domingo, 24 de agosto de 2008

ACABOU

E aí, corredor ?!

A olimpíada em que a China superou os Estados Unidos no quadro de medalhas com larga vantagem, conquistando 51 ouros contra 36 dos norte americanos acabou. A olimpíada de Michael Phelps e Usain Bolt, recordistas mundiais em suas modalidades e grandes sensações dos jogos. Bolt no atletismo, com 3 medalhas de ouros e 3 recordes mundiais quebrados. Phelps, que se fosse um país terminaria no 8º lugar no quadro de medalhas, com seus 8 ouros conquistados, recorde entre todos os atletas olímpicos em quantidade de conquista numa edição olímpica e o maior ganhador de medalhas entre todos os atletas, com 14 medalhas ao todo. Um fenômeno.

Para o Brasil também grandes conquistas. Não tivemos o recorde de ouros de Atenas, quando conquistamos 5 medalhas, nesta foram 3, mas reconquistamos o ouro no atletismo com Maurren Maggi, feito conquistado apenas por Joaquim Cruz em 1984, em Los Angeles, nos 800 metros rasos. Maurren ainda entrou para história como a primeira mulher a ganhar individualmente um ouro olímpico. Tivemos ainda o primeiro ouro da natação brasileira com Cesar Cielo, nos 50 metros, atleta que, aliás, conquistou as duas medalhas da natação nos jogos, com o bronze nos 100 metros. 

As mulheres ainda fizeram mais. A primeira medalha brasileira em Pequim, um bronze, veio com Ketleyn Quadros no judô. Na vela as mulheres surpreenderam com Fernanda Oliveira e Isabel Swan. E tivemos as brasileiras do vôlei de quadra, que depois de Atenas terem quase chegado lá, este ano não decepcionaram e levaram o ouro perdendo apenas um set em toda a olimpíada.

Decepções tivemos, como todos os países. Nem vou falar do futebol, que já vem decepcionando a muitas olimpíadas e até hoje nunca ganhou um ouro. Este ano, pior ainda, com um futebol feio e "pequeno", como bem frisou Maradona, foi humilhado pela Argentina, bi-campeã olímpica, por 3 X 0, tendo que se contentar com um bronze que, convenhamos, foi até demais para o selecionado de Dunga, baseado no futebol que jogou.

O vôlei de praia feminino não levou, pela primeira vez, nenhuma medalha. Nossas duplas, Renata/Talita e Ana Paula/Larissa sucubiram diante da superioridade das americanas Walsh e May, bi-campeãs olímpicas. Renata e Talita, que podiam levar pelo menos o bronze, perderam da dupla chinesa Xue e Zhang Xi por 2 sets a 0 sem demonstrar poder de reação.

Outra grande decepção veio no atletismo, com Jadel Gregório. Vinha como uma promessa de medalha no salto triplo, mas terminou com uma sexta colocação e uma apresentação bem apagada em Pequim. Sem contar a confusão com o seu treinador, que teve que voltar às pressas para o Brasil. 

Tivemos também a Maratona, prova nobre dos jogos. Esperava mais dos atletas brasileiros Marilson e Caldeira. Os dois nem terminaram a prova, cabendo a José Teles levar o nome do país até o final, terminando na 38º lugar. Vitória, como em outras provas de fundo, de atletas africano: Quênia com o ouro, Marrocos com a prata e Etiópia com o bronze.

No quadro de medalhas o Brasil repetiu o feito de Atlanta em 1996, quando conquistou um total de 15 medalhas. Tivemos 3 de ouro (Cielo, Maurren e o Vôlei de quadra feminino), 4 de prata e 8 de bronze, ficando na 28º colocação geral, terminando atrás de países como Jamaica, Quênia e Etiópia, que se deram muito bem no atletismo, mas na frente de países como Argentina, República Checa, Cuba e Dinamarca.

De qualquer forma valeu Brasil. A participação pode não ter sido a mais empolgante, mas foi histórica pelas boas marcas, com vários recordes sul-americanos batidos e um bom número de medalhas conquistadas. 

Parabéns Brasil ! 

Nenhum comentário: