira e ir em direção à praia. Até por que a gente não queria ir pra muito longe pra não se cansar já que íamos correr a maratona ou a meia maratona pela primeira vez.
 
Almoçamos e voltamos ao hotel para um descanso. À noite, levei Jane e Ranieri para comer o famoso sanduíche de Pernil com queijo e abacaxi do Cervantes, já que o almoço tinha sido farto. E a chuva constante. A garoinha e o friozinho insistente.
 
Aí chegou o grande dia. Tínhamos que acordar às 4h30 da manhã para tomar o café do manhã e ir para a largada. Duas vans levaram-nos para a largada da meia na Barra, já perto da subida para o Elevado do Joá, que ia ser 7h da manhã e acabou acontecendo às 7h20 - por causa da Globo - e para a largada da Maratona, no Recreio, praça Tim Maia, Macumba, lá no comecinho da praia, com horário previsto para às 7h30 e que realmente aconteceu.
 
Clima: nublado, muito vento, mas não tava frio não. Tudo perfeito para cumprir os 42,195k da prova, pelo menos para nós amadores.
 
E lá fomos nós, às 7h30, rumo ao Aterro do Flamengo. Primeiro corremos 1,5k para dentro do Recreio e depois voltamos esta distância até o ponto de onde largamos e, aí sim, rumo ao Aterro. A ansiedade era enorme e a adrenalina estava à mil por que era a minha primeira maratona e eu não sabia o que ia acontecer e se iria conseguir cumprir o percurso.
 
Comigo estavam dois amigos da equipe, o professor Nirley e o Jailto, que vc conhece daquela época que vc esteve com a gente mas não sei se vc se lembra. E encontrei alguns outros malucos de Brasília, corredores, que estavam por lá também.
 
E então corremos - eu, Nirley e Jailto - juntos até o km 13, já na Reserva, quando os dois dispararam e eu resolvi me conter. Eles já haviam corrido grandes distâncias antes em outras provas e são os "top top" da equipe. Não podia acompanhá-los por que não conhecia este lance de correr mais do que 1h direto (participei de 3 meias maratonas e o maior tempo que fiquei correndo foi 1h57).
 
Aí, corri, pensando na vida, ouvindo o playlist do meu ipod e olhando para o mar e o caminho. É engraçado como a corrida me faz pensar, refletir sobre minha vida. Estava passando por um momento meio conturbado na minha vida, e todo o filme daquilo que passei estava sendo reprisado na minha cabeça, a cada passada. Depois de ficar olhando o mar, correr é a melhor psicologia para mim.
 
E passei a Reserva, cheguei na Barra, onde tínhamos meia pista. Lá, uma dificuldade: muita poças grandes de água por causa da chuva da manhã, o que nos fez correr na ciclovia para evitar molhar o tênis, pois isto poderia prejudicar nosso desenvolvimento na corrida. Isso, no final, acarretou no aumento da distância da prova para mim. Estava com meu relógio com GPS e a quilometragem final foi de 43,99 km (é mole!). Bem que vi, também, que tinha alguma coisa errada entre as distâncias aferidas de uma placa de sinalização para outra.
 
E sobre o Elevado. Uma visão incrível, mesmo com o tempo nublado: o mar e as praias da zona sul e toda a orla da região. Muito legal. Teve gente que parou de correr só pra tirar fotos. E no caminho, muita água e, em alguns pontos, música para animar a gente.
 
Na descida, já em São Conrado, já tinha gente desistindo. Nisso já passávamos dos 21k (meia maratona). E estávamos próximos do trecho de maior dificuldade, a subida de 3km da Niemayer. Aliás, tanto no Elevado como na Niemayer a pista inclinada para água escorrer mais fácil para os dutos que levam ela para o mar prejudicou muito as passadas e resultou em dores fortes na paturrilha que senti já em Ipanema.
 
Na Niemayer ultrapassei o chamado "muro dos 30", mito entre os maratonistas, que comprovei. Os relatos da galera que já enfrentou uma maratona sempre dizem que no km 30 é que muita gente quebra. E eu realmente vi muito corredor parar e ser socorrido. Passou dali, o final fica mais tranquilo. E eu passei, já sentindo as dores da panturrilha direita e com medo daquilo aumentar e eu quebrar.
 
No Leblon, depois de passar por muita gente andando, as dores ficaram quase insuportáveis e tive que reduzir o ritmo para não parar. Tomei o gel, isotônico, água e fui seguindo. Isso já eram mais de 3h de corrida. Quando estava já em Copa, no km 36, a perna direita travou e simplesmente não me obedecia mais. Pensei na cena daquela maratonista da Suíça, em uma olimpíada (não me recordo o nome dela agora). A perna parecia estar torta e não voltava para o lugar. E faltavam 6k. Ou seja, não ia parar mesmo e ia cumprir os 6k que faltavam nem que chegasse arrastado.
 
Me estiquei um pouco, andei rápido, conforme orientação do treinador ("- Nada de andar devagar. Tem que ser rápido, quase uma marcha atlética."). E deu certo. A dor passou um pouco e eu voltei a correr uns 2 minutos depois, mas reduzi ainda mais o ritmo e fazer 1km parecia uma eternidade.
 
Mas no final, 4h11 depois, cruzei a linha de chegada, emocionado, realizado. É uma conquista que transforma a gente mesmo. Uma superação e tanto. O corpo fica lá "gritando" pra gente: "- Para maluco! Olha o que vc tá fazendo comigo!" .
 
E a gente lá, insistindo. E quando chega, depois de todo o sacrifício, depois de ver tanta gente quebrar, quase chora. Acho que as lágrimas só não saíram por que a água do corpo foi deixada pra trás, na corrida (rsrsrsrs).
 
Foi demais. Tô ainda meio em extâse, sabe. Sacrifício mas maneiro. E consegui. O que foi demais. Estava preparado para até pegar um táxi no meio do caminho se fosse preciso, ou mesmo chegar com mais de 4h30, sei lá. E consegui vencer, correndo quase tudo, exceto pelo 2 minutos, cerca de 100 metros da "marcha atlética". E no final, olhei no relógio e vi que tinha corrido nada mais nada menos que 43,99 km. Acho que os motivos foram o percurso na ciclovia, na Barra, os zigue-zagues na pista para desviar dos atletas mais lentos. O fato é que o meu GPS aferiu esta marca, o que tornou a vitória ainda mais significativa. Muito doido ! ! ! 
 
E foi assim.

Boas passadas.

terça-feira, 20 de julho de 2010

CORRIDA SUSTENTÁVEL

E aí, corredor?!

A sustentabilidade do planeta é a palavra de ordem do desenvolvimento atual. A consciência ecológica deixou de ser um assunto apenas para congressos ambientais para ser discutido por todos, em todo o planeta. A Terra pede socorro, e nós precisamos fazer alguma coisa.

Nosso esporte, a corrida de rua, está tão envolvida nesta história quanto qualquer outros segmento da sociedade. E não é só de provas ecologicamente corretas, como a EcoRun que acontece em várias capitais do Brasil. 

Quando corre, você nunca pensou onde vai parar aquele copo ou garrafa plástica de água que você joga no chão depois de se hidratar. "Os organizadores passam de pois e pegam", diria a maioria. Mas e depois. Um evento como o Desafio SP-RJ 600k, prova de longa duração ocorrida ano passado, foram produzidos quase 500kg de lixo sólido, sendo que quase 90% dele é composto de lixo reciclável, que foi repassado para 5 cooperativas parceiras, segundo relatado pela Iguana Sports, organizadora do evento, em depoimento à revista SuperAção.

Vejamos alguns itens causadores desta poluição ambiental nas corridas. Peguemos como exemplo qualquer corrida de 10k realizada em Brasília, onde moro. Primeiro, o kit com camiseta e as várias propagandas que vêm dentro dela. Ótimo se para elas forem usados papéis recicláveis, o que não é o mais comum. A camisa vem, geralmente em um saco plástico, mesmo geralmente já sendo condicionada na sacolinha do kit.

Em Brasília os organizadores utilizam como regra distribuir o chip de cronometragem apenas no dia da prova, ao contrário de outras cidades que já corri. A embalagem que vêm o chip geralmente é um envelopinho de papel, que o corredor pega e joga no chão mesmo, já que os poucos latões de lixo ficam longe do local da entrega do chip

Na corrida, temos os copos ou garrafas plásticas de água. O corredor pega no posto e, depois de beber joga no chão, mesmo não tendo consumido tudo. Mais lixo, e que não degrada facilmente. Ainda existem as bisnagas de gel com carboidrato jogados em qualquer ponto do trajeto, muitas vezes longe dos postos de hidratação onde tem gente que recolhe. E se levarmos em conta uma corrida de longa duração, ainda temos as garrafas de isotônico.

Na chegada recebemos o kit de reposição: frutas e barra de cereal colocados em um pequeno saco plástico. Mais copos ou garrafas de água, e as garrafas de isotônico ou caixinhas de suco. E ao sairmos do local de entrega das medalhas, lá vem a galera com mais papeis de propaganda de outras corridas ou de produtos de corrida. Mais lixo.

Viu como é fácil acumular lixo em um prova de corrida de rua. E quais seriam as soluções para resolver este problema? No caso do principal problema, os copos/garrafas plásticas de água seria de certa forma fácil: substituir os mesmo por copos de papelão, apesar da inviabilidade por não serem feitos recipientes para água com este material e aí o organizador teria que encher os postos de hidratação de copinhos e distribuir a água por eles.

As propagandas podem todas ser feitas em papel reciclável. E os latões de lixo tem que estar espalhados pelo percurso e pelo local onde ficam os eventos e os corredores devem jogar este lixo neste local. Seria possível? Com certeza aumentaria o preço das inscrições, ou pelo menos seria uma boa desculpa para isso.

A distribuição do chip pode ser realizada antes do dia da prova para que o chão do local do evento não fique cheio dos envelopinhos rasgados e jogados em qualquer lugar.

Enfim, soluções existem, mas o que se precisa mesmo é de mais consciência de todos nós, não só em corridas, mas para todas as ações que vivenciamos em nossas vidas. Recicle seu lixo, coloque as pilhas em locais próprios, pratique o consumo consciente adquirindo apenas se realmente precisar e não por impulso, diminua o tempo do banho e controle o gasto de água em casa. Troque as lâmpadas da casa por aquelas mais econômicas. E, principalmente, incentive e propague ações sustentáveis.

Vamos correr para salvar nosso planeta.

Boas passadas.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

EU VENCI !

E aí, corredor?!

Consegui!

Corri os mais de 42 km da Maratona Internacional do Rio de Janeiro, minha primeira maratona. Mais de 18 mil pessoas, entre elas muitas de outros países, prestigiaram o evento, o que pode ajudar os organizadores a colocarem a prova no seleto grupo das grandes maratonas do mundo.

Não foi nada fácil. A corrida começou exatamente às 7h30. A cidade maravilhosa estava cinza, encoberta por um céu nublado e um vento frio. E na noite anterior a chuva havia sido constante e o mar revolto, com ressacas em várias praias.

Mas nada disso impediu-nos de realizar a nossa corrida. E que corrida. Não pensei que conseguiria e, mesmo já terminando a prova, tive medo de não conseguir cumprir o percurso. 


Saímos do Recreio dos Bandeirantes, bem no início da orla. Corremos 1,5k para dentro do bairro para depois voltarmos ao ponto da largada e, aí sim, pegar a pista da orla e ir rumo ao Aterro do Flamengo, em direção a chegada.

No Recreio, terreno plano. O desafio era fugir das várias poças deixadas pela chuva da noite anterior. Deixar o tênis encharcado logo no início da prova era um risco que não podíamos correr, já que o mesmo ficaria pesado e podia dificultar as passadas.

Acabando o Recreio entramos na Reserva, um trecho isolado, onde só tinha corredor. Fiquei olhando o mar, para distrair, e refletindo sobre tudo o que aconteceu para eu chegar até ali, até que comecei a avistar os prédios da Barra da Tijuca. 


Aqui, eu, que estava correndo com os amigos Nirley e Jailto, ambos da Equipe X, passei a ficar para trás. Os dois, mais experimentados, estavam bem preparados e num ritmo mais forte. Aí resolvi deixar eles irem por que sabia que não poderia aguentar.

Por conhecer bem a orla carioca, tinha noção das distâncias. O que para mim acabou se tornando um inimigo por que, como o fim de cada trecho não chegava, o meu psicológico começava a querer me arruinar. Senti isso justamente quando percebi como estava sendo demorado a gente vencer o trecho da reserva, que mostrou-se desafiador, mesmo sendo plano. 

Na Barra a pista para os atletas foi diminuída, já que o trânsito de carros não podia parar. Como ainda tínhamos muitas poças, agora fugir delas ficou mais difícil, e desta vez, optei por correr boa parte na ciclovia, mesmo sabendo que acabaria correndo mais do que deveria.

No final da barra, o trânsito estava intenso, mas já havíamos completado mais de meia maratona. Pegamos o elevado, uma subida curta, mas que se mostrou desafiadora por que o terreno era irregular, e acabei forçando mais uma perna do que a outra, o que se refletiria em dores mais tarde. Mas aqui um dos visuais mais impressionantes, com o mar batendo nas pedras e o visual das outras praias ao longe. Fiquei só imaginando se o tempo estivesse limpo.

Descemos o elevado e caímos em São Conrado. A pequena praia passou rápido para logo cairmos no trecho mais difícil, a subida de cerca de 2 km da Niemayer. Foi uma batalha. Ali muitos corredores quebraram, até por que foi na subida que chegamos aos 30k. Pude ver de perto o quanto é verdade a história dos "muro dos 30k", quando muitos quebram e não conseguem correr mais.

A descida para o Leblon foi uma benção. Deixei o corpo ir, abri a passada e segui. Aqui as dores começaram a aparecer. Minha paturrilha direita já "gritava" por socorro. Mas eu insistia e continuava, em um ritmo mais lento, correndo.

Passei por Ipanema e cheguei a Copacabana. Nessa altura, além da panturrilha da perna direita, também a da esquerda mostrava sinais de cansaço, até por que naturalmente comecei a compensar a dor em uma na outra. E os ombros também começaram a doer, mas nada que atrapalhasse.

Mas no quilômetro 36 eu quase parei. Tive medo de não conseguir prosseguir. A dor na panturrilha se intensificou e parecia que tinham dado um nó no meu músculo. A perna travou completamente e não me obedecia mais. Parecia que tinha quebrado um osso.


Tive que caminhar, e fiz no estilo "marcha atlética", caminhando rápido, conforme orientação do professor Nirley. Isso depois de uma massagem forte na panturrilha, tentado "jogar" a dor para o centro do músculo. Quando senti que dava para continuar a correr prossegui, em um ritmo bem mais lento, buscando chegar ao final.

E foi assim que, depois de 4h11 minutos de prova eu cruzei a linha de chegada, com o apoio do amigos e de vários desconhecidos que aplaudiam para nos encorajar. É uma emoção e tanto conseguir este trunfo. Ainda mais pelo sacrifício que a gente acaba impondo ao nosso corpo e, no meu caso, pelo extremo esforço que tive que fazer no final.

A gente acaba se considerando realmente um vencedor. É uma vitória e tanto. Afinal, 42,195 km não é para qualquer um não. Isso sem contar que, pelo meu GPS, percorri quase 2k a mais, fruto do trecho da Barra que fiz na ciclovia e que deve ter aumentado o percurso.

A prova foi a mais bem organizada que já corri. Muitos postos de hidratação, distribuição de gel, isotônico em vários pontos da prova, uma bonita medalha. A camiseta que deixou a desejar, mas tudo bem, não era tão feita assim não e o material é bom.

Agora, se me perguntarem se enfrentarei outra maratona dessa, eu hoje não sei responder. Quando cheguei, Maria, uma amiga da equipe, me perguntou isso, e eu respondi que nem pensar. Depois, mais tarde, falei que até poderia ser ano que vem e agora já digo que realmente não sei. Apesar do sacrifício, a realização de ter chegado até o final é única. 

Muito bom!

Boas passadas.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

AILTON E WALTER - GUERREIROS DA EQUIPE X NA VOLTA DO LAGO CAIXA 2010

E aí, corredor?!

Voltamos a falar da especial Volta do Lago Caixa 2010. Especial por conta da melhora de nossos resultados, de forma natural e sem estresse, pela conquista do nosso tão sonhado e perseguido troféu de 3º colocado, mas principalmente, como não cansei de mencionar, pela presença em nossa equipe, do Ailton, um atleta cego, que junto com Walter, fez dois trechos da prova, correndo no total cerca de 16k.

A presença do Ailton na equipe proporcionou também uma reportagem especial, feita pelo SBT local, sobre a nossa equipe, que tratava do treinamento da dupla. E é ela que colocamos para vocês curtirem, resgatada do YouTube.


Boas passadas.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

MARATONA DO RIO - RESUMO DOS PREPARATIVOS

E aí, corredor?!

Hoje, por sugestão de uma amiga que acompanha o E AÍ CORREDOR, a Alessandra, resolvi escrever sobre os preparativos para o meu grande desafio de 2010: a Maratona Internacional Rio de Janeiro.

Na verdade, não teve nada de especial nesta preparação. Os treinos nas terças e quintas com a Equipe X, várias Corridas sem Compromisso, todas com mais de 10k, a sempre emocionante e empolgante Volta do Lago Caixa, uma Meia Maratona, o Desafio 33k junto com o Nirley e o Jailto e no mais muita leitura e conversas com os amigos sobre a experiência que é correr uma Maratona.

Neste último mês foi que nosso amigo e professor Nirley dedicou mais especificamente o meu treino para a Maratona. Além do aquecimento, corrida e tiros nos dias normais de treinamento, corremos - eu, Nirley e Jailto - duas grandes distâncias para "sentir o drama" de correr mais de 2h seguidas sem parar. Na verdade, acabou sendo apenas uma experiência de corrida com mais de 2 horas e outra de quase 2 horas. E foi o incrível Desafio 33k, em que não consegui correr toda a distância, chegando a caminhar por cerca de 500, 600 metros, mas pude sentir como é difícil conseguir vencer a grande distância, muito mais pelo psicológico que pelo físico.

Sinto que estou preparado para enfrentar os 42k da Maratona. Meu condicionamento aeróbico, acredito, está 200%, mas não estou plenamente convicto da minha capacidade física de aguentar por volta de 4h de um esforço repetitivo. Mas confio na palavra que me deu o aval para correr e acredita no meu potencial.

Agora é verificar os detalhes finais: músicas do MP3, roupa que vou usar, clima para o dia da prova. 

O playlist é o mesmo que sempre tenho levado às provas deste ano - aliás, preciso fazer uma mudança - que tem jazz, soul music, house, hip hop, MPB, enfim, uma miscelânea total. Mas fácil falar o que não tem: axé, sertanejo, funk, forró. Alguns nomes: Seu Jorge, Amy Winehouse, Red Hot Chilli Peppers, Pearl Jam, B52's, Barão Vermelho, Barry White, Beyonce, Black Eyed Peace, Bob Sinclair, Bliss, The Cure, Gorillaz, Dire Straits, Detonautas, Fernanda Abreu, Franz Ferdinand, Green Day, Jose James e muito, mas muito mais mesmo. São 8G de músicas variadas. Coloco o Ipod no "aleatório" e deixo a música rolar. Não faço uma programação específica, apenas escolho músicas que gosto de ouvir.

O clima, pelo que parece, estará frio, e pode ser até chuvoso. Se for pouca chuva, como na Meia do ano passado, ótimo e ideal para fazer uma prova legal, sem o calor e a umidade excessiva, que caracteriza a capital carioca (apesar de não ser o clima ideal para a cidade maravilhosa). 

A roupa? Bem, conforme orientado, fiz os Desafios do jeito que vou correr. Camiseta fina da equipe com manga curta, boné, short e bermuda para manter a circulação na boa, óculos e o polar no pulso. Não sei se corro com o cinturão de hidratação, com as garrafinhas com água, isotônico e malto, como sugeriu o professor, mas sei que devo carregar um dinheirinho para qualquer necessidade durante o percurso, caso eu "quebre" no meio da prova. Tudo para prevenção, é claro, por que o propósito é chegar até o final.

É isso. Agora é torcer, galera, para que tudo dê certo e que não só eu, mas todos os colegas da Equipe X, grande maioria estreando nas distâncias de 42k e 21k, consigam o objetivo de chegar ao final correndo sem parar, assim como todos os outros colegas corredores que estarão fazendo a festa no Rio de Janeiro neste domingo.

Boas passadas.

terça-feira, 13 de julho de 2010

MARATONA DO RIO - ESTÁ CHEGANDO A HORA

E aí, corredor?1

E lá fomos nós - eu, Jailto e Nirley, nosso professor - para mais uma corrida preparatória para a Maratona Internacional do Rio de Janeiro. Foi domingo passado, dia 11 de julho, e em um percurso bem interessante desenhado pelo nosso professor e amigo.

A distância era de 20 km, mas eu mesmo acabei correndo um pouco menos, cerca de 19,2k. Nirley e Jailto correram mais de 20k. Mas o que corri foi o suficiente para mostrar que posso conseguir vencer a minha primeira Maratona.

Saímos um pouco tarde, depois da 9 h, do Pontão do Lago Sul e partimos em direção ao Balão do Aeroporto, seguindo pela ciclovia do Lago Sul. Um caminho interessante, onde encontramos vários ciclistas e alguns corredores. E o melhor é que é bastante seguro, já que temos a ciclovia para correr. Mesmo assim corremos sempre no contra fluxo dos veículos para não sermos surpreendidos nem por eles nem pelas bikes.

Na volta, Jailto e Nirley seguiram em direção a Península dos Ministros, em ritmo forte, e eu desci direto para o estacionamento do Pontão, rodando mais 1,2k dentro dele, em ritmo lento.

Foi uma excelente experiência, bem melhor que o Desafio 33k quando eu quebrei e tive que caminhar por uns 500 metros pelo menos. Claro, a distância foi bem menor, mas percebi que posso conseguir, principalmente pelo dia seguinte, quando estava inteiro.

Agora é esperar o dia 18, próximo domingo, quando estarei pondo à prova o treinamento realizado, que, no meu entender, apesar de não ser suficiente para vislumbrar uma marca excelente - correr em menos de 4 h - dará para que sonhe em completar a prova correndo.

Boas passadas.

terça-feira, 6 de julho de 2010

RECORDE PESSOAL QUEBRADO NA CORRIDA DO FOGO 2010

E aí, corredor?!

Como vocês sabem, correr para mim é prazer. Muito mais do que a loucura por quebrar tempos, do que perceber minha evolução no esporte apenas se bater recordes pessoais, adoro curtir as passadas, o ambiente, o visual da corrida e curtir tudo o que ela me proporciona.

Sendo assim, quando acontece de quebrar marcas tudo não passa de uma evolução natural, onde o condicionamento me levou a isso, com o mínimo de estresse para o corpo. Por isso comemoro cada novo recorde como se fosse um troféu.

E a minha primeira Corrida do Fogo me proporcionou esta alegria. Eu era um dos quase 4 mil corredores (sem contar a "pipoca") que lotaram a Esplanada dos Ministérios de Brasília para correr a 20ª edição de uma das mais famosas e tradicionais corridas da cidade, e a mais antiga corrida noturna da capital.

O percurso, com uma altimetria bem tranquila, não ofereceu grandes problemas. Correr a noite, horário que já utilizo para treinar, é ideal para mim. E em se tratando de Brasília, que nesta época atinge picos de baixa umidade relativa do ar a níveis de deserto, é muito mais agradável que provas diurnas.

A largada aconteceu por volta das 18h30. O estouro de um canhão e depois de fogos de artifício marca o início da prova. Cheguei tão em cima da hora que fiquei atrás e passei pelo pórtico da largada 2 minutos depois da galera sair. Estava bem cheio mesmo, mas isso não atrapalhou tanto, apenas um pouco no início. Afinal, as vias utilizadas, eixo monumental e eixos norte e sul, são largas e suportam a multidão de corredores que participou do evento.

Poucas subidas, e as que tinham não eram fortes, o que ajudou muito a quebrar o tempo de 47min conquistado ano passado na Etapa da Primavera da Circuito das Estações Adidas. Fiquei feliz por que, mesmo tendo me condicionado a fazer em ritmo mais lento, acabei por bater meu recorde de tempo pessoal, baixando a distância de 10km para 46min37.

E o legal é que a prova é uma das poucas que o público comparece, mesmo sendo realizado num domingo à noite. Além da corrida, tem a "Cidade do Fogo", um espaço para distração do público que vai prestigiar a corrida. Parecia que eu estava no Rio de Janeiro ou em Belo Horizonte, onde as população vai ver a prova. 

No local da chegada e saída mais uma coisa legal: uma arquibancada onde a galera fica nos incentivando e assistindo. Imperdível mesmo.

O kit foi normal, com uma camisa interessante, em poliamida, com um boné, e reposição com o suficiente, inclusive isotônico. Só houve problema na retirada do kit e do chip, um pouco confuso.

Outro detalhe positivo. Foi a primeira corrida que os bombeiros ofereciam para quem chegava uma espécie de manta, oferecida em corridas internacionais para o atleta não ficar exposto ao frio.

A medalha é um destaque, por que tem um belo desenho e para quem fica entre os primeiros colocados, ela é colorida. A prova também premia em dinheiro os melhores.

Enfim, gostei muito e prometo fazer o possível para participar em outros anos.

Boas passadas. 

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CORRIDA DO FOGO - ESTE ANO EU VOU, FINALMENTE

E aí, corredor?!

Estou nesta "aventura" que é correr regularmente desde agosto de 2006, como vocês sabem. E desde que comecei a correr minhas primeiras provas oficiais, sempre escuto falar bem da Corrida do Fogo, organizada pelo Corpo de Bombeiros do DF.

Uma das qualidades da prova, pelo que escuto falar, é a excelente organização, algo que já conheço por já ter participado de outras provas promovidas por militares, como a Duque de Caxias e a dos Fuzileiros Navais. Percurso com boa sinalização, bom kit de reposição e circuito bem interessante.

Outro detalhe é que a Corrida do Fogo, creio eu, é a mais antiga corrida noturna da cidade, se não for uma das mais antigas do país. Antes mesmo do sucesso das corridas de rua ela já tinha este horário como determinação, o que a tornava e ainda a torna o diferencial em Brasília.

Outro detalhe: a prova só tem uma distância, que são 10 km. Nada de 5k ou caminhada. Quem quiser tem que enfrentar a distância tão temida por alguns. Mas por ser noturna, realizar a prova, mesmo em época de seca na cidade, é bem mais agradável que durante o dia.

Mesmo assim, nada de descuidar da hidratação galera! A umidade relativa do ar está muito baixa. Teve até um dia, 23 de junho, que foi registrado oficialmente apenas 9% na cidade. Imagina não oficialmente. Com esta secura, mesmo à noite torna-se um desafio dos melhores.

Mas perder esta prova não dá mais para mim. Nos outros anos sempre tive um empecilho que não me deixava correr, mas este ano já me inscrevi e aguardo ansioso para dar minhas passadas.

Você vai, não é? A gente se encontra lá.

Boas passadas.