segunda-feira, 31 de maio de 2010

VOLTA DO LAGO CAIXA 2010 - SUPERAÇÃO E UNIÃO

E aí, corredor?!

A Volta do Lago Caixa é muito mais que uma corrida de aventura, superação, força, resistência física e psicológica, preparo, estratégia, determinação. 

A Volta do Lago Caixa é, principalmente, uma corrida de equipe, onde cada um dos integrantes tem importância fundamental no desempenho de todos, seja ajudando no staff durante a prova, gritando palavras de incentivo, dirigindo o carro, esperando a gente com sorriso e a hidratação quando completamos nosso percurso.

A equipe é a peça fundamental da estratégia desenhada para corrida. Se falta água num ponto em que estamos correndo, já deixa todo o nosso psicológico "detonado". Se não encontramos ninguém no percurso por um longo tempo, a gente fica se sentindo abandonado. Sentimentos, juntamente com outros, que só quem corre a prova pode entender.

Às 6h15 da manhã, como nos outros anos, tudo começou, e em um ritmo frenético. O trecho, inicialmente de 9,4k, teve sua distância encurtada pela organização e sem prévio aviso, uma vez que participei do congresso técnico  e nada foi dito no dia. Uma falha da organização. 

Mas a galera não teve tempo de se lamentar e, quando achavam que tinham que se poupar por que o trecho era grande ,se depararam com o posto de transição. Na nossa equipe, Edna foi a guerreira que enfrentou o friozinho correndo o primeiro trecho. 

Depois da Edna foi a vez da Lineke correr vendo o sol nascer às margens do Lago Paranoá. Dizem que esta é uma cena única da prova, de grande beleza. E, ao contrário do ano passado, não foi registrado nenhum problema com a segurança, já que em 2009 alguns atletas reclamaram que foram assaltados. 

Neste trecho, uma nota triste. Como a aglomeração das equipes é muito grande, fica uma verdadeira "muvuca" na pista e não existe uma separação de cones para segurança, que é feita por ciclistas. Daí que um destes ciclistas mais ousado acabou sendo atropelado por um veículo. Só vi a bike detonada no chão e ela não estava muito legal não. Tomara que ele esteja bem.

Lineke foi até o Centro Olímpico da Universidade de Brasília em um trecho de 7k que tinha uma parte de trilha e entregou lá o chip para a nossa capitã Thaís. Isso mesmo, a nossa estratégia foi deixar as mulheres correrem os primeiros trechos, com o clima mais ameno, e deu certo, já que nosso desempenho no final foi muito bom.

Thaís correu pela L4 norte, trecho de asfalto, até a Câmara Legislativa, percurso de 6,8k, onde entregou o chip para o primeiro homem a correr da equipe, o Gabriel. neste percurso ano passado nos perdermos, assim como outras equipes, mas este ano deu tudo certo. Sem surpresas, Gabriel entregou o chip para o Cássio. 

Tivemos aqui uma preocupação, por que Gabriel chegou reclamando de dores na coxa e estava mancando. Mas tudo não passou de um susto  e ele conseguiu fazer seu segundo trecho mais tarde. 

Cássio rasgou os 9,7k do Lago Norte até o Clube do Congresso, em um trecho basicamente de asfalto com uma pequena trilha na chegada. O Garotinho (apelido que dei para o Cássio por que em todo treinamento ele me chama assim) correu feito um louco, mantendo o ritmo da equipe, que veio sempre abaixo do estipulado na planilha do nosso treinador. Lá foi a vez do Walter assumir.

O grande lance deste trecho é que o Walter correu junto com o Ailton,  amigo da Equipe X que é cego. Nossa equipe foi escolhida pelo Nirley, o treinador, para levar o Ailton pelos 100k da Volta do Lago e ele correu os dois trechos junto com o Walter como se fosse o pacer dele. Uma experiência que nos dignificou. Era algo emocionante vê-los chegar aos pontos de transição. 

E eles fizeram de maneira excelente os 8,4k do Clube do Congresso até o Deck Norte, local da troca, entregando o chip para o Rafael, que correu até o Piscinão do Lago Norte. 

A esta altura as coisas começavam a se complicar e as equipes a se distanciar umas das outras. Já estávamos correndo a mais de 4 horas e os trechos mais complicados estavam se iniciando. Complicados não tanto pela dificuldade do circuito, já que todos tem seu grau de complexidade, mas por causa do horário, quando o sol quente e a baixa umidade começam a fazer efeito em quem corre. 

Mas Rafa fez bem os 8,3k de boas descidas e constantes subidas de asfalto, mantendo o ritmo da equipe. Daí foi a minha vez de fazer meu primeiro trecho. Foram 7,6k no asfalto os quais eu fui previamente preparado psicologicamente para enfrentar pelas dicas do Gabriel, que fez o mesmo ano passado.  O trecho tem algumas descidas, poucas partes planas, e uma subida, meus amigos, de dar dó. Grande, constante, intensa. O calor vai ficando forte a cada passada e o bafo quente do asfalto cansa. Fora isso, não tem um acostamento muito largo, o que preocupa na hora da gente ultrapassar algum corredor ou uma bike, que insistia em não sair da frente.

No percurso, adotei a estratégia equivocada e comecei forte aí, quando peguei a subida, estava cansado. Mas mantive o ritmo das passadas e consegui entregar o chip para o Gabriel fazer seu segundo trecho.

O visual mais bonito da corrida toda está neste trecho do Gabriel, da Barragem do Paranoá, onde a gente tem uma bela vista do Lago. Mas para quem corre isso passa desapercebido, por que nele temos uma subida muito grande e ainda uma trilha irregular, só que numa gratificante descida que vem logo depois do subidão. Distância: 6k feitos no asfalto e em uma trilha.

E lá foi o Garotinho Cássio para o seu último trecho. Mais 7,5k que, além da boa subida da Ermida Dom Bosco até a pista principal do Lago Sul, tem uma trilha grande onde o atleta fica um bom tempo sem hidratação. Segundo nosso guerreiro, o trecho é muito irregular e a gente fica com receio de ter uma entorse ou mesmo cair.

Mas o garotinho não decepcionou e fez o trecho com um tempo excelente, entregando o chip para o Walter e o Ailton correrem em trecho todo no asfalto até a QL 16 do Lago Sul. Walter correu forte e Ailton manteve sua pegada. Apesar da deficiência, ele não deixou a desejar e seguiu bem pelos 8k do circuito.

Depois foi novamente a vez da nossa capitã fazer seu segundo e último trecho, 3,1k até o Pontão do Lago Sul que ela fez num tiro fantástico. Eu, que seria o próximo a receber, tive que ficar atento por que Thaís foi rápida demais e eu tinha que estar lá para receber o chip antes que ela chegasse, é claro. 

E lá fui eu para o meu segundo trecho. Nisso já era por volta da 1h da tarde. O sol forte e a umidade baixa eram os grandes inimigos. E eu sabia que teria que enfrentar pelo menos duas subidas fortes, a da tesourinha que dá acesso à L4 sul e no final, já na L4, até chegar na altura da Faculdade Euroamericana. Então, ao contrário do primeiro trecho, resolvi fazer um ritmo inicial mais tranquilo, acima dos 5min/km, para ir me condicionando e aumentando no decorrer do caminho.

Foi assim que consegui fazer o percurso, de 8k, melhor do que o primeiro. Corri em um ritmo constante e, mesmo nas subidas, consegui não diminuir  das passadas. Foi assim que cheguei no ponto de transição com 2min a menos que o previsto na planilha, o que deixou me extremamente satisfeito. Isso tudo sem muito estresse.

Rafael era o responsável por terminar a prova para gente. Isso, por volta das 14h. E o Cássio foi junto, servindo de pacer. Uma ajuda que se revelou fundamental, por que o Eixão Sul é uma paisagem desoladora para o corredor extenuado e no fim de prova. Vazio, sem nenhum atrativo visual, com uma boa subida. E o sol castigando, junto com a baixa umidade, que desde o início e mais fortemente a partir da 10h nos acompanhava.

Quando faltava cerca de 500 metros fui também ajudar o Rafa. E o guerreiro estava forte, valente, cansado mais com um ritmo bom. Quando ele viu a equipe esperando e o pórtico da chegada deu seu sprint final, com todo a equipe junta, para terminarmos bonito a prova. Tempo recorde para nossa equipe de 8h32 minutos e muita comemoração. Eles foram tão rápidos que a galera que fez o staff deles no circuito acabou chegando depois. 

Assim terminou os 100k da Volta do Lago 2010, com um misto de emoção, realização, comoção, vibração total e muita alegria. Tínhamos mais que cumprido a nossa meta de superar o tempo do ano passado e ainda pudemos proporcionar ao Ailton a realização de participar da prova, realização que com certeza foi bem maior para nós da equipe e principalmente para o Walter que correu com ele.

E o mais incrível foi que a grande participação da Equipe X - contamos com uma dupla masculina, 2 quartetos (1 feminino e 1 masculino),  1 sexteto e 10 octetos ajudou muito por que, mesmo em equipes diferentes, a galera se ajudou com água, fotos e palavras de incentivo. Foi fantástico ver que a nossa Equipe X realmente não se resumiu aos 8 com quem corri, mas a todos 96 amigos que deram força a cada trecho. 

Saí de casa determinado a fazer desta a minha última Volta do Lago e acabei a prova querendo fazer outra ainda este ano. Muito louco isso. E que venham mais e mais revezamentos para curtir com a nossa Equipe X, amigos incríveis conquistados com a corrida.

Boas passadas.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

AINDA FALANDO DA "PIPOCA" NAS CORRIDAS

E aí, corredor?!

O assunto sobre correr na "pipoca" gerou algumas discussões entre os amigos corredores que conheço que leram o post de ontem, principalmente na questão de se é certo ou errado o atleta optar por esta alternativa para participar de uma prova. 

Bom, queria primeiro dizer que não procurei de maneira nenhuma fazer uma ode à corrida na "pipoca". Estou fazendo, em agosto deste ano, 4 anos que corro e foi apenas agora que tive a experiência de correr na "pipoca". A primeira, para acompanhar minha esposa, que havia feito sua inscrição na Corrida do Sol e pediu meu apoio. Fizemos 5k e eu levei meu cinto de água para nem precisar pegar a oferecida pela organização. Ainda, saímos bem depois do pelotão que pagou e ficamos bem atrás, tudo para evitar atrapalhar quem pagou.

A segunda prova que corri foi a Corrida do Trabalhador, e aí foi por que eu realmente perdi o período de inscrição e os amigos me incentivaram a correr junto. Mais uma vez saímos bem atrás, evitando atrapalhar o pelotão de pagantes. E procuramos correr fazendo de tudo para não atrapalhar ninguém. Nesta, por ter saído muito tarde, acabei pegando a água oferecida pela organização no final da prova, já que o clima estava muito quente e o calor intenso.

Mas, enfim, a minha opção pela "pipoca" nestas provas foi por ter sido chamado, quase convocado mesmo pelos amigos e não consegui recusar a "convocação". Na verdade, quando não pago, a preguiça, que já é grande mesmo em dia de provas que pago, é muito maior. E prefiro nestes dias de descanso forçado ficar de repouso, apesar do "comichão" para sair dando minhas passadas.

Agora considero realmente muito oneroso o preço atual das corridas, mesmo tendo condições de pagar, até por que consigo um preço mais barato em 4 das melhores corridas da cidade por ser assinante da Revista O2. A média que eu coloquei, de R$ 40,00, foi considerando as corridas organizadas pelas Forças Armadas ou pelo Governo do DF, que custam por volta de R$ 35,00. As corridas mais desejadas custam, para quem não é assinante, R$ 60,00 como é o caso do Circuita das Estações.

Se imaginarmos que, em 2006, as provas custavam R$ 15,00 e hoje custam até R$ 80,00, tudo justificado pelos organizadores por conta do kit com uma camiseta de alta qualidade, única diferença real entre as provas mais baratas. Acho, na minha singela opinião de corredor, uma elevação excessiva.

Mas, de qualquer forma, a opção pela "pipoca" nestas corridas deve ser a última de qualquer um. O ideal é correr longe, em outro circuito, para não atrapalhar. Até por que é meio frustrante fazer o percurso e não ter o tempo marcado nem a medalha para marcar aquele momento.

Aliás, um dos motivadores das nossas "Corridas sem Compromisso" foi justamente fugir um pouco desta rotina de pagar para correr e poder desfrutar da companhia dos amigos na prova. A gente corre e depois ainda se diverte em uma confraternização na casa de algum dos amigos, a mais próxima de onde fazemos o circuito.

Mas tenho consciência que a "pipoca" tem seu lado vilã sim. Um exemplo disso são aquelas quando a água acaba não dando para todo mundo. Quantas vezes não nos pegamos em uma prova com um posto de hidratação sem água, vazio. Conversei com uma pessoa que já organizou uma prova e ele disse que no planejamento eles calcularam até 10% a mais de pessoas, em média, do que o total de inscritos. Só que foi uma média e por pouco a água não faltou em alguns pontos por que a galera "pipoca" acabou pegando a água de quem pagou.

Isso deve ter acontecido na Meia Maratona Internacional da Caixa e na Maratona de Revezamento de Brasília, em que faltou água para as pessoas que ficaram mais para o final em alguns postos de hidratação. Tudo por que o planejamento de recipientes, que leva em conta o número de inscritos e ainda calcula uma sobra, foi "detonada" pelos corredores da "pipoca" que levaram a água de quem pagou. 

Só que, muitas vezes é quase impossível evitar "pipocar" em uma prova por conta de acompanhar os amigos. Então, se tiver que optar por isso, se não tiver jeito nenhum, então siga as instruções do post de ontem para evitar atrapalhar e não desrespeitar quem pagou.

Afinal, como terminei o post de ontem termino o de hoje, se você tivesse pagado, não gostaria de ser atrapalhado por quem não pagou, ou seja, não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você.

Enfim, "pipoca", galera, só se não tiver jeito nenhum de evitar.

E domingão tem Volta do Lago. Você vai? Eu estarei lá com a Equipe X ! E não é na "pipoca" não (rsrsrs).

Boas passadas.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

CORRENDO NA "PIPOCA"

E aí, corredor?!

Pois é, está chegando o dia da segunda etapa do Circuito das Estações Adidas, a de inverno, e eu decidi que, se for correr os 5k ou 10k da prova vou mesmo é na que apelidei de "pipoca".

Para quem não sabe, "pipoca" na corrida é quando a gente resolve participar de uma prova sem pagar a inscrição, apenas para poder correr motivado por uma corrida com todo o seu aparato e tendo o trecho com uma distância marcada.

Mas correr na "pipoca" exige mais consciência, é claro, do que quem corre pagando. Assim como quando corremos pagando temos que ter alguns cuidados, para quem não pagou estes cuidados devem ser redobrados.

Veja bem, isso são idéias minhas, que não vi em nenhuma revista especializada.  

Na verdade, a "pipoca" não deveria existir, por que atrapalha muito a organização da corrida. Só que tem sempre aquela prova que você resolveu não participar e, na última hora, um amigo pede para você ir ou a sua equipe vai e você acaba não resistindo.

E por que eu resolvi ir na "pipoca". Bem, meus amigos corredores, as corridas estão cada vez mais caras e a média de preço de uma prova é de R$ 40,00. Se formos correr uma prova a cada final de semana, gastamos por mês R$ 160,00. No final do ano gastamos quase R$ 2 mil. Até mais se considerarmos que as melhores provas custam mais que a média. Só a prova da Track&Field este ano a inscrição está R$ 80,00.

Tudo bem que os organizadores gastam com staff, kit e tudo mais, mas pagar tanto só para no final a gente ter, de verdade, uma camiseta com material altamente tecnológico, a medalha e o kit que tem, basicamente, água, uma barra de cereais e frutas acho um pouco demais. Mas, enfim, também vale mencionar que em Brasília, a galera paga sem estar nem aí mesmo e, depois, existe uma limitação no número de inscrições que os organizadores aumentem a quantidade de pessoas, o que possibilitaria, supostamente, uma diminuição no valor da inscrição.

Mas, outro motivo que resolvi optar por não pagar todas as corridas é por conta do treinamento específico para a Maratona do RJ. Na verdade, nem vou aparecer em muitas corridas, nem para a "pipoca", por que pretendo direcionar o foco para o meu treinamento visando a prova carioca.

Enfim, justificativas a parte, vamos lá para as dicas para uma "pipoca" consciente:

1) na largada, o "pipoca" não deve ficar dentro do pelotão de corredores que pagaram. O local geralmente é separado e bem apertado, organizado de acordo com o número de inscrições disponibilizadas. Se um "pipoca" ficar ali, vai atrapalhar quem pagou, e aí não é legal. Pense se você tivesse pagado e, ao começar a correr, estivesse sendo atrapalhado por um "pipoca". Tenho certeza que não ia gostar. Então, o "pipoca" deve largar mais à frente, fora do pelotão ou então esperar todos que pagaram saírem para depois passar pelo corredor da largada, se a organização permitir. 

2) não formar paredões, dica válida para quem paga ou não. Estes paredões acontecem quando um grupo de amigos corre junto e passa a prova toda lado a lado. E existem aqueles mesmo que caminham lado a lado, o que atrapalha e muito os outros corredores. Se for correr por recreação e sabe que não vai aguentar correr a prova toda, em um grupo, prefira ficar atrás do pelotão.

3) um dos principais problemas nas corridas são os pontos de hidratação, onde existe uma grande confusão armada. Primeiro, que o "pipoca" na verdade não teria direito a exigir água, já que não pagou para ter aquilo. Então o que vale é que você leve seu próprio recipiente com a seu água. Mas se mesmo assim você insistir, deixe que o colega que você está acompanhando pegue a água ou, se for pegar, evite atrapalhar a galera que pagou. Vá para o último local dos copos, onde geralmente o pessoal não está até por que ficam desesperados e já pegam logo nos primeiros locais.

4) ao contrário dos corredores que pagaram, a dica para o "pipoca", se estiver sozinho, é correr próximo às calçadas, para não atrapalhar os outros que pagaram. Mas sempre com cuidado para não tropeçar ou cair nos buracos dos bueiros.

5) na hora da chegada, mesmo que permitido, não entrar pelo corredor organizado para os atletas pagantes. Você não vai ter tempo registrado mesmo nem medalha e ali é para quem pagou.  Assim, complete a prova passando pelo lado ou terminando antes deste local reservado. 

Na verdade, vale pensar sempre o velho ditado: não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você. Imagine-se sempre na posição de quem pagou e está sendo atrapalhado pelo corredor que está na "pipoca". Como já mencionei, duvido que você vá gostar.

Boas passadas.

P.S.: Clique aqui para ver o post Mandamentos Para o Bom Corredor onde falo de 7 boas maneiras que todo o corredor deve ter na hora da prova, tendo pago ou não a inscrição.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

VOLTA DO LAGO CAIXA 2010

E aí, corredor?!

Domingo que vem, dia 30 de maio, acontece a 7ª edição da maior e mais tradicional prova de revezamento de Brasília, a Volta do Lago Caixa. São 100 km divididos em 13 diferentes percursos que podem ser disputados individualmente ou por equipes (dupla, quarteto, sexteto ou octeto).

A Volta do Lago se caracteriza por ser uma prova de resistência e cujo percurso contorna o Lago Paranoá, um dos principais cartões postais de Brasília, que foi criado quando da criação da cidade para amenizar um pouco os efeitos da secura no clima. 


O Lago Paranoá tem 48 km quadrados de extensão e 38 metros de profundidade máxima. Suas águas são despoluídas e próprias para banho em sua maior parte. É muito utilizado para lazer, tanto é assim que Brasília, mesmo sendo distante pelo menos 1000 km do mar, tem atualmente a 4ª maior frota de barcos do país.

A Volta do Lago é uma ultramaratona com um percurso bem complicado e técnico por conta da distância de 100 km e dos vários terrenos por onde os atletas passam. Grandes subidas, descidas, curvas, trilhas fazem do percurso algo extremamente complicado, isso sem contar o tempo de duração da prova, de 10 horas, começando às 6h da manhã. Mas é por isso também que mais e mais equipes tem participado do evento, e a prova está no calendário nacional de ultramaratonas junto com a Volta da Ilha, que acontece em Florianópolis, por exemplo.

O percurso tem início e fim no Eixão Sul, grande avenida de Brasília, na altura do prédio da Caixa. Ele é divido em 14 Pontos de transição, espalhados pelos 100k da prova, onde as equipes fazem o revezamento. A maior distância de um circuito é de 9,5 km e a menor, uma trilha, é de 3,5 km.


Sempre tendo como referência o Lago, o percurso cruza as paisagens mais bonitas da cidade, como por exemplo a Ermida Dom Bosco, local onde se tem um belo visual do Lago Paranoá e fica de frente para o Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República. Ainda temos a Esplanada dos Ministérios, em um trecho com vários dos conhecidos monumentos da cidade (Catedral, Ministérios, Congresso Nacional, Palácios do Planalto, da Justiça, do Itamarati; ainda temos a Praça dos 3 Poderes, entre outros monumentos).

O percurso passa ainda pelos bairros mais nobres da cidade, o Lago Sul e o Lago Norte; Barragem do Paranoá; pontes JK, Costa e Silva, Das Garças e do Bragueto. Enfim, são muitos lugares para distração dos atletas e acompanhantes.

Os percursos mais complicados são o trecho entre a Assembléia Legislativa e o Parque do Lago Norte, 4k de uma trilha que não é tão bem sinalizada e onde muita gente se perde; depois a pista que liga os Lagos Norte e Sul e passa pelo Varjão e Paranoá. O primeiro trecho, do shopping Deck Norte no Lago Norte até o Piscinão do Lago Norte, é caracterizado por uma grande descida no início de depois grandes subidas e descidas. E depois, do Piscinão ao Paranoá, só subida e curva.

Logo depois vem a subida da Barragem do Paranoá até a Ermida do Bosco. Apesar de ser uma subida relativamente pequena, ela é bastante íngreme e nem todo mundo consegue subir correndo o percurso.

Na verdade, o que pega mesmo nestes trechos é o horário que corremos, de 10h às 13h num calor infernal e com a secura batendo forte. 

É uma prova de força, resistência tanto física como psicológica, em que as equipes precisam de muita sintonia e união. Afinal, fora o staff presente na largada e outro em uma parte do percurso, no resto quem tem  que cuidar da reposição alimentar e hidratação, bem como do transporte, é a própria equipe, o que torna imprescindível um bom entrosamento entre os integrantes da equipe. Se um falhar, compromete toda a estratégia.

E por isso tudo completar os 100k é uma conquista bem pessoal e que nos enche de orgulho.

Você vai nessa? Eu vou ! Estarei lá pelo 3º ano seguido correndo com a Equipe X. E, é claro, postando esta experiência neste nosso blog. Aguarde!


Se você quiser um "aperitivo" de como é correr a Volta do Lago, leia o post que fiz do ano passado (Volta do Lago Caixa 2009 - A Prova) relatando o nosso domingo de corrida.


Mais informações sobre o evento no site http://www.voltadolagocaixa.com.br/.

Boas passadas.

domingo, 23 de maio de 2010

BRASKEM ECO RUN BRASÍLIA 2010 - EU FUI !

E aí, corredor?!

Jardim Botânico de Brasília, 8h da manhã. A hora que eu cheguei para fazer a prova de 2010 da BRASKEM ECO RUN. Como já mencionei, pela primeira vez aqui na capital federal, a prova foi realizada em um ambiente que tem tudo a ver com o propósito da corrida, conforme divulgado pelos organizadores: criar um grupo de pessoas conscientes em relação aos impactos da degradação da natureza, buscar, com este grupo, propagar a necessidade de defendermos a sustentabilidade do planeta, com ações que visem este propósito.

E por que o ambiente do Jardim Botânico tem tudo a ver com esta causa? Simplesmente por que é um parque natural, uma reserva de preservação do cerrado, uma das poucas de Brasília ainda intacta. E a corrida lá, com a gente dando nossas passadas em uma trilha, pista de terra mesmo, com a poeira levantando na largada, teve tudo a ver.

Corri 5 km, tudo por que a nossa Equipe, cada vez mais famosa (rsrsrs), tinha uma gravação de reportagem para o SBT também hoje e, fazendo 5k, teria tempo para pegar a gravação. E mesmo assim foi BOM DEMAIS !!!!

Os 5k foram totalmente realizados em trilha. Depois de 5min da largada dos 10k, lá fomos nós conhecer este percurso novo, nunca explorado por uma organizadora de corridas de rua. O circuito começa em um terreno basicamente plano, para depois fazermos uma longa subida e terminarmos em uma deliciosa descida. Como é bom terminar uma prova descendo. Chega de terminar com subidas. Maravilha!

Cheguei às 8h, como mencionei. O estacionamento estava difícil, tudo justificável já que o parque é pequeno e não oferece infra-estrutura para abrigar carros de mais de 3 mil pessoas, até por que o local onde iríamos correr certamente ficaria ocupado por estes carros. 

Depois, uma caminhada de 1 km até o local da retirada do chip e da largada, tudo antecipadamente avisado pela organização da prova. Desci, com Gislene e Tião, conversando e já curtindo este pré-aquecimento forçado.

Chip na mão e foi só esperar a largada. E a ansiedade por correr num circuito tão diferente me "pilhou". Fiquei maluco para que tudo começasse logo, ansiedade terminada quando comecei a dar minhas passadas.

Foi muito bom, galera. A prova tem que ser sempre lá e o Jardim Botânico vai ser um local para ser mais explorado por minhas corridas. Comecei a prova forçando, engolindo poeira e, ainda inteirão, vi a placa indicando que já tinha corrido 3k. Caramba! Com toda a energia que ainda tinha, mesmo tendo enfrentado uma boa subida, resolvi forçar mais ainda e lá fui eu, gostando de tudo o que estava vendo e o que estava acontecendo.

As partes de areia fofa, muito poucas durante o percurso mas que exigiam um cuidado a mais, deram uma melhor arrancada no final. E terminar a prova descendo foi muito bom. O que podia querer mais: correndo em um ambiente agradabilíssimo, cheio de verde e com tudo ao meu favor.

Para os 5k, mesmo sendo um percurso curto, água em 2 pontos diferentes,  à vontade. A galera dos 5k não atrapalhou a galera dos 10k por que o circuito era completamente diferente. Foi algo bem pensado e tudo, ao meu ver, valeu muito à pena. Mesmo tendo que voltar para pegar o carro subindo o 1k à pé, e correndo já que tinha outro compromisso com a Equipe X.

Corrida nota 10, a melhor até agora este ano. Valeu super à pena e ano que vem estarei lá de novo. Pena que não tem mais nenhuma no local.

Depois falo dos 8k que fiz para a reportagem, levando nosso amigo corredor, Ailton, um corredor cego, para fazer um trecho da Volta do Lago, corrida do próximo domingo.

Ah! Meu tempo: bati de novo na casa dos 23min. Agora só tenho feito 5k assim. Hoje fiz em 23min31. Gostei.

Boas passadas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

ATÉ ONDE PODE CHEGAR USAIN BOLT?

E aí, corredor?!

Hoje pela manhã estava zapeando pela televisão, sem querer ver os programas da rede aberta de TV, e não é que achei algo muito interessante. A transmissão ao vivo do GP do Mundial de Atletismo sendo realizado na Coréia do Sul. Com muitas feras do atletismo mundial e, entre eles, o mito Usain Bolt.

A prova mais aguardada do dia foi os 100 metros, por que lá estaria o astro jamaicano. E foi, evidentemente, uma das últimas provas. A todo o momento o apresentador da rede de TV anunciava a prova, com presença de Bolt, a primeira internacional que contava com a sua ilustre presença.

E Bolt não conseguiu bater seu recorde nesta sua primeira prova, conquistado no mundial de Berlim/Alemanha ano passado, de 9s58, tudo totalmente explicável por que ele ainda não está no melhor da sua forma física. Mas já fez a melhor marca do ano para a prova com 9s86. A prova foi dominada quase que totalmente pelo atleta da Jamaica, exceto na largada, um pequeno defeito que o atleta ainda tem. No mais, foi sozinho e de maneira insuperável ser o primeiro a chegar, longe dos outros atletas longos 20s.

E fica a pergunta: até onde pode chegar Usain Bolt? O atleta correu solto, tranquilo, demostrando toda a sua confiança e preparo. Passadas largas, decididas, força total nos poderosos músculos das pernas. Não teve mesmo para ninguém. Nem outros jamaicanos e muito menos para os americanos.

Nem mesmo o atleta sabe até onde pode chegar. Se ele resolver o problema da largada, deve bater quase na casa dos 8s, por que nisso ele perde valiosos décimos de segundo. Afinal, a luta de Bolt, em qualquer prova em que ele esteja presente, é apenas contra ele mesmo, contra o relógio. Não existe, atualmente, adversário que possa superá-lo. Pelo menos não ainda. E nem ameaçá-lo. Ele é realmente o todo poderoso das provas rápidas do atletismo atual.

Mais que isso, Bolt já virou uma lenda, um mito mesmo. Ovacionado o tempo todo no estádio onde estava sendo realizada a prova, o atleta, como sempre, não se fez de rogado, e distribui palmas, abraços, beijos e gestos de carinho, além de caretas e brincadeiras para o público. Além de grande atleta, é simpático e popular.

Fantástico Bolt. Arriscaria dizer que hoje ele é o principal nome do esporte no mundo. Afinal, onde ele está as câmeras estão, bem como o público amante ou não do atletismo. Só para ver a lenda, a história correr.

Em tempo: Asafa Powell, também jamaicano, diz que consegue bater o recorde de Bolt e quer fazer isso ainda este ano. Vai ser ótimo vê-los correr juntos para ver esta disputa. Igual a uma final de Copa do Mundo de Futebol, pelo menos para mim.

E você, até onde acha que Usain Bolt pode chegar?

Boas passadas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

BRASKEM ECO RUN BRASÍLIA 2010

E aí, corredor?!

Primeiro, um pedido de desculpas pela falta de atualizações no blog. A semana passada foi muito turbulenta para este seu amigo aqui, e realmente não tive tempo nem cabeça para postar nada no E AÍ CORREDOR. Mas, as coisas estão se ajeitando e cá estou eu de volta. Principalmente agora que temos a parceria com o site da FAtDF.

Este final de semana é dia de mais uma BRASKEM ECO RUN em Brasília. E este ano a grande e interessante novidade é que o circuito será disputado no Parque do Jardim Botânico, um local extremamente bucólico, com muitas árvores nativas do cerrado, trilhas interessantes e muito verde, totalmente aderente à proposta dos organizadores da corrida, que é a necessidade de pensarmos na sustentabilidade do planeta, preservando o meio ambiente.

Esta era mais uma corrida que não iria pagar para correr este ano. Mas a mudança do percurso me atraiu e paguei pra ver. Aliás, é a segunda corrida que acontece isso (planejei não pagar para fazer e acabo pagando). A primeira foi a da etapa de outono do Circuito das Estações Adidas, que me atraiu pela bela camiseta. Agora a ECO RUN, pela novidade do percurso.

Já corri no Jardim Botânico, na sua pista interna, que deve ter em torno de 3 km. Muito bom correr lá e depois descansar nas sombras das árvores que lá existem. É um local de preservação da fauna e flora do cerrado. Um espaço ainda não degradado da capital, que tem seu verde, a cada dia, mais e mais retirado por conta do progresso e do crescimento da cidade.

Uma pequena historinha: o Distrito Federal, que tem em Brasília sua principal cidade, foi criado pelos seus fundadores para ter, no ano 2000, cerca de 500 mil habitantes. No último censo, a cidade já se mostrou inchada, e hoje temos mais de 2 milhões de habitantes, uma afluência de pessoas que se intensificou mais a partir da década de 80. Este fluxo cada vez maior de pessoas para a capital criou um crescimento desordenado à cidade, que vem frequentemente suas áreas verdes sendo degradas, retirada a mata para construção de uma invasão, um condomínio de luxo, e tudo sem que as autoridades fizessem nada para impedir.

Um dos locais afetados é justamente o Jardim Botânico. O bairro que tem o mesmo nome já tem grande parte tomado por casas e condomínios. O parque é constantemente ameaçado, não só por invasores, como por grileiros e pela especulação imobiliária. A preservação é difícil. Os animais, que precisam de bastante espaço para sobreviver, ficam ameaçados por conta da diminuição de suas áreas. Outro dia, uma onça foi encontrada em uma casa num condomínio da região. Ela estava no seu habitat e de repente, viu ele ser invadido. 

Daí que uma corrida lá, principalmente a BRASKEM ECO RUN, torna-se uma corrida realmente de conscientização para que a população possa contribuir efetivamente para a preservação do local. E nós corredores temos que dar o exemplo, ajudando de alguma forma nessa causa. Chega de tirar a área verde do local por que os mais afetados somos nós mesmos.

Estou animado para esta corrida. E acho que vai ser muito interessante. Por todos os motivos apontados e para colocar "uma pá de cal" no que conturbou tanto a minha semana que passou.

Boas passadas.

terça-feira, 11 de maio de 2010

E AÍ CORREDOR NO SITE DA FAtDF

E aí, corredor?!

Temos uma excelente novidade para dar a todos os seguidores, declarados ou não, do E AÍ CORREDOR.

Nosso blog agora está também no site da Federação de Atletismo do Distrito Federal - FAtDF. As matérias são inseridas em um espaço exclusivo e trazem publicações feitas aqui.

Além de dar mais visibilidade ao E AÍ CORREDOR, a parceria é interessante por que ajuda a divulgar e orientar aos praticantes deste nosso esporte no Distrito Federal.

Só posso agradecer ao Felipe, responsável pelo site da FAtDF, que entrou em contato comigo e deu a idéia desta parceria.

Para entrar no site da FatDF e ver as matérias do E AÍ CORREDOR e outras, clique aqui. O linque também estará disponível no ESTES EU RECOMENDO aqui no menu lateral direito.

Boas passadas.

domingo, 9 de maio de 2010

MARATONA DO RIO, DIFÍCIL META

E aí, corredor?!

Já falei aqui que meu objetivo este ano é correr uma Maratona, e a que escolhi para este desafio foi a Internacional do Rio de Janeiro, que acontece em julho, na cidade maravilhosa. Mas para chegar lá, minha preparação não tem sido nada fácil.

E isso não tem nada a ver com o treinamento. Vocês sabem que tenho o acompanhamento de um treinador, o Nirley, e o incentivo de uma equipe que motiva e faz a garra para enfrentar os mais de 42 km da Maratona sejam superáveis. Cada semana tem sido preparada minuciosamente por este treinador, na busca por ganhos de resistência e força para a prova.

Já corri mais de 21 km este ano, muitas corridas de mais de 10k, fiz muitos treinamentos objetivando força e resistência física, estou em uma academia fortalecendo os principais músculos, tenho o acompanhamento de uma nutricionista, mas nada disso parece superar o receio que os corredores que já fizeram uma Maratona passam para mim.

Não é fácil superar os 42k da prova. Eu não tenho, pelo menos ao meu ver, feito um treinamento tão específico assim, conforme as informações e planilhas encartadas nas revistas especializadas ou na experiência de amigos corredores. Pelo menos aparentemente. 

Minha esposa e minha própria consciência me cobram mais volume no treinamento. Mesmo que eu não tenha como objetivo a performance e sim apenas a vontade de superar a distância correndo sem parar, sei que preciso de uma preparação mínima.

Chego a pensar se realmente vou conseguir superar o percurso. Faltam pouco mais de 2 meses para q minha façanha, e já sei que não quero tornar esta a modalidade da minha vida. Os 21k sim, ótimo correr, mas mais do que isso, se acontecer, será uma vez por ano. E fora do Brasil.

Hoje, 09 de maio, não sei ainda se realmente vou correr 42k. Ainda é a minha meta, mas não sei se assim será daqui a uma, duas semanas. Ainda quero tentar, mas não sei se essa vontade continuará amanhã.

É gente falando que não consigo, que é muito para mim. São relatos que falam da impossibilidade de conseguir. São experiências que mostram a dificuldade em fazer a prova. E o medo vai tomando conta, a adrenalina vai imperando.

Maratona, uma difícil meta. Hoje ainda digo que estarei lá, no Rio de Janeiro, no Recreio, começando a dar minhas passadas buscando esta superação. Acho que consigo. Acho.

Boas passadas.

sábado, 8 de maio de 2010

CORRER TAMBÉM É SE PREVENIR


E aí, corredor?!

A corrida de rua tornou-se um dos esportes mais populares do Brasil e do mundo. O número de atletas que correm com regularidade e participam das diversas provas que acontecem país afora aumenta ano a ano. Mais e mais pessoas descobrem na prática uma maneira de ter a vida mais saudável. Estima-se em 4 milhões a quantidade de pessoas no país que adotou a corrida como esporte.

No começo, a corrida era considerado um esporte eminentemente masculino. Mas outra transformação que aconteceu recentemente, diria mesmo que de uns 3 anos para cá, foi o advento do público feminino às corridas de rua. Tanto que hoje são várias as provas organizadas especifica e exclusivamente para elas.

Mas este boom do esporte também traz algumas preocupações, já que nem todos seguem as regras mínimas para tornar saudável a prática da corrida em suas vidas. Assim como cresce o número de adeptos, aumenta junto aqueles que praticam o esporte sem nenhum cuidado nem prevenção.

A prática da corrida, apesar de parecer simples, exige diversos cuidados, pois oferece riscos. O esforço cardiovascular empregado é enorme e as lesões em órgãos como joelhos, pernas, pés, calcanhares, canelas são constantes.

O primeiro passo para se praticar qualquer esporte é agendar a consulta a um médico, de preferência especialista em medicina esportiva ou fisiologia do exercício, que irá analisar o histórico de atividades físicas do propenso atleta e fazer uma série de exames que o habilitam a praticar o esporte tranquilamente.

Eletrocardiograma, teste ergométricos e cardiopulmonares, ecorcardiograma, testes de esforço físico, hemogramas, glicemia, teste de pisada, entre outros, são exames mínimos exigidos para a prática. E não vale dizer que vai correr leve, por que, por menor que seja a distância, a exigência física é sempre grande. Exames estes que devem ser realizados periodicamente.

Ainda, é interessante que todos que queiram entrar neste mundo, mesmo que amadoristicamente, busquem o apoio de um profissional de educação física em grupos de corrida. O profissional ou fisiologista vai ensinar técnicas de corrida que podem ajudar em muito na prática, além de auxiliar em conselhos sobre alguns problemas que podem surgir, além de, em equipe ser muito mais proveitoso e prazeroso.

Tudo para evitarmos acontecimentos que tem acontecido com uma certa frequência em algumas provas, a trágica morte de um colega corredor. Aconteceu ano passado na Maratona de Nova Iorque com um brasileiro, em uma prova em São Paulo e recentemente, na prova da Fila Night Run, quando uma amiga teve um AVC no meio da corrida.

Prevenção é tudo. Correr é ótimo para a saúde sim, praticar um esporte é ótimo para a saúde sim. Mas a prática exige cuidados mínimos, que devem ser seguidos não só para quem corre, mas para todos que praticam qualquer esporte, principalmente de alta intensidade como é o nosso.

Boas passadas.

Fonte: Site O2 por Minuto (http://o2porminuto.uol.com.br/)

terça-feira, 4 de maio de 2010

BRASILEIRO VIRA SENSAÇÃO EM ULTRAMARATONA

E aí, corredor?!

Um brasileiro foi a sensação da segunda edição da ultramaratona Mountain to Valley, realizada em Israel no dia 30 de abril passado. Isso por que ele foi o único dos mais de 1.300 participantes que aceitou fazer os 200 km da prova sozinho, o que transformou o atleta em uma espécie de ídolo dos corredores e amantes do atletismo em geral.

Os atletas, que se dividiram em 234 equipes, fizeram o percurso de 208 km em cerca de 24 horas, correndo de Kalat Nimrod, quase na fronteira com o Líbano, até o vilarejo de Timrat, no vale do Jezreel. Cada um correu de 20 km e 50 km, dependendo do número de integrantes da equipe.

Já Mauro, que fez o percurso sozinho, teve todo um aparato especial, com voluntários brasileiros e israelenses correndo com ele e uma largada exclusiva, lna noite de quarta-feira, 28 de abril (as equipes largaram na manhã de quinta, 29 de abril). Ele levou 34 horas e correu 190 km, não conseguindo completar todo o percurso, o que o deixou frustrado, é claro. Tudo por conta de uma infecção alimentar que prejudicou sua performance.

Mauro Chasilew já tem experiência em ultramaratonas. Participou das 8 edições do Ecomotlon Pro, prova de 500 km no Nordeste do Brasil, da Brasil 135, 217 km na Serra da Mantiqueira em Minas, e ainda da Bad Water, competição de 135 milhas na Califórnia/EUA.

Isso é que é correr. Os 100 km da Volta do Lago, prova de revezamento que vamos participar aqui em Brasília neste mês de maio, devem ser fichinha para o corredor brasileiro.

Veja aí, no vídeo, uma reportagem da SPORTV com Mauro Chasilew, quando o atleta se preparava para a Bad Water.


Boas passadas.

Fontes.: Jornal O Globo (01/05/2010); Youtube
 

segunda-feira, 3 de maio de 2010

40ª CORRIDA DO TRABALHADOR - BRASÍLIA/2010

E aí, corredor?!

Sábado, dia 1º de maio, comemora-se o dia do trabalhador e em Brasília este dia é comemorado, entre outras atrações, com uma tradição corrida de rua, com percursos de 5 km e 10 km, distância tradicional das maioria das provas de rua do país.

É, atualmente, uma das corridas mais democráticas de Brasília, isso por que o preço da inscrição é barato em relação às outras provas, R$ 15,00, e tem o apelo da Rede Globo, uma das patrocinadoras do evento junto com o SESI. A procura é tanta que o número de inscrições é limitado a 3 mil atletas.

Apesar do preço da inscrição, o kit para os atletas não deixa a desejar. Se a camiseta não tem aquele material especial das corridas da Adidas, por exemplo, o seu material também não é ruim. Ainda, o kit de reposição igual ao dos outros, com frutas e barra de cereais e o principal atrativo é a linda medalha entregue no final e, para a elite, os R$ 37 mil em prêmios. Afora isso, massagem gratuita para quem quisesse, corredor ou não.

Não tive tempo de pagar pela inscrição, por isso eu, minha esposa e outros dois amigos corredores, Jane e Ranieri, corremos na "pipoca". Esta foi minha segunda corrida assim, e eu achei muito legal fazer, já que nem esperava estar lá. Depois até pintou um arrependimento de não ter feito inscrição, mas foi legal correr assim mesmo.

Optamos por fazer o percurso de 5 km, mas eu acabei fazendo mais, por que corria um pouco a frente e depois fui buscar os amigos, que ficaram um pouco mais para trás no pelotão, mas bem perto de onde eu estava. No final, acabei fazendo 7k.

O detalhe é que, apesar da prova ter oficialmente 10 km registrados ela tinha, na verdade, pouco mais de 11k, o que fez muito corredor desanimar com o tempo alcançado antes de saber deste 1 km a mais.

E o dia estava seco e quente na cidade. Foi complicado para muitos correr até os 5k. Afinal, o percurso, que começa com um forte descida, termina com uma forte subida, lugar comum em provas na cidade, onde os organizadores insistem em terminar as corridas sempre com uma subida. Isso fez com que o único posto de água para os que corriam esta distância ficasse, ao meu ver, longe e complicasse o desempenho dos atletas.

Uma outra dificuldade aconteceu com os atletas de elite que correram 10k. Como nós, que fizemos 5k, voltamos antes e existia uma parte do percurso onde os corredores tinham que afunilar para passar pelo tapete que registra o tempo, a galera de elite acaba sendo atrapalhada pela quantidade incrível de corredores que estavam fazendo o percurso menor. Muitos andavam na pista, o que dificultou a performance da elite.

Mas, no geral, a prova foi excelente. Corri leve e em ritmo de maratona, fazendo um pacer elevado de 6 min/km ou até mais. Alguns momentos me perdi no ritmo e acelerei mais, mas logo reduzi e consegui manter o ritmo mais confortável. Assim, não me cansei, e pude ir e voltar para correr junto com os meus amigos. 

Enfim, mais uma prova para o meu pequeno currículo de corredor. E mais um bom teste para a minha prova do ano, a Maratona do Rio, em julho. Mesmo tendo corrido apenas 7k, muito aquém do que tenho que correr para completar a maratona, pude me concentrar num ritmo mais lento que o meu habitual e que, segundo o treinador, tenho que utilizar na prova do Rio para conseguir fazer os mais de 42 km. Mas o melhor mesmo é poder correr mais uma vez com os amigos. Isso é que é bom demais.

Boas passadas.